OBEDIÊNCIA À PALAVRA, Is.6.
Introdução.
É preciso que todos “[...] nos gloriemos em Deus
por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação”, Rm.5.11.
Tanto a reconciliação quanto a
restauração com Deus depende “[...] de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com
toda sorte de bênção espiritual [...]”,
Ef.1.3 para investir na próxima geração; a família cristã.
Texto.
O profeta Isaías proclama a mensagem
quando a Assíria ameaçou Judá e o Reino do Sul devido o pecado que eles
cometeram – a desobediência e a falta de fé em Deus.
Após o profeta Isaías ter sido
visitado por “[...]
um dos serafins (que) voou para ele, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara
do altar com uma tenaz”, Is.6.6, ele foi enviado
para reconduzir o povo de volta à Deus para cultuá-Lo através do arrependimento.
Isaías envolve toda a sua família
para obedecer a aliança.
1 – A visão de Isaías.
Isaías descreve uma teofania (Gr.
Teo – Deus – phanerrô – aparecer – manifestação de Deus na forma que ele
deseja).
Esse fato ocorreu “no ano da morte do rei Uzias (o
leproso, 2Cr.2623. Judá estava sem rei, mas), Isaías viu o Senhor (Adonai – um
dos nomes dados a Deus, o que é soberano sobre todas as coisas e que pode
reinar) assentado sobre um alto e sublime (elevado, admirado) trono, e as abas
de suas vestes enchiam o templo (lugar de adoração)”, Is.6.1.
Devemos saber que Deus reina em todo
o universo.
Isaías contemplou “[...] o SENHOR (altíssimo, aquele
que é fiel no pacto, o qual é o Deus) dos Exércitos (guerreiro, poderoso,
onipotente, que guerreia contra o inimigo) [...]”, Is.6.3, portanto, Judá não estava desamparado.
Interessante notar que “Serafins estavam por cima [...]
(do templo) [...]”, Is.6.2 para servirem
a Deus e serem enviados para qualquer missão, enquanto os súditos do rei Uzias
estavam dispersos.
Os “Serafins [...]”,
Is.6.2 “[...]
clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo (indicando que não
existe outra criatura mais santa que) [...] o SENHOR dos Exércitos (mesmo
porque); toda a terra está cheia da sua glória”, Is.6.3.
A última vez que aconteceu algo
semelhante como a que aconteceu com “as bases do limiar (soleira) se movendo à voz do que
clamava, e a casa se encheu de fumaça”,
Is.6.4, foi quando Paulo e Silas cantavam e oravam, At.4.31.
A visão de Isaías foi do próprio
Jesus “[...]
porque (Isaías) viu a glória dele e falou a seu respeito”, Jo.12.41 de que Jesus “[...] embora tivesse feito
tantos sinais na [...] presença (do povo), não creram nele”, Jo.12.37.
A falta de fé nos corações no tempo
de Jesus foi “para
se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?”, Jo.12.38.
Deus mostrou em visão que devido a
falta de arrependimento, muitos ficaram “cegos [...] (dos) olhos e endurecido o coração, para
que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam
por Deus curados”, Jo.12.40.
Partiu de Deus o endurecimento, mas
também parte dEle convocar “[...] Isaías (para) ouvir a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei,
e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8.
O profeta “[...] Isaías (reconhece que) está perdido
[...] porque sou homem de lábios impuros, habita no meio de um povo de impuros
lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”, Is.6.5.
Esse Rei é aquele que pode “com a brasa tocar a minha boca e
dizer: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade (não reconhece o
direito de cada um) foi tirada, e perdoado, o teu pecado”, Is.6.7 – somente Deus é quem pode apagar o pecado e
trazer de volta o homem perdido.
A nossa dúvida é a mesma do profeta
“[...] Isaías (que)
disse: até quando, Senhor? Ele respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e
fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo
assolada”, Is.6.11 – cativeiro assírio e
babilônico – 722 e 586 a.C.
Na visão de Isaías nem todos tem o
coração endurecido e nem todos irão perecer eternamente, “mas, se ainda ficar a décima parte
dela, (levados para o cativeiro) tornará a ser destruída. Como terebinto (árvore)
e como carvalho (madeira de lei), dos quais, depois de derribados, ainda fica o
toco, assim a santa semente é o seu toco”,
Is.6.13 – Deus pode abrir a mente e o coração ainda que seja um número pequeno.
Deus é a única esperança para o
homem perdido.
2 – A família de Isaías.
É um engano pensar que o homem nos
ama só porque servimos ao Senhor ou pregamos a mensagem bíblica.
Nem todas as pessoas vão “[...] nos pedir razão da
esperança que há em nós”,1Pe.3.15.
Não podemos viver enganados, pois “[...] todos quantos querem
viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”, 2Tm.3.12.
Isaías não foi enganado por Deus
quando convidado para levar a mensagem de salvação aos homens.
Deus alerta não somente Isaías, mas
a todos nós: “[...]
Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não
percebais”, Is.6.9.
Isaías não foi chamado para ser bem
sucedido, foi chamado para obedecer.
Quando “[...] o SENHOR (chamou) a
Isaías [...] (foi com toda a sua família, o) [...] filho, que se chama
Um-Resto-Volverá (remanescente, chamado de Sear-Jasube-RC) [...]”, Is.7.3 – indica a declaração de fé que o profeta
tinha na promessa pactual de Deus em favor do seu povo, visto que Acaz era um
violador – não andou no caminho de Davi, 2Rs.16.2.
O restante fiel sobreviveria para
cumprir com o pacto de Deus para salvar o seu povo.
O segundo filho de Isaías, “[...] o SENHOR [...] (manda)
tomar uma ardósia grande e escrever nela de maneira inteligível:
Rápido-Despojo-Presa-Segura (Maer-Salal-Hás-Baz-TB)”, Is.8.1.
Fala da rápida devastação da Síria,
de Israel e de Judá, mas também significa a presença de Deus com o remanescente
fiel.
Isaías não teve medo de envolver a sua
família no seu ministério para enfrentar o mundo que rejeita Deus.
E você, tem colocado a sua família
nos planos de Deus?
3 – A mensagem de Isaías.
Após falar sobre o juízo de Deus
sobre Israel e o iminente exílio na Babilônia, o profeta adverte para “o perverso deixar o seu
caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converter-se ao SENHOR, que se
compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”, Is.55.7.
O retorno para o pacto com Deus deve
acontecer “porque
os pensamentos (de) Deus não são os pensamentos (dos homens), nem os nossos
caminhos, os caminhos (do) [...] SENHOR”,
Is.55.8.
Para acontecer um retorno completo
para Deus é preciso acontecer o “[...] arrependimento [...] (caso contrário) todos
igualmente perecerão”, Lc.13.5.
O povo de Deus não demonstrava
arrependimento verdadeiro porque eles “[...] jejuavam [...] e Deus não atentava para isso
[...] afligiam a [...] alma, e Deus não os levava em conta [...]”, Is.58.3.
A mensagem de Isaías aponta as
características do verdadeiro culto:
1 – O verdadeiro culto
caracteriza-se pela guarda do sábado.
“Se desviares o pé de profanar o sábado (descanso) e
de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado
deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os
teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando
palavras vãs”, Is.58.13;
É importante para você participar da
E.D. e do culto? Então, “não
deixemos de congregar, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e
tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”, Hb.10.25.
É preciso valorizar a frequência aos
cultos “porque,
onde estiverem dois ou três reunidos em nome (de Deus, ali estou no meio deles”, Mt.18.20.
2 – O verdadeiro culto caracteriza-se
pela humildade.
A Palavra de Deus nos fala que “[...] assim diz o Alto, o
Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habita no alto e
santo lugar, mas habita também com o contrito (arrependido) e abatido (humilhado)
de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos
contritos”, Is.57.15.
Muitos têm falado que são de Cristo,
mas desandam com a boca para ferir e destruir a vida do irmão.
Devemos ter sempre em mente que “[...] o jejum que Deus
escolheu (para cada um de nós é) [...] que soltemos as ligaduras da impiedade,
desfaçamos as ataduras da servidão, deixemos livres os oprimidos e despedacemos
todo jugo”, Is.58.6.
Ele deseja também que eu e você “[...] reparta o [...] pão
com o faminto, e recolha em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o
cubras, e não te escondas do teu semelhante”,
Is.58.7.
O resultado para todo aquele que
cultua a Deus é o “[...]
romper (arrebentar) a tua luz como a alva (enxerga melhor o pacto de Deus), a
tua cura brotará sem detença (alma restaurada), a tua justiça irá adiante de ti
(age conforme o querer de Deus), e a glória do SENHOR será a tua retaguarda
(Deus presente)”, Is.58.8.
Através do culto, o servo de Deus
pode “[...]
clamar, e o SENHOR [...] responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me
aqui. (Para que Deus atenda o nosso clamor, devemos) [...] tirar do nosso meio [...]
o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso (xingamento)”, Is.58.9.
Para demonstrar arrependimento o
servo de Deus deve “[...]
abrir a [...] alma ao faminto e fartar a alma aflita, então, a tua luz nascerá
nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia”, Is.58.10 – Deus será aquele que dirige.
Mas afinal, “com que me apresentarei ao
SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos,
com bezerros de um ano?”, Mq.6.6 – este
não é o culto que Deus requer de nós.
“O SENHOR (não se) agrada de milhares de carneiros,
de dez mil ribeiros de azeite [...] (jamais Deus pedirá) o meu primogênito pela
minha transgressão, (nem mesmo) o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma
[...]”, Mq.6.7.
Deus deseja que o seu povo “[...] pratique a justiça
[...] ame a misericórdia, e ande humildemente com [...] Deus”, Mq.6.8.
4 – Ensinando as crianças o mandato
espiritual.
Tanto “[...] a mulher (quanto o) homem
[...] tomaram do fruto e comeram [...]”,
Gn.3.6 quebrando assim a comunhão com Deus.
Os pais precisam se esforçar para
renovar a aliança com Deus “[...] para [...] não esquecer o SENHOR [...]”, Dt.6.12 e assim, transmitir a seus filhos que é
somente “o
SENHOR [...] (que dever ser) temido [...] (e) a ele servir [...]”, Dt.6.13. Nenhum pai tem o direito de “[...] encobrir a seus filhos
[...] os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez”, Sl.78.4.
Por este motivo todo “[...] pai (deve) [...] criar
(seus) filhos na disciplina e na admoestação (exorta) do Senhor”, Ef.6.4.
Conclusão: A “[...] graça e misericórdia
(de Deus que) redime a nossa vida [...]”,
Sl.103.4 nos motiva a obedecer a aliança.
Meditação: Como servos do Senhor Jesus precisamos
pedir a Deus para não “tornar
insensível o (nosso) coração [...] (nem) endurecer os (nossos) ouvidos e (muito
menos) fechar os (nossos) olhos [...] (precisamos) ver com os olhos, a ouvir
com os ouvidos e a entender com o coração [...] (para que haja) conversão, e
sejamos salvo”, Is.6.10.
Vamos pedir ao “[...] SENHOR (que) afaste (o)
desamparo (abandono, desolação das nossas vidas e que todos) os homens [...]”, Is.6.12 sejam abençoados.
Obedeça a aliança!
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana da Revista da E.D. Nossa Fé – O lar segundo Deus – CCC.
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