quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

EM BUSCA DA FELICIDADE NO RELACIONAMENTO SEXUAL, Fp.2.1-4.



EM BUSCA DA FELICIDADE NO RELACIONAMENTO SEXUAL, Fp.2.1-4.
           
Introd.:           O prazer que o sexo proporciona tem sido subestimado, basta ver a forma com que o mundo o trata.
            C. S. Lewis – O problema do homem não era querer algo melhor, mas estar atrás de algo pior.
            Quando o homem rejeita a Deus é porque ele está convencido, por sua maneira pecaminosa de pensar, de que há algo melhor, para si mesmo, do que os caminhos do Senhor.
            Na vida sexual isso não é diferente, e a maneira descompromissada com que o mundo encara o sexo é uma amostra clara disso.
            A melhor maneira de ter felicidade no sexo é a que segue os parâmetros bíblicos.
            Se o casal deseja buscar felicidade no relacionamento sexual, é preciso ter [...]
1 – Ligação de pensamento.
            Sobre a comunhão esperada entre os irmãos da igreja de Filipos, Paulo fala sobre o “[...] pensamento [...]”, Fp.2.2.
            É “[...] pensar [...]”, Fp.2.2 no sentido de ter opinião e julgamento idênticos, ter a mente, a “[...] alma (voltados para) [...] o mesmo sentimento (modo de pensar, sentir, agir)”, Fp.2.2.
            Na comunhão da igreja subtende-se que todos os envolvidos estejam na mesma direção, a começar pelas ideias, “[...] alegria [...] amor [...] unidade [...]”, Fp.2.2.
            Assim como acontece na vida da igreja, na vida conjugal a comunhão inclui conceitos, pois eles direcionam as decisões, os padrões, as reações e a forma como marido e mulher vão interpretar um ao outro.
            Ou seja, um “completa a [...] alegria (do outro) [...] pensando a mesma coisa, tendo o mesmo amor, sendo unidos de alma, tendo o mesmo sentimento (pensar, sentir, agir)”, Fp.2.2.
            É claro que não depende apenas de uma parte. Os dois precisam se           completar [...]”, Fp.2.2.
            Um casal cristão não deve enxergar o mundo pela sua própria ótica, e sim sob a ótica da Palavra de Deus, a qual nos fala que devemos “[...] cumprir (com) os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, nosso Deus, se nos ensinassem [...]”, Dt.6.1.
            O casal tem a mesma necessidade que a igreja tem de andar segundo a Escritura, sendo “[...] exortação em Cristo [...] consolados de amor (e na) [...] comunhão (partilha) do Espírito [...] (cheios de) afetos (amizade, amor) e misericórdias (bondade entre os dois)”, Fp.2.1.
            O casal só viverá corretamente como um casal cristão se seus conceitos sobre todas as coisas forem pautados na lei do Senhor.
            Toda união do casal terá que ser conduzida pela Palavra de Deus, de modo que o ato sexual não seja um mero acontecimento, mas a expressão de uma mente redimida, que enxerga o outro com o mesmo olhar de Deus.
            Antes da queda, Adão recebeu Eva como presente de Deus, para que ela “[...] lhe fosse [...] uma auxiliadora [...] idônea (capaz, qualificada)”, Gn.2.20.
            Essa união foi para o agrado de Deus e por meio dela, espalha a imagem de Deus.
            Após a queda, essa realidade mudou. Homem e mulher passaram a se olhar de maneira diferente.
            A causa foi o fruto do abandono do modo como Deus os ensinou a enxergar um ao outro.
            A reinterpretação da vida como resultado da rejeição à visão de Deus aconteceu quando “abriram-se, então, os olhos de ambos [...]”, Gn.3.7.
            Isso acarretou uma mudança do papel de Eva na vida de seu marido. Criada para auxiliá-lo, com a visão alterada, ela conduziu Adão à desobediência. Ele foi passivo e aceitou.
            Com a desobediência, a forma de olhar para o outro mudou quando “[...] percebendo que estavam nus [...]”, Gn.3.7.
            Encheram-se de pecado, e eles não conseguiram permanecer “[...] nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”, Gn.3.7.
            E o pior, “quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim”, Gn.3.8.
            Para haver comunhão é preciso se “completar [...] (com) o mesmo pensamento [...]”, Fp.2.2.
            O casamento é uma invenção de Deus para viverem em conformidade com o que ele diz.
            Para alcançar a verdadeira felicidade no relacionamento conjugal, nenhum dos cônjuges pode “fazer nada por partidarismo ou vanglória [...]”, Fp.2.3.
            A busca da felicidade no relacionamento sexual fala sobre a [...]   
2 – Ligação de propósito.
            [...] Sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”, Fp.2.2.
            Paulo convoca os Filipenses para ter união e seguir a mesma direção e ter o mesmo propósito.
            Acontece o mesmo na comunhão amorosa, que pede que o casal tenha o mesmo objetivo.
            A forma como a união entre homem e mulher foi criada já demonstra que sua direção não pode ser outra, a não ser a satisfação da vontade de Deus.
            O casal não pode ter outro objetivo para sua união, que não seja a satisfação da vontade de Deus para sua vida em comum.
            Perseguindo esse propósito o casal pode chegar mais próximo de um relacionamento que seja pleno e que inclua um relacional sexual mais satisfatório.
            Na carta aos Coríntios, Paulo fala sobre a relação do cristão com o alimento.
            Aprendemos que nossos desejos devem ser controlados pelo bem do próximo, “[...] daquele que nos adverte [...] (de que a) comida (é) coisa sacrificada a ídolo, (então) não (devemos) comer, por causa daquele que nos advertiu [...]”, 1Co.10.28.
            Se o que comemos causar escândalo a um irmão ou abalar a sua fé, “[...] por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?”, 1Co.10.29.
            Isso também se aplica ao casamento, pois as atitudes e o modo de o casal se relacionar devem ser para a glória de Deus.
            O marido sabe que deve satisfazer sua esposa e o mesmo acontece com a esposa; isso glorifica a Deus, que criou os corpos para que se relacionassem sexualmente.
            A felicidade sexual não está no outro nem na satisfação dos próprios desejos, mas na glorificação do Deus do sexo, por meio da relação íntima.
            Sexo feliz é o sexo realizado com o cônjuge realizado segundo os princípios do criador.
            Se o propósito da relação sexual é a satisfação do Criador, a relação dever ser desenvolvida segundo os parâmetros e princípios dados pelo próprio Deus em sua Palavra.
            O propósito do sexo no casamento tem de ser visto sob a ótica de nossa realidade criada, ou seja, a fim de ser “desvendado (em nós) o mistério da [...] vontade (de) Deus, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele [...] todas as coisas, tanto as do céu como as da terra (nossos relacionamentos)”, Ef.1.9, 10.
            A busca da felicidade no relacionamento sexual fala sobre a [...]   
3 – Ligação de interesses.
            Propósitos e interesses são coisas intimamente relacionadas.
            Um casal que tem o propósito de glorificar a Deus em sua relação terá interesses guiados para essa glória.
            Por isso é que “nada (o casal deve) fazer por partidarismo ou vanglória, mas por humildade [...]”, Fp.2.3.
            É preciso compreender o modo como a relação sexual deve ser guiada para seu propósito.
            O interesse do cristão deve ser o de “[...] considerar [...] o outro superior a si mesmo”, Fp.2.3.
            Como se trata de uma entrega, o sexo que não leva em conta o interesse do outro é egoísta e pecaminoso.
            Paulo fala que “o marido (deve) conceder à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido”, 1Co.7.3.
            A perspectiva de que a felicidade do cristão no sexo, que o usa para a glória de Deus, consiste em doação, doar seu próprio corpo ao cônjuge, para satisfazer o outro, como uma oferta de seus membros ao serviço de Deus.
            Aos romanos, Paulo declara que “[...] uma vez libertados do pecado, fomos feitos servos da justiça (e filhos de Deus)”, Rm.6.18.
            No campo sexual, ofertávamos nossas relações no altar do coração, a outro deus, e deixávamos o Criador do sexo.
            Agindo de maneira que não agrada a Deus, o homem serve todo tipo de paixão pecaminosa e prazeres ilícitos a tal ponto “[...] oferecer os [...] os seus membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade [...]”, Rm.6.19.
            Sendo servos de Deus, “não (podemos) ter cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”, Fp.2.4.
            Em Cristo, somos chamados a oferecer nossos corpos à santidade.
            Quanto à área sexual, a santidade ocorre quando encaramos nosso cônjuge como o fiel depositário escolhido por Deus para receber nossa intimidade sexual.
            No relacionamento íntimo um deve investir no outro.
            Como pode um marido deixar de lado seus interesses e agir sobre a vida de sua esposa como Cristo age com sua igreja?
            Como uma esposa consegue aceitar a liderança do marido que tantas vezes se mostra falho?
            A resposta é dada por Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”, Mt.11.29.
            O nosso maior exemplo é Jesus que se sujeitou ao sofrimento e à morte, para que pudéssemos receber os benefícios que Ele alcançou para nós.
            Ao entregar seu corpo, Jesus mostrou o clímax de seu amor por nós; o mesmo deve acontecer na entrega do corpo ao cônjuge. Antes da própria satisfação, em a do outro. Antes do eu, está Cristo.
            Aquele que me foi confiado deve ser cuidado, edificado, satisfeito, santificado.
            Ao falar aos Coríntios, Paulo faz uma descrição arrasadora do “eu”: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana (exibe), não se ensoberbece (encher), não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera (irritar), não se resente (levar em conta) do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, 1Co.13.4-7.
            Busque viver uma vida de santificação com o seu cônjuge.
            Em busca da felicidade no relacionamento sexual [...]
Conclusão:      É possível e necessário fazer o outro feliz.
            A felicidade não tem nada a ver com fantasias, nem com aventuras e muito menos com ideias diferentes.
            A busca do casal deve aprofundar sua comunhão e vivê-la para a glória de Deus.
            O casal precisa estabelecer a Palavra de Deus como padrão de pensamento e conduta para glorificar a Deus com sua vida sexual.
Aplicação:
            Qual seu interesse maior: Satisfazer-se ou proporcionar satisfação?
            Para você, sexo glorifica a Deus?


            Adaptado para ED – Nossa Fé – A beleza da intimidade sexual – Extensão e limites da relação no casamento - CCC – Rev. Ricardo Moura Lopes Coelho.

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