RESTAURAÇÃO
A obra de restauração de qualquer construção caída ou
deteriorada ainda não chegou ao fim por mais reformas que aconteçam ou quanto
de recurso financeiro é aplicado.
Não é por falta de recurso e nem de incentivo
ministerial, oração ou cobrança bíblica quando se fala a respeito da reforma
espiritual. Muitos deixam a desejar.
É preciso que cada um faça o máximo de esforço para
obter o melhor para essa “[...] lavoura de Deus, edifício de Deus (que) somos
nós” (1Co 3.9).
Não importa se o seu edifício é muito novo ou antigo
de construção ou nascimento. O que acontece é que uma parte sã, muitas vezes,
tem influenciado ou “[...] contaminado o corpo inteiro [...]” (Tg 3.6), então,
os reparos precisam ser constantes em todas as partes.
E veja, não existe nenhuma parte que se possa
afirmar que está totalmente restaurada, perfeita, sem nenhum defeito, mesmo
porque, “não há parte sã na sua carne, por causa da [...] indignação (de Deus);
não há saúde nos seus ossos, por causa do seu pecado” (Sl 38.3).
Sendo assim, é preciso que toda estrutura
apodrecida, que se chama homem, se disponha para ser restabelecido
inteiramente, de corpo e alma.
No início, após o homem manter intimidade perfeita
com o seu criador, depois de desfrutar dos deleites deixados por Deus neste
mundo, logo depois de perceber que “[...] tudo quanto Deus fizera, e eis que
era muito bom [...]” (Gn 1.31), simplesmente o homem deu as costas para Aquele
que cuidara muito bem do Jardim do Éden e do futuro eterno da humanidade.
É a primeira vez em toda a história humana que o
homem e sua mulher se perdem no lamaçal de pecados. É neste contexto de
perdição, seguida de morte física, que “[...] chamou o SENHOR Deus ao homem e
lhe perguntou: Onde estás?” (Gn 3.9).
Deus quis e quer saber por onde anda você. Isto é
verdade porque muitos “[...] escondem-se da presença do SENHOR Deus [...] por
entre as árvores do jardim (tal como Adão e Eva)” (Gn 3.8).
Após essa pergunta feita pelo próprio Deus eterno, é
instalada, no trono celeste, a missão de resgate do homem perdido. É a partir
desse momento que Deus se importa com a vida espiritual do homem e sua mulher.
O desejo único do Criador é restaurar, trazer de
volta o homem à vida eterna, que acabara de perder com a sua desobediência e
rebeldia.
É interessante notar como Deus tem tratado o homem
caído desde a sua fuga. Naquele dia, lá no Éden, Deus o trata com amor eterno.
A voz suave de Deus ecoa por todo o jardim.
Além do milagre da criação, Deus providenciou para
que o homem, em estado pecaminoso, “[...] ouvisse a voz (de) Deus no jardim
[...] porque (ele e sua mulher) estavam nus, tiveram medo, e se esconderam” (Gn
3.10).
Em nenhum momento do diálogo travado entre o Deus
perfeito e o homem pecador, se percebe qualquer palavra de ofensa, desprezo,
acusação, reprimenda procedente da boca de Deus.
Nessa brincadeira de esconde-esconde do homem, o
Criador do universo poderia, mas não fez, rejeitar esse boneco de barro soprado
e, pelo poder eterno, poderia, caso fosse da sua vontade, criar outro homem,
juntamente com a sua mulher, talvez mais perfeito, mais santo, mais chegado ao
coração de Deus.
É bom lembrar que todas essas qualidades eram
inerentes ao coração de Adão e Eva antes deles caírem em pecado. Mas a decisão
irresponsável deles foi a de rejeitar todo “[...] amor eterno (que) Deus (os)
[...] amou [...] (ainda assim) [...] com benignidade (de) Deus (eles foram)
atraídos” (Jr 31.3) para lhes conceder não somente o perdão, mas também para
acabar com a vergonha que eles sentiram.
O criador tomou a decisão de “fazer [...] vestimenta
de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gn 3.21). Com esse gesto amoroso
de preparar a vestimenta, Deus inicia o pagamento a preço de sangue do cordeiro
em favor do homem perdido.
Desde o dia da queda do homem, jamais o “[...]
Cordeiro de Deus (deixou de) [...] tirar o pecado [...]” (Jo 1.29) daquele que
se achega a Ele humildemente.
Por esse motivo, diariamente, o Filho de Deus tem
interesse em “[...] levantar o tabernáculo caído [...] reparar as suas brechas;
e, levantar das suas ruínas, restaurá-lo como fora nos dias da antiguidade” (Am
9.11).
Salvador P. Santana
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