quinta-feira, 22 de setembro de 2016

RESTAURAÇÃO


RESTAURAÇÃO

            A obra de restauração de qualquer construção caída ou deteriorada ainda não chegou ao fim por mais reformas que aconteçam ou quanto de recurso financeiro é aplicado.

            Não é por falta de recurso e nem de incentivo ministerial, oração ou cobrança bíblica quando se fala a respeito da reforma espiritual. Muitos deixam a desejar.

            É preciso que cada um faça o máximo de esforço para obter o melhor para essa “[...] lavoura de Deus, edifício de Deus (que) somos nós” (1Co 3.9).

            Não importa se o seu edifício é muito novo ou antigo de construção ou nascimento. O que acontece é que uma parte sã, muitas vezes, tem influenciado ou “[...] contaminado o corpo inteiro [...]” (Tg 3.6), então, os reparos precisam ser constantes em todas as partes.

            E veja, não existe nenhuma parte que se possa afirmar que está totalmente restaurada, perfeita, sem nenhum defeito, mesmo porque, “não há parte sã na sua carne, por causa da [...] indignação (de Deus); não há saúde nos seus ossos, por causa do seu pecado” (Sl 38.3).

            Sendo assim, é preciso que toda estrutura apodrecida, que se chama homem, se disponha para ser restabelecido inteiramente, de corpo e alma.     

            No início, após o homem manter intimidade perfeita com o seu criador, depois de desfrutar dos deleites deixados por Deus neste mundo, logo depois de perceber que “[...] tudo quanto Deus fizera, e eis que era muito bom [...]” (Gn 1.31), simplesmente o homem deu as costas para Aquele que cuidara muito bem do Jardim do Éden e do futuro eterno da humanidade.

            É a primeira vez em toda a história humana que o homem e sua mulher se perdem no lamaçal de pecados. É neste contexto de perdição, seguida de morte física, que “[...] chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” (Gn 3.9).

            Deus quis e quer saber por onde anda você. Isto é verdade porque muitos “[...] escondem-se da presença do SENHOR Deus [...] por entre as árvores do jardim (tal como Adão e Eva)” (Gn 3.8).

            Após essa pergunta feita pelo próprio Deus eterno, é instalada, no trono celeste, a missão de resgate do homem perdido. É a partir desse momento que Deus se importa com a vida espiritual do homem e sua mulher.

            O desejo único do Criador é restaurar, trazer de volta o homem à vida eterna, que acabara de perder com a sua desobediência e rebeldia.  

            É interessante notar como Deus tem tratado o homem caído desde a sua fuga. Naquele dia, lá no Éden, Deus o trata com amor eterno. A voz suave de Deus ecoa por todo o jardim.

            Além do milagre da criação, Deus providenciou para que o homem, em estado pecaminoso, “[...] ouvisse a voz (de) Deus no jardim [...] porque (ele e sua mulher) estavam nus, tiveram medo, e se esconderam” (Gn 3.10).

            Em nenhum momento do diálogo travado entre o Deus perfeito e o homem pecador, se percebe qualquer palavra de ofensa, desprezo, acusação, reprimenda procedente da boca de Deus.

            Nessa brincadeira de esconde-esconde do homem, o Criador do universo poderia, mas não fez, rejeitar esse boneco de barro soprado e, pelo poder eterno, poderia, caso fosse da sua vontade, criar outro homem, juntamente com a sua mulher, talvez mais perfeito, mais santo, mais chegado ao coração de Deus.

            É bom lembrar que todas essas qualidades eram inerentes ao coração de Adão e Eva antes deles caírem em pecado. Mas a decisão irresponsável deles foi a de rejeitar todo “[...] amor eterno (que) Deus (os) [...] amou [...] (ainda assim) [...] com benignidade (de) Deus (eles foram) atraídos” (Jr 31.3) para lhes conceder não somente o perdão, mas também para acabar com a vergonha que eles sentiram.

            O criador tomou a decisão de “fazer [...] vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gn 3.21). Com esse gesto amoroso de preparar a vestimenta, Deus inicia o pagamento a preço de sangue do cordeiro em favor do homem perdido.

            Desde o dia da queda do homem, jamais o “[...] Cordeiro de Deus (deixou de) [...] tirar o pecado [...]” (Jo 1.29) daquele que se achega a Ele humildemente.

            Por esse motivo, diariamente, o Filho de Deus tem interesse em “[...] levantar o tabernáculo caído [...] reparar as suas brechas; e, levantar das suas ruínas, restaurá-lo como fora nos dias da antiguidade” (Am 9.11).
Salvador P. Santana

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