quinta-feira, 11 de junho de 2015

O CRENTE E A FESTA JUNINA

O CRENTE E A FESTA JUNINA
            No mês de junho, praticamente, todos os brasileiros comem, festeja e dançam as celebrações realizadas aos chamados santos católicos romanos, conhecidos como Antônio, João, Pedro e Paulo, nos dias 13, 24 e 29 respectivamente. Onde e como surgiu esse festejo? O que diz a Bíblia a esse respeito? Pode o servo de Deus participar das comidas, festejos e danças?
            Na antiguidade, celebrava-se uma festa chamada: Festa da fertilidade, na qual se comemoravam as colheitas e a reprodução dos rebanhos. No império romano a festa era chamada ‘Junônia’, em homenagem à deusa Juno. Essa deusa era a mesma ‘Hera’ dos gregos, que conforme crença antiga, se uniu incestuosamente com Júpiter, seu irmão, sem que seus pais o soubessem.
            Tal divindade veio a ser o símbolo da união conjugal, da fertilidade e maternidade, bem como a guardiã da mulher, do nascimento e da própria morte. Inserido nesses festejos, está a comemoração ao chamado santo católico romano, Antônio.
            Antônio nasceu em Portugal em 1195, falecendo em 13 de junho de 1231. O seu nome verdadeiro era Fernando de Bulhões. Foi ordenado sacerdote aos 24 anos, indo morar na Itália. Ali viveu tratando dos enfermos e ajudando a encontrar coisas perdidas. Dedicava-se ainda em arranjar maridos para as moças solteiras. O outro, João, o João Batista da Bíblia, profeta que preparou a vinda de Jesus, pregou o batismo de arrependimento e a vinda do Reino dos céus. Pedro e Paulo foram apóstolos de Jesus Cristo e escritores de livros do Novo Testamento.
            Ao fazer uma análise bíblica dessa festa romana nota-se que nada existe como base sólida para se fazer tal comemoração por parte do povo evangélico. A festa da fertilidade celebrada na antiguidade não tem nenhuma ligação com os costumes judaicos e nem mesmo com a Igreja Primitiva.
            A Palavra de Deus relata apenas oito festas dos israelitas de comemorações religiosas: 1) páscoa e pães asmos; 2) tabernáculos ou barracas; 3) pentecostes, ou semanas, ou primícias, ou sega (colheita, ceifa); 4) lua nova; 5) ano novo ou trombetas; 6) dia da expiação ou do perdão; 7) purim; 8) luzes ou dedicação.
            A situação piora quando se fala de festa à deusa Juno. Com respeito a esse assunto certa vez Deus disse ao seu povo: “guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo” (Dt 4.15).
            Quando o povo estava de posse da terra de Canaã, Deus os alertou nestes termos: “[...] Não façais menção dos nomes de seus deuses, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem os adoreis” (Js 23.7). A relação incestuosa é totalmente abominada por Deus ao dizer: “A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás” (Lv 18.9). Deus nunca permitiu que qualquer divindade fosse adorada, principalmente como símbolo de união conjugal.
            É bom registrar algumas indagações. Caso Antônio ainda estivesse vivo será que ele gostaria de receber tantas homenagens, ser festejado, exaltado acima do próprio Deus? E quanto a João, Pedro e Paulo, o que eles iriam dizer afinal? João Batista disse certa vez para aos seus discípulos: “Convém que ele (Jesus) cresça e que eu (João) diminua” (Jo 3.30).
            Aconteceu um dia em que o centurião Cornélio se ajoelhou aos pés do apóstolo Pedro, “mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem” (At 10.26). E Paulo, o escritor de treze cartas no Novo Testamento enalteceu a pessoa de Jesus ao dizer: “Ele (Jesus) é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (Cl 1.18).
            Ora, se o profeta João Batista, e os apóstolos Pedro e Paulo preferiram se ocultar e deixar o nome de Jesus Cristo aparecer, quanto mais Fernando de Bulhões desejaria que o nome de Cristo prevalecesse e não o dele.
            Mas afinal, os servos de Jesus Cristo podem ou não participar das comidas oferecidas nas festas juninas, apreciar os festejos e danças que são realizadas nas praças e escolas? Abra a sua mente para entender a verdade. Estas festas são totalmente dedicadas aos chamados santos católicos romanos. O apóstolo Paulo faz uma pergunta que precisa urgentemente de resposta em cada coração dos servos de Deus. “Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? [...]” (2Co 6.15,16).
            Paulo faz outra pergunta e ele mesmo responde. O “[...] ídolo é alguma coisa? Ou o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1Co 10.19,20).
            Pais, seus filhos se enfeitam “[...] como um espantalho em pepinal (?) [...]” (Jr 10.5).


Rev. Salvador P. Santana

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