sábado, 20 de dezembro de 2014

ACONTECIMENTO MARCANTE

ACONTECIMENTO MARCANTE
            Um dos acontecimentos mais marcantes e comentados de todos os tempos, neste mês de dezembro, é o nascimento de Jesus Cristo. Embora nem todos saibam o real significado do natal, ainda assim a comemoração acontece nos quatro cantos do mundo.
            As luzinhas piscando ou as festas regadas das melhores iguarias estão presentes entre pobres e ricos, negros e brancos, índios, mulatos e amarelos. Pode-se perceber que entre uma ou outra etnia, entre esta ou aquela classe social, os holofotes são acesos e mirados na parte que lhes faz bem ao coração.
            Verdade é que a maioria dos festeiros dá mais valor aos “[...] magos (estudioso das estrelas) que vieram do Oriente a Jerusalém” (Mt 2.1) do que ao próprio dono da vida, Jesus Cristo. Já outro destaque vai para a “[...] estrela vista no Oriente [...]” (Mt 2.2) como se ela tivesse condições de iluminar o caminho para o homem na escuridão.
            Que belo engano, mesmo “[...] porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor” (1Co 15.41) e isto foi determinado pelo próprio Deus. Portanto, o único que pode mostrar o verdadeiro caminho é “[...] Jesus (que) é a luz do mundo; quem O segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).
            É de se perceber também que está sempre em destaque a “[...] manjedoura (cocho) [...]” (Lc 2.7) que acolheu “[...] o [...] Rei [...] humilde [...]” (Mt 21.5). Outros tantos investem em luzes para fazer aparecer os “[...] pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lc 2.8) e ao “[...] anjo (com) uma multidão da milícia celestial [...]” (Lc 2.13).
            Agindo desta forma eles se esquecem de dar “glória a Deus nas maiores alturas [...]” (Lc 2.14). Tudo isso aconteceu erradamente e poderia até mesmo aumentar o erro, caso jogassem mais luz sobre Herodes Antipas, o gado, o burro, José, Maria, a hospedaria e seu dono. Basta! Chega de lançar brilho sobre aqueles que não merecem.
            Quando os magos “[...] viram o menino Jesus [...]” (Mt 2.11) eles tiveram uma atitude que poucos têm tomado nestes últimos dias. Eles “[...] prostraram-se [...] (quando encontraram o) Menino Jesus [...]” (Mt 2.11). A prostração dá a ideia de descer de um lugar mais elevado para chegar ao nível mais inferior possível. Isso fala de dependência, humilhação, de sair da posição ereta para a posição que mais consiga se dobrar.
            Talvez seja necessário que a pessoa coloque uma dobradiça em seu pescoço e a puxe com uma carretilha a fim de que se dobre até chegar a deitar-se ao chão. É como se o humilhado estivesse sendo submetido a algum julgamento onde o abatido se julga culpado de todas as denúncias apresentadas contra ele.
            Essa atitude deve acontecer do mesmo modo quando Davi reconheceu a sua culpa ao declarar de coração aberto que “pecou contra Deus, contra Ele somente, e fez o que era mal perante os seus olhos [...]” (Sl 51.4). Essa é uma das atitudes mais preciosa que todos os homens precisam tomar quando se encontrarem com o Menino Jesus.
            Outra atitude surpreendente que os magos tiveram, e que pouco se tem visto, foi a de “[...] adorar Jesus Cristo [...]” (Mt 2.11), o recém-nascido. Ao falar sobre adoração é bom lembrar que esse ato pode ser feito, de preferência, “[...] nos [...] átrios (pátio descoberto) [...] à porta (ou dentro) da casa de [...] Deus [...]” (Sl 84.10) ou ainda, particularmente, dentro do seu coração.
            A adoração fala de culto, de honra, reverência, homenagem prestada, seja para expressar respeito ou para suplicar “[...] aquele que vive pelos séculos dos séculos [...]” (Ap 10.6). E para demonstrar esse amanhecer de um novo estilo de culto Àquele que “[...] pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus [...]” (Hb 7.25), os magos ofertaram ao “[...] menino [...] os seus tesouros [...]: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).
            O ouro serviu, possivelmente, para a fuga para o Egito, o incenso, para ser misturado com especiarias, ser queimado nas cerimônias de adoração a Deus e a mirra, que podia fornecer um precioso perfume, ou misturado com vinho, servia como calmante nos momentos de dores e que, muito provável, Jesus tenha usado.
            Espera-se que as comemorações deste dia natalício de Jesus, o acontecimento mais marcante em sua vida, seja o verdadeiro desejo de “[...] conhecer o Pai, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem (o Pai) enviou” (Jo 17.3).

Rev. Salvador P. Santana

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