quinta-feira, 30 de outubro de 2014

NÃO ATRAPALHAR O CULTO.

NÃO ATRAPALHAR O CULTO
            Percebe-se aquele sussurro no horário do prelúdio do culto e da Escola Dominical. Ouvem-se vozes estridentes a conversar sobre temas do cotidiano. Falam sobre como foi a sua semana, que negócio fora feito em tal empresa, qual foi a cor da tinta de cabelo que você usou. Discute-se sobre o defeito apresentado em seu carro quando estava parado, que filme maravilhoso passou ontem na TV, que mensagem você acabou de receber em seu celular, quem ligou para você. Fala-se de como é idiota aquela menina ou do casal de namorado trocando carícias.
            É esse tipo de conversa que se tem ouvido dentro das igrejas quando o povo está chegando e tomando os seus lugares, nos intervalos de uma música para outra, no momento da santa ceia ou na arrecadação dos dízimos e das ofertas. Você acha correta essa atitude?
            Você há de convir que aquele vozeirão levantado dentro da igreja, antes do início dos cultos, não é nem um pouco agradável. Esse som levantado no meio do templo incomoda aqueles que estão tentando orar, meditar na Palavra ou fazer alguma leitura bíblica.
            Sabe-se também que impede que o som do harmônio, do piano, da bateria, do violão, da guitarra chegue aos seus ouvidos como perfeito louvor ao Deus criador.
            Você sabe muito bem que nas repartições públicas como hospitais, fóruns e teatros, a exigência é o máximo de silêncio. Também é de se imaginar que a casa do Senhor, o templo, que foi consagrado para adorar a Deus, merece muito mais reverência.
            Tanto no V.T. quanto no N.T. a reverência tem o sentido de temor e de prostrar-se para adorar. Por isso o profeta Isaías reclamou perguntando: “Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?” (Is 1.12). É bom lembrar que o átrio era apenas uma área cercada e descoberta contígua ao templo.
            Deus não deseja que seu povo apenas pise no templo. Ele deseja temor, respeito, adoração e dessa forma continua até hoje, só que há uma grande diferença; o homem não precisa ficar no pátio, pode adentrar pelas portas do templo.
            Fique sabendo que Deus continua exigindo que “se cale toda carne diante do SENHOR, porque ele se levantou da sua santa morada” (Zc 2.13). Até esses dias Deus continua cobrando respeito à Sua Pessoa. Você pode e precisa contribuir a fim de que todo o povo de Deus possa “[...] entrar na Casa de Deus (entre) [...] para ouvir [...]” (Ec 5.1) somente. Agindo dessa forma você estará contribuindo para o bom andamento do culto.
            Espere aí! Você não pode confundir as coisas. Haverá momento em que você poderá conversar sobre o assunto estudado. Você terá o momento de tirar as suas dúvidas a respeito da doutrina. Terá a oportunidade de dar a sua opinião em assuntos diversos. Lembre-se! Toda essa conversação gira em torno de temas pertinentes à lição aplicada.
            É verdade também que haverá momentos de descontração, de risos e de seriedade. No momento em que você prestar o culto a Deus você terá a oportunidade de louvar a Deus do modo que você se sinta bem, sentado ou em pé. Não é porque todos estão cantando que você é obrigado a cantar, mas o que você estiver fazendo deve ser feito de modo que “[...] o Cordeiro [...] receba o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5.12) da sua parte. O que não se deve fazer é atrapalhar o culto com conversa paralela e neste sentido Paulo disse que “tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14.40).
            Agindo dessa forma Deus o abençoará muito mais.

Rev. Salvador P. Santana

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