sábado, 4 de agosto de 2012

MISSÕES

MISSÕES


Ao falar sobre missões vem à mente a lembrança do missionário norteamericano, Ashbel Green Simonton (1833-1867), fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil. Este foi o primeiro missionário a vir para o Brasil. Desembarcou no Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1859, deixou para trás casa, parentes, amigos e a língua materna. Ao chegar, com 26 anos de idade, não sabia falar português e, aos 34 anos de idade, faleceu na cidade de São Paulo, acometido de febre biliosa, no dia 09 de dezembro de 1867, na casa do seu cunhado, Rev. Alexander Latimer Blackford e foi sepultado no cemitério dos protestantes.

Para muitos, a palavra missões impulsiona o homem a ir para lugares longínquos onde não existe infraestrutura, país pobre, sem recurso e que, o seu dever é fazer doação de roupa, remédio, alimento e algumas orações para que o povo seja liberto. Nem sempre esse fato é verdadeiro para todos os membros da igreja. Na verdade, todos os servos de Jesus Cristo tem a missão de “ir [...] fazer discípulos de todas as nações [...]” (Mt 28.19), mas o país não está designado neste texto, portanto, até mesmo dentro da própria casa é possível ser missionário.

A prova dessa verdade é que “[...] uma menina [...] (foi) levada cativa (pelas) tropas da Síria [...] da terra de Israel [...] (e) ficou ao serviço da mulher de Naamã (o leproso)” (2Rs 5.2), levada à força, trabalhou como escrava, mas ainda assim, “disse [...] à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra” (2Rs 5.3). Após a restauração da saúde desse comandante, a confissão (dele) foi única: “[...] Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel [...]” (2Rs 5.15). Ele “[...] voltou em paz [...]” (2Rs 5.19) para a sua casa com a missão de declarar para os seus as maravilhas que Deus lhe havia feito.

Quando Jesus e seus discípulos “[...] rumaram para a terra dos gerasenos [...]” (Lc 8.26), “[...] encontrou um homem possesso de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos sepulcros” (Lc 8.27). Compassivamente, Jesus ordenou que “[...] os demônios saíssem do homem [...]” (Lc 8.33). Milagrosamente e imediatamente “[...] saíram os demônios (daquele) homem [...] (e ele passou a se) vestir, em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus [...]” (Lc 8.35). Após Jesus cumprir com a sua missão naquela cidade, o texto fala que “todo o povo da circunvizinhança dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles, pois estavam possuídos de grande medo. E Jesus, tomando de novo o barco, voltou” (Lc 8.37). Aquele “[...] homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; Jesus, porém, o despediu, dizendo: Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito” (Lc 8.38,9).

Já disseram que "missões se fazem com os pés dos que vão, com os joelhos dos que ficam e com as mãos dos que contribuem”. Esta frase deve ser relembrada para que ninguém tenha desculpa em dizer que não pode fazer missões. Missões é tão fácil fazer como fora para Simonton, a menina de Israel, Naamã, o jovem de Gadara e tantos outros que se empenham para levar o nome de Cristo. É possível, não é fácil, mas fazer missões, também, principalmente, dentro de casa, onde os pais, os irmãos e os vizinhos podem perceber com maior clareza o “[...] testemunho de que [...] todo aquele que [...] crê (em) Jesus recebe remissão de pecados” (At 10.43), assim, “[...] será salvo [...]” (Jo 10.9).

Rev. Salvador P. Santana

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