sábado, 11 de agosto de 2012

MUDANÇA DE VIDA

MUDANÇA DE VIDA


É bem verdade que as mães dão de dez a zero nos pais quando se trata de fazer o serviço doméstico. De fato, além de conseguirem lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos, do marido, atender as demais obrigações do dia a dia, elas ainda tem fôlego para passear e tomar um sorvete na praça. Ah! Tudo isso acontece nos sete dias da semana. Ufa! Que canseira.

E os pais, vivem sempre cansados. Ao retornar de um dia estafante de trabalho na empresa, isto é, quando não levam mais obrigações para terminar de fazer em casa, o que muitos desejam é esticar as pernas, ler e assistir jornais, participar de um futebol, conversar com os amigos e bem mais tarde, cair na cama para recomeçar tudo no outro dia. Um detalhe: muitos fazem tudo isso durante cinco ou seis dias da semana.

Esta não pode ser a vida que os pais pediram à Deus. As mães já não aguentam tanta pressão. Parece que elas estão totalmente sufocadas e sem direito ao descanso. Por sua vez, os pais não podem ficar tão despreocupados com as obrigações a eles impostas por Deus e nem mesmo deixar de fazer o máximo para que o lar seja muito abençoado e satisfatório para que todos vivam unidos em família.

Não é porque as mães tomam a frente de todas as tarefas da casa que o pai pode ficar de braços cruzados sem fazer nada. A respeito do casamento Deus fala que “[...] o homem (deve) [...] se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Nesta união precisa haver responsabilidades mútuas e de comum acordo. Nada de pensar que o pai é apenas aquele que deve trabalhar e sustentar a casa com cama, mesa, banho e alimento e de fora fica o cuidado dos filhos, a dedicação do amor, a vida em família, os passeios e o zelo para com os que ama: esposa e filhos.

Todos sabem que Jacó, o filho de Isaque, quando jovem, por “[...] duas vezes [...] enganou Esaú: tirando o direito de primogenitura e [...] usurpando a bênção que era (do irmão) [...]” (Gn 27.36). Após a sua fuga para a casa do seu tio Labão, e também, depois de “[...] servi-lo (por) catorze anos [...] (pelas) [...] duas filhas e seis anos (pelo) [...] rebanho; (e, por) dez vezes [...] (ter) o salário mudado” (Gn 31.41), ele precisou tomar um rumo melhor para a vida. Jacó decidiu “[...] voltar em paz para a casa de seu pai (e desejou ardentemente de que) [...] o SENHOR seria o seu Deus” (Gn 28.21).

Essa transformação na vida de Jacó fora preciso e forçada, por motivos muito simples: tinha doze filhos para criar. Os seus filhos não podiam ser criados fora do controle do pai e nem da bênção de Deus. Era preciso que o progenitor estivesse junto aos filhos para “ensinar-lhes [...] no caminho em que deviam andar, e, ainda quando fossem velhos, (para) não se desviar dele” (Pv 22.6). Esta maneira de ensinar necessita da presença do pai dentro de casa nos momentos de folga do trabalho árduo de cada dia. É verdade que Jacó não foi um dos melhores e nem dos piores pais deste mundo. Conseguiu agregar todos os filhos, menos um, José, que fora vendido para o Egito, mas quando na velhice, teve a oportunidade de reencontrar o seu filho perdido, pôde “[...] abençoar os [...]” (Gn 48.20) não somente José, mas também os filhos deste.

É possível que você, pai, esteja sem rumo a respeito das suas obrigações dentro de casa, mas, tome por base a vida de Jacó e peça a Deus para que você tenha a experiência de mudança de vida aos pés do Senhor Jesus. Saiba que somente Ele tem total poder para “[...] abençoar os que temem o SENHOR, tanto pequenos como grandes” (Sl 115.13).

Rev. Salvador P. Santana

Nenhum comentário:

Postar um comentário