quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O AMOR SUPERA TUDO

O A M O R S U P E R A T U D O


Desde os tempos bíblicos se tem visto com muito pesar, em especial, dentro das igrejas evangélicas, fulano, beltrano ou sicrano fazendo acepção de pessoas. O irmão de Jesus e pastor da igreja de Jerusalém, Tiago, não usa meia palavra para fazer uma reclamação severa de que os “[...] irmãos [...] não (podem) ter a fé em [...] Jesus Cristo (o) [...] Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tg 2.1). É muito triste, mas quando alguém se intromete a fazer algum julgamento, sendo que não é convidado e nem está apto a fazer isso, a respeito de alguma pessoa, geralmente, ele leva em consideração as circunstâncias externas do julgado e não os seus méritos intrínsecos (que lhe é próprio).

Desta forma ele dá preferência, como sendo o mais valioso, alguém que é rico, nascido em berço nobre, poderoso, que vista roupas finas, que ostenta joias, comida farta à mesa, renegando assim, outras pessoas que não têm essas “qualidades”. Com respeito a essa atitude impensada, Tiago pergunta e ao mesmo tempo adverte de que tal pessoa gosta de “[...] fazer distinção entre eles mesmos e (ao mesmo tempo se) [...] torna juiz tomado de perverso pensamento [...]” (Tg 2.4).

Preste bem atenção neste texto! Tiago alerta sobre a discriminação, e, aquele que se sentir discriminado se apresentar denúncia formal em qualquer delegacia, certamente o discriminador será processado. Ao falar dessa discriminação, Tiago diz que essa desordem acontecia dentro da própria igreja, saindo da boca dos próprios irmãos, porque eles mesmos “[...] faziam distinção entre eles mesmos [...]” (Tg 2.4). Quando esse assunto chega aos ouvidos dos incrédulos, o crédito e o testemunho do evangelho caem por água abaixo. Pare um pouco para fazer esta análise: você e outra pessoa fazendo mexerico de uma terceira que é considerada irmão em Cristo Jesus. Neste caso você está apenas acrescentando ou tirando algumas verdades. O assunto se torna pior quando o incrédulo está participando dessa fofoca.

É possível que você possa dizer: é verdade mesmo, toda cidade sabe do acontecido. Mas e daí? Esse assunto não deve ser comentado no meio da praça, diante de pessoas que não tem nenhuma conduta cristã, não fazem parte da igreja do Senhor Jesus. As Escrituras dizem “[...] que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro” (Jo 8.17) logo, tudo aquilo que você está dizendo contra o seu irmão, sendo falso ou verdadeiro, o incrédulo tomará como certa e justa esta sua palavra. Portanto, tome cuidado com as suas palavras, porque “[...] do muito falar (vêm) palavras néscias (ignorantes)” (Ec 5.3) e “não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras” (Ec 5.2).

O texto ainda adverte de que, quando você faz acepção de alguma pessoa, é certo que você se “[...] torna juiz tomado de perverso pensamento [...]” (Tg 2.4). Agora faça estas perguntas a si mesmo: – Existe algum juiz perfeito neste mundo? – Todos têm a capacidade para julgar retamente o seu próximo? Terminantemente, não. A Bíblia diz que “não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque” (Ec 7.20), logo, todos os homens são incapazes de fazer qualquer julgamento porque somente “[...] Deus (é) que julga retamente” (1Pe 2.23).

Veja bem que Tiago fala que além desse irmão se tornar juiz, ele ainda é “[...] tomado de perverso pensamento [...]” (Tg 2.4), ou seja, o seu intento é mau, cheio de maldade quando ele questiona a respeito da verdade. Sabe o por quê de toda essa maldade instalada no coração humano? Porque todos, sem escapar nenhum sequer, “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12).

De tudo o que foi falado o que resta é dizer é que Deus nunca deixou de falar abertamente para todos os seus servos “[...] que (todos devem) [...] amar uns aos outros; assim como Ele [...] ama (o seu povo), que também [...] amem uns aos outros” (Jo 13.34). É somente a partir da observação deste mandamento, amar uns aos outros, é que todos os filhos de Deus irão deixar de discriminar o seu irmão e julgá-lo sem o conhecimento de causa, porque o amor supera tudo.

Deus o abençoe!

Rev. Salvador P. Santana

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