sexta-feira, 30 de abril de 2021

Ec.3.1-15 - A TEMPORALIDADE DA VIDA.

Estudo adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Escola Dominical – Vida abundante – Didaquê – Rev. Anderson Sathler. A TEMPORALIDADE DA VIDA, Ec.3.1-15. Uma das dádivas de Deus para toda humanidade é que “tudo tem o seu tempo determinado [...]”, Ec.3.1. Sendo assim, todos os homens precisam administrar o seu tempo, mas, sabemos que existe uma correria desenfreada para conseguir cumprir com todos os seus compromissos. E, como o tempo para muitos está curto, daí, gera ativismo prejudicial, corre-corre, estresse. Como administrar e utilizar corretamente o tempo que Deus nos dá? Não tenho tempo. É o que dizem quase todos os homens, mas conforme o poeta, “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu [...]”, Ec.3.1. Cada homem na face da terra tem um momento apropriado para cada atividade humana. Como você tem administrado o seu tempo? O texto básico apresenta 14 situações que cobrem várias atividades desta vida. Esses vários aspectos da temporalidade da vida são apresentados em pares, indicando a universalidade do controle de Deus. Essa forma literária de apresentação é comum no Antigo Testamento quando fala “[...] nenhum homem ou mulher [...] desde o menor deles até ao maior [...] o mar e a terra”, Ex.36.6; Jr.6.13; Jn.1.9. O quadro do texto básico oferece uma linguagem em pares, sobre as várias tonalidades da vida humana, onde apresenta “[...] Deus [...] (como) soberano Senhor, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há”, At.4.24: Texto Pares Sentido básico v.2 “[...] nascer [...] morrer [...] plantar [...] arrancar [...]”. Eventos mais importantes da vida humana v.3 “[...] matar [...] curar [...] derribar [...] edificar”. Atividades criativas e destrutivas, ou seja, coisas boas e más. v.4 “[...] chorar [...] rir [...] prantear [...] saltar de alegria”. Situações que envolvem emoções humanas. v.5 “[...] espalhar pedras [...] ajuntar pedras [...] abraçar [...] afastar-se de abraçar”. Trata das amizades e inimizades nesta vida. v.6 “[...] buscar [...] perder [...] guardar [...] deitar fora”. Refere-se às posses humanas. v.7ª “[...] rasgar [...] coser [...]”. Expressa atividades destrutivas e criativas. v.7b,8 “[...] estar calado [...] falar”. “[...] amar [...] aborrecer [...] guerra [...] paz”. Significa falas humanas sentimentais e empreendimentos nacionais. Sendo a vida temporária neste mundo, neste estudo será apresentado o viver humano à luz da soberania de Deus. Tópicos para reflexão. 1 – A temporalidade da vida e sua fragilidade. Como “tudo tem o seu tempo determinado [...] debaixo do céu [...]”, Ec.3.1, então é verdade que “há tempo de nascer e tempo de morrer [...]”, Ec.3.2 que é determinado por Deus, isto acontece pelo simples motivo de “[...] Deus, somente Deus, e mais nenhum deus além dele [...] (pode) matar e [...] fazer viver [...] ferir e [...] sarar; e não há quem possa livrar alguém da sua mão”, Dt.32.39. Essa fragilidade da vida é porque “[...] Deus impôs aos filhos dos homens [...]”, Ec.3.10 o tempo da sua permanência neste mundo. É preciso saber que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo (homem algum morre fora do tempo); também pôs a eternidade no coração do homem (Deus agiu dessa forma “porque os vivos sabem que hão de morrer [...]”, Ec.9.5, então, é por este motivo) [...] que (nenhum homem) [...] pode descobrir as obras que Deus fez (dia exato de nascer ou morrer) desde o princípio até ao fim”, Ec.3.11. O ser humano se considera inútil, frágil e sem possibilidades em todas as coisas, até mesmo de se controlar, isto acontece porque, além do “[...] trabalho imposto (por) Deus [...] aos filhos dos homens, (também, as demais atividades neste mundo é tão somente) para com ele os afligir”, Ec.3.10. Deus é aquele que comanda a vida temporal. A prova da temporalidade da vida do homem é retratada pelo Salmista onde ele declara que o “SENHOR [...] sondas e [...] conhece (o homem) [...] cercas por trás e por diante [...] se (o homem resolve) subir aos céus, lá estás; se faz a sua cama no mais profundo abismo, lá estás também”, Sl.139.1,5,8. De fato, o homem é tão limitado que muitos chegam a “[...] dizer: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros (autossuficiente, independente). (A resposta dAquele que comanda é:) Vocês não sabem o que sucederá amanhã (Deus está no controle). Que é a vossa vida? Somos, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devemos dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, nos jactamos (gloriar) das nossas arrogantes pretensões. Toda jactância (glória) semelhante a essa é maligna”, Tg.4.13-16. David A. Hubbard em seu livro, Muito Além da Futilidade – “O alcance total da vida está além do controle humano, quando se observa que os eventos que o Pregador alinhou eram todos opostos entre si. Nosso labor é basicamente sem lucro, porque Deus planejou de tal maneira, e de tal maneira controla os fatos de nossa vida, que todos os nossos esforços são impotentes para produzir qualquer mudança essencial”. 2 – A temporalidade da vida e o prazer de viver. Salomão “sabe que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada”, Ec.3.12 quando aprende a viver debaixo do poder soberano de Deus. Para o Pregador e, também deve ser para cada cristão, o dever de reconhecer “[...] que também é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”, Ec.3.13, tudo isso “[...] vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?”, Ec.2.24,25. O filósofo Aristóteles dizia que “prazer é o ato de um hábito que é conforme a natureza”, mas o escritor bíblico, Salomão, declara que “[...] Deus (é quem) dá [...] prazer ao homem (de viver neste mundo) [...]”, Ec.2.26. É por este motivo que o filho do rei Davi declara que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo [...]”, Ec.3.11 a fim de que, o servo de Deus reconheça que todos os homens são temporários neste mundo, então é dever de cada um buscar prazer na vida, pois “[...] é dom de Deus [...]”, Ec.3.13. Ora, como Deus nos oferece o presente de ter o prazer neste mundo, o “[...] jovem [...] (precisa aprender a) recrear o seu coração nos dias da sua mocidade; andar pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos; (mas deve) saber [...] que de todas estas coisas Deus [...] pedirá contas”, Ec.11.9. Existem muitos que apenas vivem neste mundo sem ter alegria completa. São pessoas que não tem prazer de viver, vivem inquietas e sem direção. Esses homens inquietos e sem prazer na vida perguntam incessantemente: “Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga?”, Ec.3.9. O prazer de viver não depende das circunstâncias deste mundo, depende daquilo que está dentro do coração, pois “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”, Mt.6.22,23. 3 – A temporalidade da vida e a sua segurança. No verso 14 Salomão se volta para a segurança da vida. Essa “segurança (precisa ser buscada constantemente no) [...] SENHOR [...] (que é soberano e pode) responder no dia da tribulação [...]”, Sl.20.1. Alguns aspectos da ação soberana de Deus, a qual proporciona segurança: 1 – Segurança permanente. Precisamos gravar na mente e coração que o “[...] SENHOR [...] (é o) Deus Eterno”, Gn.21.33, então, fica mais claro reconhecer e “saber que tudo quanto Deus faz durará eternamente [...]”, Ec.3.14. A ideia principal é que não há possibilidade de fracasso quando se vive sob o comando divino. O salmista declara que “o SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma”, Sl.121.5,7. Sendo o Senhor o nosso guarda, temos a certeza que “[...] o seu favor dura a vida inteira [...]”, Sl.30.5. A prova dessa segurança constante é quando “o SENHOR ia adiante (do seu povo no deserto) [...] durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite”, Ex.13.21.22. 2 – Segurança completa. Todos os homens, especial, aquele “[...] que confia no SENHOR está seguro”, Pv.29.25. Tudo quanto Deus faz é perfeito e completo, por isso, “[...] nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar [...]”, Ec.3.14. Nenhuma obra de Deus precisa ser abandonada ou desprezada porque “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo [...]”, Ec.3.11. 3 – Segurança insuperável (invencível). Deus continua pergunta para todos os homens: “Quem pode numerar com sabedoria as nuvens? Ou os odres (chuva) dos céus, quem os pode despejar (?)”, Jó 38.37. Deus é invencível em todas as coisas. Ninguém pode ser maior do que Ele. Nada fica fora do alcance, controle e conhecimento de Deus. “[...] Deus faz tudo [...] isto para que os homens temam (reverenciar, honrar, respeitar) diante dele”, Ec.3.14. Como Deus é total segurança, podemos “[...] estar bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.8.38,39. Conclusão: Como “tudo tem o seu tempo determinado [...]”, Ec.3.1 neste mundo para todos os homens, então, só nos resta “[...] que é dom (presente) de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”, Ec.3.13. Então, “o que é já foi (o trato com todos os homens de lhe oferecer a comida e bebida), e o que há de ser também já foi (o bem concedido a todos nós, haverá de ser igual para os que vierem depois); Deus fará renovar-se o que se passou (tal como Salomão já havia escrito: “o que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol”, Ec.1.9)”, Ec.3.15. Discussão: É possível gozar a vida sem pecar contra Deus? É possível os fatores externos oferecer alegria completa para o homem? Para o salmista, o que proporciona alegria completa é “[...] a graça (do) Senhor (que) é melhor do que a vida [...]”, Sl.63.3. Você sabe aproveitar a vida? Rev. Salvador P. Santana

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