terça-feira, 6 de abril de 2021

1Co.11.23-29 - A SANTA CEIA.

A SANTA CEIA, 1Co.11.23-29. Jesus instituiu dois sacramentos: o batismo e a ceia do Senhor. Sacramento é uma ordem de Cristo aplicada aos crentes que expressam sua fé e obediência. Batismo é a porta de entrada na Igreja. A ceia fortalece espiritualmente e mantém a Igreja unida. Os crentes comungam recebendo o emblema do corpo de Cristo partido e o símbolo do seu sangue derramado. Significa que devemos pensar na fonte que é Cristo de onde vem a nossa salvação. O batismo é sucessor da circuncisão, porém a ceia é a sucessão da Páscoa. 1 – Páscoa. “[...] O SENHOR disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; (o desejo de Deus era) fazer de Abrão uma grande nação [...] (para) o abençoar, e [...] engrandecer o (seu) nome. Sê tu uma bênção! (Por causa da ação de Deus, seriam) abençoados os que te abençoarem e amaldiçoados os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”, Gn.12.1,3. “[...] Israel (Jacó) habitou na terra do Egito [...] nela tomaram possessão, e foram fecundos, e muito se multiplicaram” Gn.46.27 “[...] e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles”; Ex.1.7. Deus ordenou que Moisés retirasse os israelitas do Egito – Faraó se opôs devido a mão de obra barata. Deus enviou dez pragas, a última aconteceu “[...] cerca da meia-noite (quando o anjo do SENHOR) passou pelo meio do Egito. E todo primogênito na terra do Egito morreu, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que está junto à mó (pedra círculo moinho), e todo primogênito dos animais. (Daí) houve grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve [...] porém contra nenhum dos filhos de Israel, desde os homens até aos animais, nem ainda um cão rosnará, para que saibais que o SENHOR fez distinção entre os egípcios e os israelitas”, Ex.11.4-7. Os israelitas deviam sacrificar um cordeiro sem defeito. O sangue marcou as ombreiras (batente vertical) e a verga (batente horizontal) da porta da casa. Deus cumpriu com o que havia prometido e, “[...] à meia-noite, feriu o SENHOR todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na enxovia (prisão escura), e todos os primogênitos dos animais. Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto”, Ex.12.29,30. Deus deu o nome a esse “[...] sacrifício (de) [...] Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as casas (dos) Israelitas [...]”, Ex.12.27. Deus ordenou que todos os anos os israelitas deveriam “[...] celebrar a Páscoa do SENHOR [...] porque [...] o SENHOR [...] (os) tirou do Egito [...]”, Dt.16.1. Páscoa significa o acontecimento histórico e sua posterior comemoração repetida. O cordeiro sacrificado era um tipo de Jesus Cristo, “[...] pois (assim como o sangue do cordeiro livrou os primogênitos dos israelitas da morte) também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”, 1Co.5.7 para nos livrar da morte eterna, da condenação ao inferno. 2 – A instituição da Santa Ceia. Nos dias de Jesus a páscoa era comemorada com o sacrifício do cordeiro, com os pães asmos (sem fermento) e mais quatro elementos: a) Uma taça de água salgada, para relembrar as lágrimas derramadas no Egito e as águas salgadas do mar Vermelho, que foi atravessado a pé enxuto; b) Várias ervas amargas, para recordar a amargura da escravidão e o hissopo (arbusto medicinal) usado para borrifar o sangue do cordeiro nas ombreiras (batente vertical) e na verga (batente horizontal) da porta quando Deus mandou a praga da morte dos primogênitos; c) Uma massa feita de maça, romã, tâmara e nozes, chamada carosheth, para recordar o barro que usavam no Egito; pedaços de casca de canela eram colocados na sopa para lembrar a palha usada para secar e queimar os tijolos; d) Quatro copos de vinho, para recordar as quatro promessas de “[...] (1) tirar (o povo de) Israel de debaixo das cargas do Egito [...] (2) livrar da [...] servidão [...] (3) resgatar com braço estendido [...] (e 4) tomar por seu povo e ser (o seu) [...] Deus [...]”, Ex.6.6,7; e) Durante a celebração cantavam os Salmos 113 a 118 e para encerrar, o Salmo 136. Os “[...] pais (de Jesus) iam anualmente a Jerusalém, para a Festa da Páscoa. Quando Jesus atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa”, Lc.2.41,42. Numa quinta-feira, possivelmente no dia 6 de abril do ano 30, Jesus celebrou a páscoa pela última vez e instituiu a Santa Ceia, “[...] tomando [...] um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos”, Mt.26.26,27. A páscoa apontava para o passado comemorando a saída do povo do Egito, e para o futuro, a prefiguração do sacrifício do Messias. O cordeiro pascal apontava para Jesus e ele seria oferecido como “[...] o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”, Jo.1.29. Foi estabelecida uma nova aliança entre Deus e seu povo quando Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome [...] (logo) os que (são) da fé é que são filhos de Abraão”, Jo.1.11,12; Gl.3.7. A ceia comemora e proclama o sacrifício único, perfeito e completo que Cristo fez para a nossa redenção. A ceia é a representação simbólica da morte de Cristo, pois o “[...] corpo (dEle foi) [...] dado por nós [...] (o) sangue (de Jesus foi derramado em nosso lugar. Portanto) [...] todas as vezes que comemos [...] (o) pão e bebemos o cálice (da Santa Ceia), anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.24-26. A ceia é um símbolo da nossa participação no sacrifício e na vitória de Cristo, Jo.6.53. A ceia é um símbolo da união espiritual de todos os crentes, 1Co.10.17; 12.13. A ceia é um meio de graça, isto é, meio que Deus usa para nos alimentar espiritualmente, promovendo crescimento espiritual. 3 – A presença de Jesus nos elementos da ceia. As palavras de Jesus: “[...] isto é o meu corpo (e) [...] isto é o meu sangue [...]”, 1Co.11.24; Mt.26.28 tem quatro interpretações. a) A ICAR – mediante a consagração dos elementos pelo sacerdote, a substância do pão se transforma em corpo de Cristo, e a substância do vinho se transforma em sangue de Jesus – transubstanciação. b) Luteranos – pão continua sendo pão e vinho continua sendo vinho, mas junto com as substâncias do pão e do vinho estão, no ato da celebração, as substâncias da carne e do sangue de Jesus – consubstanciação. c) Zwínglio – a ceia é um memorial do que Cristo fez pelos pecadores e um ato de reafirmação de fé do participante – memorial – batistas e pentecostais. d) Calvino – Jesus está presente espiritualmente no pão e no vinho. Esta presença é tão real como o pão e o vinho. Ao participar, o crente participa espiritualmente do corpo e do sangue de Jesus – presença espiritual. Como pão e o vinho alimentam o corpo, a presença espiritual de Jesus nos elementos da ceia alimenta espiritualmente o participante. Conclusão: A ceia é um meio de graça – Deus nutre e fortalece espiritualmente – devemos participar regularmente. O israelita que deixasse de participar da páscoa, sem justificativa, era eliminado, Nm.9.13. Todo “[...] aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”, 1Co.11.27. É preciso “examinar-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, comer do pão, e beber do cálice”, 1Co.11.28. Quando alguém negligencia, está negando o Senhor Jesus; está dizendo “sim” ao pecado e “não” a Cristo, “pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si”, 1Co.11.29. O batismo e a ceia são sinais e selos do pacto da graça. O batismo e a ceia são instrumentos que Deus usa para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e os de fora. Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Curso para catecúmenos – Rev. Adão Carlos Nascimento.

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