sexta-feira, 9 de abril de 2021

Sl.77 - Desabafo

DESABAFO Sl.77 Introd.: Desabafo não é pecado. Desabafo é a arte de derramar a alma perante o Senhor, retirando de dentro e colocando para fora toda e qualquer mágoa, ressentimento, tristeza, queixume, inquietação, ansiedade, medo, indignação desmedida, revolta. Não é de estranhar a quantidade e a qualidade de coisas retiradas do coração em desabafo. Quem desabafa, coloca para fora tudo o que está dentro, no coração. É possível que você diga coisas absurdas. Nar.: Este salmo relata o desabafo por uma suposta ausência da compaixão divina. Propos.: Deus não se ofende quando ouve o desabafo e nem pune quem se apresenta diante dele para chorar e queixar-se de sua situação, logo, preciso desabafar. Trans.: Desabafando [...] 1 – Surge a dúvida, Sl.77.1, “Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda”. No desespero do salmista ele desabafa: “Elevo a Deus a minha voz e clamo [...] para que me atenda”, Sl.77.1. O poeta crê que a providência de Deus o abandonou, que “[...] mudou-se a destra (mão direita) do Altíssimo”, Sl.77.10 deixou de abençoar. No seu desespero, “No dia da sua angústia (aflição, agonia, ansiedade) durante a noite (quando ninguém o pode atender. O salmista desabafa) procurando o Senhor (como num gesto de oração em direção ao céu ele) ergue as suas mãos e não se cansam (ideia de que ficou a noite toda pedindo ajuda; eis o motivo de) a sua alma recusar (o) consolo”, Sl.77.2. A dúvida aparece porque o próprio Deus “Não o deixa pregar os olhos [...] (eis o motivo de ele ficar) tão perturbado [...] que nem pode falar”, Sl.77.4. Tudo indica que a dúvida começou quando ele se “Lembra de Deus e (nesse momento ele) passa a gemer; medita, (mas) [...] desfalece (enfraquece) o (seu) espírito”, Sl.77.3. O salmista fica confuso porque parece que “o Senhor rejeitou (esqueceu) para sempre (a sua pessoa) [...] (a ideia que tem é que Deus) [...] não (vai) tornar a ser propício (se alegrar com a sua vida) [...]”, Sl.77.7. Vem à sua mente que de uma vez por todas “Cessou perpetuamente a graça (do) Senhor [...] (ele desconfia que) Caducou a promessa (de) Deus para todas as gerações [...]”, Sl.77.8. A desconfiança é que Deus “Esqueceu [...] de ser benigno [...] Ou, na sua ira [...] (o todo poderoso) reprimiu as suas misericórdias [...]”, Sl.77.9. Em a essa dúvida [...] 2 – Existe recordação, Sl.77.5, “Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos”. Ao “Pensar nos dias de outrora [...]”, quais são os benefícios do Senhor em sua vida? Sl.77.5. Assim como o salmista, devemos “[...] trazer à lembrança os anos de passados tempos”, Sl.77.5 – as bênçãos recebidas. Ao chegar em casa, “De noite (,) indaga (para trazer à mente) o seu íntimo, e (no [...] seu espírito perscruta”, Sl.77.6, investiga sobre as maravilhas de Deus. É a partir da recordação que você pode chegar a conclusão; sim, fala com você mesmo, conversa sozinho: “Então, disse eu: isto (está acontecendo devido) a minha aflição (fraqueza) [...]”, Sl.77.10. Não posso continuar na fraqueza, preciso “Recordar os feitos do SENHOR [...]”, Sl.77.11. O que Deus tem feito a seu favor? Conta. Emprego para o Watson [...] “Recordo os feitos [...] (preciso) lembrar das tuas maravilhas da antiguidade”, Sl.77.11 – estudos, casa, comida, veste, reconciliação entre casal [...] O salmista e nós não recordamos mais de modo descontente, impaciente e invejoso os “[...] dias de outrora [...] os anos de passados tempos”, Sl.77.5 julgando que Deus havia esquecido de nós. Ele trouxe de volta a sua própria reação de confiança, para o presente e para o futuro, “Recordo os feitos [...] as tuas maravilhas [...]”, Sl.77.11. A dificuldade do presente nos faz voltar ao passado buscando um sentido novo, “Considero (meditar) também nas tuas obras todas e cogito (estudo) dos teus prodígios”, Sl.77.12, milagre, maravilha. Ele chega a dizer que para percorrer “O [...] caminho (de) Deus [...] (deve ser em) santidade (e, por causa da santificação o autor pergunta:) Que deus é tão grande como o nosso Deus?”, Sl.77.13. Ao recordar vem à sua mente a salvação dos irmãos do passado, que foi apenas “Com o braço Deus (que) o teu povo (foi) remido (resgatado) [...]”, Sl.77.15. Desabafo [...] Conclusão: Exaltando a grandeza de Deus. A mente do escritor se abre para adorar a Deus dizendo: “Tu és o Deus que operas maravilhas (ato realizado pela intervenção divina) e, entre os povos, tens feito notório o teu poder”, Sl.77.14. Quando desabafamos diante de Deus, ao término é preciso olhar para os atos poderosos do criador e exaltar o seu nome dizendo que somente Ele tem autoridade sobre toda a natureza, “as águas viram [...] (a) Deus [...] (e essas mesmas) águas (Mar Vermelho) [...] temem, até os abismos (profundezas) se abalaram”, Sl.77.16 Também as “Grossas nuvens se desfazem em água [...] (os) trovões ecoam (soa repetidamente) nos espaços [...] as suas setas (granizo) cruzam de uma parte para outra [...] os relâmpagos alumiam o mundo (e) a terra se abala e treme”, Sl.77.17,18. E o “[...] mar (?) foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios”, Sl.77.19. E para encerrar o salmista declara que “O povo (de) Deus [...] (é) conduzido, como rebanho, (assim como) pelas mãos de Moisés e de Arão”, Sl.77.20. Rev. Salvador P. Santana

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