quinta-feira, 20 de julho de 2017

SEDE FIRMES.

SEDE FIRMES

            “[...] O bambu, depois de plantada a sua semente, não se vê nada, absolutamente nada, por quatro anos, exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo [...] durante todo esse tempo o seu crescimento é subterrâneo. A sua raiz se estende vertical e horizontal pela terra. Mas no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros” – https://www.pensador.com/bambu/.

            Ainda é possível encontrar muitos homens iguais ao bambu – o seu crescimento é lento, mas com o tempo mostra-se profundo.

            O servo de Deus nunca pode desistir daquilo que o faz crescer espiritualmente – Bíblia, oração, igreja e o próprio Cristo Jesus.

            É preciso que cada um seja “[...] sempre abundante na obra do Senhor [...]” (1Co 15.58). Mas para que isto ocorra, Paulo aconselha que todos tenham o dever de “[...] serem firmes [...]” (1Co 15.58) nos limites da vida.

            O limite da vida fala do tempo presente, passageiro que não volta mais, do “[...] pó (que) volta à terra, como o era, (e não se refaz) e o espírito (que) volta a Deus, que o deu” (Ec 12.7).

            Para o apóstolo Paulo, quem acredita no Cristo ressuscitado pode cantar o triunfo da vida para progredir. Daí ele pode dizer: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

            É preciso saber que Jesus não caminhou por uma estrada fácil e nem prometeu um caminho fácil para os seus discípulos. O grande desejo de Deus é perceber a firmeza de seus filhos na fé.

            Por este motivo, o reforço do apóstolo é que o “[...] amado irmão seja firme, inabalável (persiste) [...]” (1Co 15.58), apesar das lutas, dificuldades, perseguições, fome, nudez que muitos tem enfrentado neste mundo.

            Paulo olha para o presente com uma perspectiva de vida eterna com Cristo, jamais como um término horrendo aqui e agora. Ele não se importa com o tempo de vida que lhe resta. O seu pensamento é simplesmente nas riquezas que possuía em Cristo - enxergava a glória eterna. No limite da vida é dever permanecer na fé.

            Não basta apenas olhar para este mundo passageiro; a firmeza deve se prolongar para além dos limites da vida. Além dos limites da vida é passar a depender muito mais de Cristo. É não ser movido, não ser abalado, não ser deslocado da crença da ressurreição de Cristo e na esperança da ressurreição deste corpo cansado.

            Olhar para além é o grande dever de trabalhar, labutar, esforçar-se. Não existe fé sem vida em progresso, em testemunho, em prática constante. Cada um deve ter a esperança definida quanto ao futuro, ter incentivo para o serviço presente, não para ser compensado no futuro, mas para ser “[...] uma bênção” (Gn 12.2) neste mundo.

            O conselho de Jesus é que os seus discípulos “trabalhem, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem nos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (Jo 6.27).

            Quando você vive além dos limites da vida é preciso saber que “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16) em seu favor.

            Assim como o bambu, o escolhido por Deus precisa criar raízes “[...] firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).

            Ainda que você passe por angústias, provações, apertos, enfermidades ou coisas desse tipo, não importa se no limite da vida ou além do limite, a sua segurança é a ressurreição de Cristo Jesus, logo, é a sua garantia.
            Rev. Salvador P. Santana

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