domingo, 3 de abril de 2016

NÃO É FÁCIL FUGIR.

NÃO É FÁCIL FUGIR
            O tempo é longo demais e exige-se muito mais do próprio dependente do que de terceiros. É um grande engano pensar que é fácil sair, abandonar, deixar de uma vez por todas os vícios. É possível que muitos que pensam desse modo, não tenham passado por este mesmo caminho trágico ou desconheçam completamente o poder destruidor dos vários tipos de pecados na vida do ser humano.
            É interessante quando um transeunte escuta dos lábios de alguém que este ou aquele fulano não consegue sair da podridão da vida que leva, porque ele não deseja, ele não se esforça ou porque é sem brio, sem interesse pela vida. Seja sincero em seu coração e responda rápido: Você não tem nenhum tipo de vício? Você está isento de qualquer tipo de corrupção do corpo ou da mente? Toda cautela é pouca.
            O evangelista João acertou em cheio quando disse que o homem “não (pode) julgar segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (Jo 7.24) e esse “[...] julgar [...] (na) reta justiça” (Jo 7.24) somente um pode, aquele que tem “[...] autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem” (Jo 5.27).
            Os mais variados tipos de drogas como cigarro, maconha, bebida alcoólica e as mais escabrosas perversões morais como a prostituição, a pedofilia, a pornografia, a infidelidade, a mentira, o desejo maligno e possivelmente, tantas outras pedregosas, pegajosas como que uma úlcera cancerígena na vida do moribundo; são difíceis de serem deixadas tanto quanto os mais simples erros.
            Não é à toa que o escritor de Hebreus alerta a todos para o desejo de se “[...] desembaraçar de todo peso e do pecado que tenazmente (o) [...] assedia (persegue, agarra, rodeia), corra, com perseverança, a carreira que te está proposta” (Hb 12.1).
            Agora é preciso ficar sabendo que aquilo que foi fácil para você deixar de praticar, pode ser difícil para o outro, mesmo porque, a prática do mal difere, dependendo de cada indivíduo. Por exemplo: Um cidadão gosta, pratica e defende com unhas e dentes algum pecado corriqueiro, tal como a mentira. Para ele não importa se a mentira é pequena ou grande, o que tem valor na vida desse sujeito é que ele deve sempre sair vitorioso.
            Pense bem! Para esse cicrano sair dessa enrascada vai demorar muito mais. Primeiro é preciso que ele reconheça de que, o que ele está fazendo é prejudicial tanto a si mesmo quanto ao seu próximo. Depois ele tem que se esforçar para deixar tal prática, daí, o caminho é doloroso e longo.
            No seu caso, como você já tem uma predisposição para não aceitar a mentira e nem apoiá-la; então, nesse tipo de erro você pode até cair, mas será em menor proporção que o outro. Talvez com pouco esforço a sua caminhada seja menos dolorida nesse aspecto da mentira para poder abandoná-la.
            Imagine você a lista de coisas ruins em que o homem tem a predisposição para se enveredar. É sem conta o número de males que cada um carrega em seu coração. Exatamente, isto acontece “porque (é) de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” (Mc 7.21, 22).
            Eis o motivo de o homem não ter condições de mudar as atitudes do próprio homem, visto que “[...] todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem” (Mc 7.23). É possível que clínicas, medicações ou outras coisas quaisquer venham a contribuir para que o homem decaído venha a deixar seus erros, suas maldades, mas é preciso entender e aceitar que “[...] se o SENHOR te não acode, donde te acudirá [...]” (2Rs 6.27) as instituições, as pessoas?
            Eis o motivo da vontade própria se aliar “às misericórdias do SENHOR (porque elas) são a causa de (você) não ser consumido, porque as suas misericórdias (do SENHOR) não têm fim” (Lm 3.22).
            Fique atento a recomendação de Paulo! “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim” (Rm 7.19, 20).
            Sendo assim, fuja o mais rápido possível do pecado porque, uma vez entregue ao vício é difícil deixá-lo, e em todo caso é preciso tentar deixá-lo o mais rápido possível.
Rev. Salvador P. Santana 

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