sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

AUXILIADORA

AUXILIADORA
            Observe bem que no inicio de tudo, quando Deus terminou de criar a terra, as águas, as relvas (erva rasteira), as árvores, o sol, a lua, os animais marinhos, os terrestres, os animais selváticos e os domésticos, o Senhor, criador e sustentador de todas as coisas determinou que Moisés escrevesse no final de cada frase o seguinte: “[...] E viu Deus que isso era bom” (Gn 1.25). Isto quer dizer que Deus se satisfez com toda a sua criação de tão bela e perfeita que era.
            Mas no sexto dia, dia em que terminara toda a sua obra, após a criação do homem e da mulher, a linguagem muda. No texto o adjetivo “bom” recebe o advérbio de intensidade “muito” para enaltecer a beleza do ser humano ao dizer: “[...] e eis que era muito bom [...]” (Gn 1.31).
            Aqui Deus supervaloriza o homem e a sua ajudadora. É bom frisar que Deus não apresenta somente a beleza do homem, mas também mostra que ele fora criado com o objetivo de ser inferior e superior ao mesmo tempo. O escritor de Hebreus diz que Deus “fez o homem, por um pouco, menor que os anjos [...]” (Hb 2.7).
            Essa inferioridade não quer dizer submissão, pelo contrário, fala sobre a hierarquia, a posição de cada um na criação de Deus. E neste mesmo texto é falado que esse mesmo “[...] homem [...] (foi) coroado de glória e de honra [e o constituíste sobre as obras das [...] mãos (de) Deus]” (Hb 2.7).
            A superioridade do homem sobre toda a criação ficou garantida no sexto dia da criação quando Moisés escreveu: “E Deus os abençoou e lhes disse: [...] sujeitai a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28).
            Que não fique nenhuma sombra de dúvida. Ao escrever a palavra homem, ora a Bíblia fala do sexo masculino, exclusivamente; ora apresenta o termo generalizado, ou seja, fala sobre o homem e a mulher.
            Toda essa beleza criada ficaria sem sentido se não houvesse a presença feminina na vida do homem. É tão verdade que “disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18).
            O criador de todo o universo, o Senhor Deus, sabedor que o homem não suportaria ficar sozinho, providenciou-lhe uma auxiliadora (ajudadora) a fim de que os dois pudessem andar juntos, resolvendo as dificuldades de comum acordo. E não somente um tomando as decisões e o outro apenas contemplando, por isso a palavra auxiliadora ou ajudadora.
            Essa ajuda deve ser em todos os momentos da vida, seja na alegria ou na dor, na angústia ou na calma, na bonança ou na tormenta. Não importa, a mulher é a ajudadora do homem.
            Ao perceber essa parceria abençoada por Deus, vem à mente o grande valor que Deus concedeu à mulher; e tanto faz estando ela só ou acompanhada do pai, do namorado, do marido, ou do irmão; de qualquer maneira ou em qualquer estado, a mulher será sempre valorizada diante de Deus.
            É tão verdadeiro que Salomão a enalteceu dizendo: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31.10). Apesar das joias terem um grande valor para os homens, para Deus é diferente: a mulher vale mais, ou seja, “[...] o seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31.10). Tanto é assim que outra vez Salomão declara que o homem “[...] que acha uma esposa acha o bem (felicidade) e alcança a benevolência (bênção) do SENHOR” (Pv 18.22).
            Seria necessário muito mais espaço para elogiar a formosura da mulher, mas de tudo quanto Deus já disse a respeito dela não existe argumento contrário que possa desprestigiá-la; pelo contrário, o que vale é saber que ela, além de ser “[...] uma auxiliadora (é também) idônea (capaz)” (Gn 2.18). Sabes o por quê? Porque assim “disse [...] o SENHOR Deus” (Gn 2.18).
            Mulher Presbiteriana, seja uma verdadeira auxiliadora e capaz para aquilo que Deus te designou!


Rev. Salvador P. Santana

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