sábado, 21 de fevereiro de 2015

AMANHECER DE MANEIRA DIFERENTE

AMANHECER DE MANEIRA DIFERENTE
              No decorrer desta semana, salvo alguns dias, o dia todo ficou nublado. Muitos moradores, no dia do feriado, quase não arriscaram sair às ruas. É certo que muitos devem ter se retirado para outros municípios a fim de descansar da fadiga do dia, relaxar o corpo à beira de um rio com o intuito de pescar, fazer um passeio turístico ou visitar parentes que há muito não viam.
            Após esse feriado, a natureza tão bela que Deus criou anunciou que “[...] o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor” (Sl 19.4-6). Sim, com esses ares, cores vibrantes e brilhantes têm amanhecido outros dias.
            Parece que a vida voltou ao normal, mesmo porque, o feriado foi um pouco mais pacato, sossegado e porque não dizer, sombrio, sem atividade constante. No dia subsequente os homens se locomovem de um lado para o outro, uns indo para o seu trabalho, outros para a sua escola, alguns a jogar conversa fora, conforme o ditado, enfim, a vida ocupada tem muito mais vigor.
            Assim como esses dias foram bem diferenciados uns dos outros, um quieto demais, outro bastante agitado, assim também é a vida espiritual daquele que crê no único Filho de Deus, Jesus Cristo. É evidente que haverá dias em que você irá se levantar de sua cama e verá que tudo ao seu redor está nebuloso, sem gosto, até mesmo a ponto de uma irritabilidade incontrolável.
            Outro dia levantar-se-á sorrindo para as paredes, até parece que nos dias anteriores não lhe acontecera nada de anormal. Estranho! Não se preocupe. Isso pode não ser normal, mas acontece com todos. Mas lembre-se, quando todos os dias ficarem nublados em sua vida espiritual, procure imediatamente o seu médico particular e se persistir o erro, procure o médico da alma, Cristo Jesus, pois o convite que Ele faz é extensivo e insistente: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
            Não se engane, como o dia ensolarado é totalmente controlado e determinado por Deus, de igual modo o Senhor, Soberano sobre todas as coisas é quem “[...] cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva” (Sl 147.8). Sendo assim é impossível qualquer dia por si só acordar de manhã e dizer: hoje estarei ensopado, encharcado ou de olhos vivos, acesos e bem escaldantes, pelo contrário, quando “[...] o SENHOR dos Exércitos o determinar (que haja chuva ou sol); quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Is 14.27).
            Fique bem atento a isto! Deus determina como a natureza deve ser a cada dia, mas com respeito ao homem, longe de pensar que é Deus quem determina se ele vai amanhecer alegre ou emburrado, amargurado ou risonho, bruto ou manso, quieto ou agitado. Deus na sua muita misericórdia permite que todos, sem exceção, se “alegre [...] na sua juventude, e recreie-se o seu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos (mas lembre-se muito bem dessa última parte do versículo) sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec 11.9).
            A cada dia você pode amanhecer de maneiras diferentes. Pode ter acontecido na noite anterior de alguém ter lhe machucado, enfrentado fisicamente ou até mesmo intentado contra a sua vida, daí, você terá duas opções: acordar de bom ou de mau humor; a escolha é sua.
            Mas como cristão, servo de Deus, nascido de novo, você tem como obrigação buscar o melhor para a sua vida diária física e espiritual, pois conforme Paulo, o fruto do Espírito Santo deve ser colhido todos os dias tais como: “[...] amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade (misericórdia), bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22,23). Dê uma última olhada na parte final do verso vinte e três: “[...] mansidão, domínio próprio [...]” (Gl 5.23). 
            É preciso dizer mais alguma coisa?
Rev. Salvador P. Santana


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