AMANHECER DE MANEIRA
DIFERENTE
No decorrer desta semana, salvo
alguns dias, o dia todo ficou nublado. Muitos moradores, no dia do feriado,
quase não arriscaram sair às ruas. É certo que muitos devem ter se retirado
para outros municípios a fim de descansar da fadiga do dia, relaxar o corpo à
beira de um rio com o intuito de pescar, fazer um passeio turístico ou visitar
parentes que há muito não viam.
Após esse feriado, a natureza tão
bela que Deus criou anunciou que “[...] o sol, o qual, como noivo que sai dos
seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia
numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao
seu calor” (Sl 19.4-6). Sim, com esses ares, cores vibrantes e brilhantes têm
amanhecido outros dias.
Parece que a vida voltou ao normal,
mesmo porque, o feriado foi um pouco mais pacato, sossegado e porque não dizer,
sombrio, sem atividade constante. No dia subsequente os homens se locomovem de
um lado para o outro, uns indo para o seu trabalho, outros para a sua escola,
alguns a jogar conversa fora, conforme o ditado, enfim, a vida ocupada tem
muito mais vigor.
Assim como esses dias foram bem
diferenciados uns dos outros, um quieto demais, outro bastante agitado, assim
também é a vida espiritual daquele que crê no único Filho de Deus, Jesus
Cristo. É evidente que haverá dias em que você irá se levantar de sua cama e
verá que tudo ao seu redor está nebuloso, sem gosto, até mesmo a ponto de uma
irritabilidade incontrolável.
Outro dia levantar-se-á sorrindo
para as paredes, até parece que nos dias anteriores não lhe acontecera nada de
anormal. Estranho! Não se preocupe. Isso pode não ser normal, mas acontece com
todos. Mas lembre-se, quando todos os dias ficarem nublados em sua vida
espiritual, procure imediatamente o seu médico particular e se persistir o
erro, procure o médico da alma, Cristo Jesus, pois o convite que Ele faz é
extensivo e insistente: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Não se engane, como o dia ensolarado é totalmente
controlado e determinado por Deus, de igual modo o Senhor, Soberano sobre todas
as coisas é quem “[...] cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra,
faz brotar nos montes a erva” (Sl 147.8). Sendo assim é impossível qualquer dia
por si só acordar de manhã e dizer: hoje estarei ensopado, encharcado ou de
olhos vivos, acesos e bem escaldantes, pelo contrário, quando “[...] o SENHOR
dos Exércitos o determinar (que haja chuva ou sol); quem, pois, o invalidará? A
sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Is 14.27).
Fique bem atento a isto! Deus determina como a
natureza deve ser a cada dia, mas com respeito ao homem, longe de pensar que é
Deus quem determina se ele vai amanhecer alegre ou emburrado, amargurado ou
risonho, bruto ou manso, quieto ou agitado. Deus na sua muita misericórdia
permite que todos, sem exceção, se “alegre [...] na sua juventude, e recreie-se
o seu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao
seu coração e agradam aos seus olhos (mas lembre-se muito bem dessa última
parte do versículo) sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá
contas” (Ec 11.9).
A cada dia você pode amanhecer de
maneiras diferentes. Pode ter acontecido na noite anterior de alguém ter lhe
machucado, enfrentado fisicamente ou até mesmo intentado contra a sua vida,
daí, você terá duas opções: acordar de bom ou de mau humor; a escolha é sua.
Mas como cristão, servo de Deus, nascido de novo, você
tem como obrigação buscar o melhor para a sua vida diária física e espiritual,
pois conforme Paulo, o fruto do Espírito Santo deve ser colhido todos os dias
tais como: “[...] amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade
(misericórdia), bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei” (Gl 5.22,23). Dê uma última olhada na parte final do verso
vinte e três: “[...] mansidão, domínio próprio [...]” (Gl 5.23).
É preciso dizer mais alguma coisa?
Rev. Salvador P. Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário