quinta-feira, 29 de abril de 2010

FAMÍLIA

FAMÍLIA


“Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo - cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90. Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, "a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível" nas cidades do país. Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local” – Estudo do BID relaciona novelas a divórcios no Brasil – www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009. Segundo o IBGE, a cada quatro casamento realizado no Brasil, um é desfeito.

Cada dia que passa é mais raro encontrar aquela família tradicional: pai, mãe, filho, avós, bisavós naturais. Já não se participa mais de festas de bodas de papel, algodão, couro, flores, madeira, açúcar, latão, barro, cerâmica, estanho e muito menos de cristal - 15 anos, porcelana - 20 anos e prata - 25 anos. Hoje é muito comum outro (a) assumir o lugar que outrora pertencera ao pai/mãe biológico. É muito fácil se deparar com filhos sendo criados pelos que outrora eram cunhados (as), amigos, e que agora são casados com os próprios cunhados (as), amigos. Um desconhecido que a criança não sabe se o chama de tio ou de colega, ou esposo da mãe, mulher do pai, mas percebe com muita facilidade que este que, entrou no lugar do progenitor insiste para que a criança o chame de pai (mãe). Vivendo de forma desordenada, filhos crescem desordenados. Lançando mão de casamentos desfeitos e refeitos, mas com outros, conduz filhos a serem imitadores do próprio erro dos pais.

Nada de pensar que a separação é devido a incompatibilidade, a briga entre casais/casais e filhos, a bebedice, a traição conjugal, a interferência da família. Nada disso pode ser motivo para entrar na história como o grande vilão para terminar nos tribunais, os outrora pombinhos apaixonados, e que, agora são verdadeiros destruidores um do outro. O maior problema está na “[...] dureza do [...] coração (do homem que deseja) [...] repudiar [...] (a) sua mulher/marido [...]”,Mt.19.8 por qualquer problema. Jesus acrescenta que é “[...] de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”, Mc.7.21,22, e neste caso, também a separação.

A família precisa ser mais valorizada através do relacionamento dos pais. É necessário que tanto um, como o outro comece a tecer histórias de amor, de dedicação, de companheirismo, de amizade e de lutas por viverem juntos. Ainda que aconteçam coisas horríveis entre aqueles que outrora fizeram juras de amor, ainda é possível conceder ou aceitar o “[...] perdão, para que [...] (o) Pai celestial [...] perdoe as suas ofensas”, Mc.11.25.

Busque um lar abençoado para a sua família e caia fora das estatísticas do IBGE!

Rev. Salvador P. Santana

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