quarta-feira, 13 de novembro de 2019

ILHA DA FANTASIA.


ILHA DA FANTASIA
            Ao pensar na Ilha da Fantasia vem à mente aquela ideia de uma ilha paradisíaca e deserta onde nenhum pé tenha pisado suas praias. A ideia é que nessa ilha da fantasia as plantações estão intactas, os pássaros têm livre acesso às frutas da época, e “[...] nenhum deles está em esquecimento diante de Deus” (Lc 12.6). Essa ilha pode ser tal como o jardim que “do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento [...]” (Gn 2.9).
            Uma outra ilha da fantasia não é tão paradisíaca como as muitas criadas por Deus, pois somente Ele pode “[...] formar os montes, e criar o vento, e declarar ao homem qual é o seu pensamento; e faz da manhã trevas e pisa os altos da terra; SENHOR, Deus dos Exércitos, é o seu nome” (Am 4.13).
            Assim como Deus em Cristo Jesus “[...] que criou todas as coisas” (Ef 3.9), Ele também é o criador dessa ilha da fantasia. A ilha da fantasia pode causar muita destruição, mas se formos precavidos, ordeiros e orientados, será “[...] fonte de vida, para que se evitem os laços da morte” (Pv 13.14).
            Mas, como essa ilha é cheia de podridão, ela precisa ser muito trabalhada, não porque é deserta, mas porque existe muita sujeira, mau cheiro. Enfim, essa ilha está totalmente infectada por todos os tipos de vírus e bactérias nocivos à vida. Essa ilha da fantasia nada mais é do que a mente humana.
            Paulo soube o que é lutar contra as fantasias dessa ilha, “porque nem mesmo (ele) compreendia o seu próprio modo de agir, pois não fazia o que preferia, e sim o que detestava” (Rm 7.15).
            Então, tudo quanto se deseja lançar no coração, precisa passar pela triagem da mente, e é somente “[...] os seus olhos (que) são a lâmpada do seu corpo; se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o seu corpo ficará em trevas”, (Lc 11.34).
            Quando essa mensagem é captada pelo coração, o homem agirá de acordo com o que a sua natureza pede. “[...] Se (o seu coração se) inclina para a carne (ele) cogita das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito” (Rm 8.5). É aí que nasce as fantasias da ilha que cada um têm dentro do seu coração.
            As fantasias são perigosas. Não tem escapatória, tanto aquele que é bom ou “[...] mau [...] a (sua) boca falará do que está cheio o (seu) coração” (Mt 12.34), isso porque “o homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).
            Perceba que em cada coração, na mente da ilha da fantasia, “todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15), e outra; “porque (ninguém) [...] faz o bem que prefere, mas o mal que não quer, esse faz” (Rm 7.19). Veja se não é verdade esse fato dentro do seu coração?
            A partir do momento em que a ilha da fantasia começa a divagar, fantasiar a procura de prazeres, sejam eles do passado ou do presente, pode ter a certeza, nada de bom deve fluir porque “[...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.15).
            A mente ou a Ilha da Fantasia, geralmente, pende para o lado ruim, para desviar-se do caminho reto, para o lado do pecado, mas quanto a essa perversão, a instrução bíblica é que, “se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7).
            Abolir de vez a ilha da fantasia? Impossível. Fique sabendo que “todas as coisas [...] são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas [...] são lícitas, mas [...] não se deixa dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12).
            Nem toda mente deve ser suja, profana, medíocre. Faça uma aliança com “[...] Deus, e leve cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10.5). Essa obediência é o bastante para que a ilha da fantasia seja controlada, administrada por Deus.
Rev. Salvador P. Santana

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