quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

1Jo.2.18-29 - CUIDADO COM OS ANTICRISTOS.


CUIDADO COM OS ANTICRISTOS, 1Jo.2.18-29.

Objetivo:         Resistir e combater os que pregam falsas doutrinas.
Nar.:    Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiramente homem.
            O filme mais assistido em toda a história é Jesus.
            O livro mais impresso e vendido é a Bíblia Sagrada – 11 milhões todos os anos.
            Quanto mais se persegue o cristianismo, mais ele cresce e prevalece.
            John Lennon disse no auge de sua fama: “O cristianismo passará. Ele irá se dissipar e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e ficará provado que eu estou certo. Nós somos mais populares que Jesus”.
            Anos se passaram e os Beatles se separaram.
            John Lennon morreu assassinado em 08.12.1980 e o cristianismo continua crescendo.
            Nada pode deter o avanço da obra de Deus com a sua igreja, porque “[...] as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt.16.18.            
            Na época de João a igreja crescia e sofria os ataques externos dos imperadores romanos e os ataques internos dos falsos mestres.
            Os mestres do gnosticismo (gnosis – salvação através do conhecimento, ciência) se infiltravam na igreja, disfarçados de ovelhas, com o objetivo de semear a falsa doutrina e enganar principalmente os novos cristãos.
            João denuncia o perigo e conclama o povo de Deus a ter discernimento.
1 – Quem é o anticristo?
            João escreve chamando a igreja de “filhinhos, (porque) já é a última hora; e, como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora”, 1Jo.2.18.
            Três destaques neste versículo:         
            O alvo do anticristo.
            João começa de forma carinhosa dirigindo-se aos crentes como “filhinhos (paidia) [...]”, 1Jo.2.18 que se aplica a bebês ou crianças recém-nascidas, a meninos espirituais.
            Paulo escreve “para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro [...]”, Ef.4.14.
            Crente novo é presa fácil dos falsos mestres “[...] e levados ao redor por todo vento de doutrina (ensinamento religioso), pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”, Ef.4.14.           
            O tempo do anticristo.
            O texto fala que “[...] já é a última hora [...] pelo que conhecemos que é a última hora”, 1Jo.2.18.
            Esta expressão tem o mesmo significado de “[...] últimos dias [...]”, At.2.17; Hb.1.2; Tg.5.3 ou “conhecido [...] (como) no fim dos tempos [...]”, 1Pe.1.20.
            Cobre todo período entre a primeira e segunda vinda de Cristo.
            Quem é o anticristo.
            João declara que “[...] como ouvimos que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido [...]”, 1Jo.2.18.
            Anticristo é usado na Bíblia somente por João, contudo, o seu significado é antigo.
            “Anti” é uma preposição grega que pode significar tanto “contra” ou “em lugar de”.
            Anticristo pode significar tanto um adversário de Cristo como alguém que quer se colocar no lugar de Cristo.
            No contexto do Novo Testamento, a palavra anticristo descreve três coisas:
            1 – Um espírito que se opõe ou nega a Cristo. É “[...] todo espírito que não confessa a Jesus [...] este é o espírito do anticristo [...] que [...] já está no mundo”, 1Jo.4.3;
            2 – Os falsos mestres que personificam esse espírito. Por isso de “[...] Jesus [...] dizer [...] que ninguém nos engane”, Mc.13.5, isto porque, “muitos virão em [...] nome (de) Jesus, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos”, Mc.13.6.
            3 – Uma pessoa que irá liderar a rebelião mundial final contra Cristo. É de “[...] o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”, 2Ts.2.3, 4.
            Escrevendo à Timóteo, Paulo fala que “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.
            Entendemos que João fala aqui não de uma pessoa (o anticristo), mas do princípio que prevalece nas pessoas que negam a divindade e a humanidade de Jesus Cristo.
            A evidência de que o anticristo está no mundo é o falso ensino difundido pelos falsos mestres.
            Jesus já havia falado que “[...] surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mc.13.22.
            A apostasia da fé tem duas fontes: sobrenatural – demônios; e natural – mestres enganadores.
Aplicações práticas:
            Muitos anticristos já vieram e um anticristo virá;
            Já estamos vivendo a última hora;
            O espírito do anticristo nega o ensino bíblico acerca de Jesus Cristo.
2 – As características dos anticristos.
            João apresenta as características dos anticristos ou dos falsos mestres:
            Eles saíram do meio da igreja.
            João declara que as pessoas que negavam as duas naturezas de Cristo, faziam parte da igreja visível, mas de fato não eram convertidas.
            Por este motivo “eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”, 1Jo.2.19.
            João ensina aqui a doutrina da perseverança dos santos.
            “Os que Deus aceitou em seu bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem cair do estado de graça, nem total nem finalmente; mas, com toda certeza, hão de perseverar nesse estado até o fim e estarão eternamente salvos” – (CF XVII, 1).
            Os verdadeiros cristãos “estão plenamente certos de que aquele que começou boa obra em [...] há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”, Fp.1.6.
            Temos a certeza de que “o qual também nos confirmará até ao fim, para sermos irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.1.8.
            Essa perseverança é porque “fiel é Deus, pelo qual fomos chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”, 1Co.1.9.
            A plena certeza que temos é que “o mesmo Deus da paz nos santifica em tudo; e o nosso espírito, alma e corpo serão conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Ts.5.23.
            Estaremos salvos porque “fiel é o que nos chama [...]”, 1Ts.5.24 e o melhor, “[...] o Senhor [...] nos confirmará e guardará do Maligno”, 2Ts.3.3.
            Por isso “[...] não (podemos nos) [...] envergonhar, porque sabemos em quem temos crido e estamos certo de que ele é poderoso para guardar o nosso depósito até aquele Dia”, 2Tm.1.12.
            E o melhor para todos os filhos de Deus é que “o Senhor nos livrará também de toda obra maligna e nos levará salvo para o seu reino celestial [...]”, 2Tm.4.18.
            Eles negam a fé.
            João pega pesado ao perguntar: “Quem é o mentiroso? [...]”, 1Jo.2.22.
            A resposta é dada por ele “[...] é [...] aquele que nega que Jesus é o Cristo [...]”, 1Jo.2.22.
            Quem é o mentiroso, senão aquele que nega (a humanidade) que Jesus é o Cristo (e a sua perfeita unidade com Deus)? [...]”, 1Jo.2.22.
            Paulo e João declaram que “[...] Cristo Jesus (é perfeitamente) [...] homem [...] e é o verdadeiro Deus [...]”, 1Tm.2.5; 1Jo.5.20.
            Quem [...] (nega esta verdade a respeito de) Cristo [...] este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”, 1Jo.2.22.
            O alvo de João era o docetismo gnóstico que negava a humanidade e a divindade de Jesus.
            Até o terceiro século surgiram muitas teorias heréticas sobre a pessoa de Cristo:
            Ebionitas – pobres – não aceitavam que Jesus fosse o Filho de Deus;
            Apolinarianos – negava a humanidade de Cristo;
            Arianos – Negavam a divindade de Cristo;
            Nestorianos – Negavam a união genuína da natureza divina com a natureza humana, na pessoa de Jesus Cristo.
            A mensagem é contemporânea, pois se aplica àqueles que hoje (teólogos e seitas), negam o ensino bíblico acerca da pessoa de Jesus.
            O texto é claro, pois “todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai”, 1Jo.2.23.
            A essência do evangelho é que Jesus revela o Pai, pois “ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”, Jo.1.18.
            Por isso, “tudo [...] foi entregue (a) Jesus por seu Pai. (Portanto) ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27.
            É impossível crer em um sem o outro, portanto, “[...] quem crê em Jesus crê, não em Jesus, mas naquele que o enviou”, Jo.12.44.
            E quem [...] vê a Jesus vê aquele que o enviou”, Jo.12.45.
            É por este motivo que “[...] Jesus [...] é o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Jesus”, Jo.14.6.
            Até em nossos dias, todo aquele que “[...] conhecer (a) Jesus, conhece também a seu Pai [...]”, Jo.14.7.
            Em toda a carta, João ensina “[...] o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, 1Jo.1.3 estão intimamente ligados.
            Por isso, quando “[...] alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1.
            É preciso ter cuidado porque “[...] todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo [...] (que) já está no mundo”, 1Jo.4.3.
            Urgentemente, devemos “[...] saber que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”, 1Jo.5.20.
            Simon Kistemaker – “Aquele que nega que o Filho de Deus tornou-se homem, também nega a relação Pai-Filho. Se não há Filho, então não há Pai”.
            Eles tentam enganar aos fiéis.
            Os falsos mestres e as seitas heréticas não se preocupam em evangelizar e converter pessoas que precisam de salvação.
            O que mais eles desejam é “[...] procurar enganar”, 1Jo.2.26 os desavisados.
            Isto (o) que (João) nos acaba de escrever é acerca [...]”, 1Jo.2.26 daqueles que desejam a nossa destruição.
            Prestando atenção na maneira que os anticristos abordam é sempre atacando os cristãos professos que já estão evangelizados e ligados à alguma igreja.
            O alerta de Jesus é que, “[...] se alguém nos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acreditemos”, Mt.24.23.
            Ainda que possam “[...] surgir falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”, Mt.24.24, estes não serão enganados porque “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”, 1Jo.5.18.
            Eles não têm o Espírito Santo.
            João declara que “[...] nós possuímos unção que vem do Santo e todos temos conhecimento”, 1Jo.2.20 de que somos de Deus.
            Outra verdade é que “[...] nós, depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele (Jesus) também crido, fomos selados (marcados) com o Santo Espírito da promessa”, Ef.1.13.
            O Espírito Santo “[...] é o penhor (garantia) da nossa herança [...]”, Ef.1.14.
            Como o anticristo não tem o Espírito Santo, ou seja, “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; nós o conhecemos, porque ele habita conosco e estará em nós”, Jo.14.17.
            Só conhecemos as verdades bíblicas “[...] o Consolador [...] enviado da parte do Pai, o Espírito da verdade [...] esse dá testemunho de Jesus”, Jo.15.26.
            A unção do Espírito Santo impede de sermos enganados.
            João fala que “não nos escreve porque não sabemos a verdade; antes, porque a sabemos, e porque mentira alguma jamais procede da verdade”, 1Jo.2.21.
            É preciso saber que “isto que (João) nos acaba de escrever é acerca dos que nos procuram enganar”, 1Jo.2.26 para não sermos enganados.
            Por este motivo, “quanto a nós outros, a unção que dele (Espírito Santo, Jesus) recebemos permanece em nós, e não temos necessidade de que alguém nos ensine; mas, como a sua unção nos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecemos nele, como também ela (promessa) nos ensinou”, 1Jo.2.27.
            Quando uma pessoa não tem o Espírito, ela está impedida de ter acesso às verdades de Deus.
            Eles não têm comunhão com Deus.
            Devemos buscar “permanecer em nós o que ouvimos desde o princípio. Se em nós permanecer o que desde o princípio ouvimos, também permaneceremos nós no Filho e no Pai”, 1Jo.2.24.
            Permanecer [...]”, 1Jo.2.24 é ter comunhão ou estar conectado espiritualmente.
            Permanecer [...]”, 1Jo.2.24 é como “Jesus e o Pai são um”, Jo.10.30 só Deus e nós como filhos de Deus.
            A fim de comprovar a nossa comunhão, “[...] todos (devem) honrar o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou”, Jo.5.23.
            A falta de comunhão é porque “eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”, 1Jo.2.19.
            O crente tendo comunhão, ou seja, “quanto a nós outros, a unção que dele recebemos permanece em nós, e não temos necessidade de que alguém (anticristo) nos ensine; mas, como a sua unção (Espírito Santo) nos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecemos nele (Jesus), como também ela (a verdade) nos ensinou”, 1Jo.2.27.
            Tendo comunhão, temos a certeza de que “[...] esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”, 1Jo.2.25.
            João nos chama de “filhinhos, (porque) agora, pois, permanecemos nele, para que, quando ele se manifestar (vier buscar a igreja), tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”, 1Jo.2.28.
            É por este motivo que, “se sabemos que ele é justo, reconhecemos também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele”, 1Jo.2.29.
Aplicações práticas:    Tome cuidado com ensinamentos religiosos – Adição – adiciona algo à Bíblia; Subtração – subtrai algo da Pessoa de Jesus; Multiplicação – pregam a autossalvação; Divisão – Divide a fidelidade entre Deus e a organização;
            Todo crente, capacitado pelo Espírito Santo é capaz de discernir a verdade do erro e resistir aos ataques dos falsos mestres;
            A perseverança do crente na fé, na comunhão e na sã doutrina é uma marca da sua autenticidade como filho de Deus.
           
                         

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

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