sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Mt.9.1-8 - JEJUM.

JEJUM
Mt.9.1-8


Introd.:           Jejum é uma prática de não se alimentar ou ingerir bebida por cento tempo.

            O jejum é voluntário, exige pureza de vida e exclui qualquer exibição.

            Jejum não garante que a oração será respondida.

            Jejum não salva.

            Jejum fortalece a vida espiritual.

            O costume no V.T. era de se “promulgar um santo jejum, convocando uma assembleia solene, congregando os anciãos, todos os moradores (da) [...] terra, para a Casa do SENHOR [...] Deus, e clamar ao SENHOR”, Jl.1.14.

Nar.:    O texto ilustra não o fato de que o jejum é desusado, antiquado.

            A vida e a fé cristãs são tão jubilosas que não podem tornar-se enclausuradas a qualquer mera forma externa.

            Os líderes religiosos faziam do jejum um meio de ostentação e neste aspecto, Jesus combatia.

Propos.:           O jejum em nossos dias é necessário?

Trans.: Jejum [...]

1 – Não tem necessidade de fazer muitas vezes.

            O jejum, no V.T. só era obrigatório no dia da Expiação/perdão dos pecados uma vez no ano acompanhado do arrependimento (Yom Kippur) e nos dias de jejum publicamente proclamados.

            Assim como aconteceu com Jesus, “virão [...]”, Mt.9.14 ao nosso encontro pessoas das mais diversas religiões a fim de nos testar, provar, saber se estamos ou não fazendo o que para eles é certo e verdadeiro.

            O advérbio exprime o tempo em que ocorreu essa intervenção no ministério de Jesus, ou seja, logo “[...]depois [...”, Mt.9.14 dos fariseus, homens da lei, confrontarem Jesus por Ele estar na casa de publicanos.

            Assim como aconteceu com Jesus, pode acontecer com qualquer um de nós esse tipo de enfrentamento.

            [...] João [...]”, Mt.9.14, primo de Jesus, não pode ter sido o mentor desse diálogo.

            Foram “[...] os discípulos de João [...]”, Mt.9.14 que se interessaram em saber a respeito da vida espiritual, da vida com Deus, de como deviam agir.

            O problema é que esses “[...] discípulos (estavam equivocados quanto a) pergunta [...]”, Mt.9.14 dirigida a Jesus.

            O problema maior para aqueles homens era a respeito do “[...] por que jejuamos nós (como se dissessem: somos melhores, mais santificados, mais chegados a Deus) [...]”, Mt.9.14.

            Interessante notar que esses “[...] discípulos (não estavam sozinhos nessa interferência, também) [...] os fariseus (intérpretes da lei) [muitas vezes] jejuavam (duas vezes por semana) [...]”, Mt.9.14 com o intuito de exibição.

            Os fariseus costumavam mostrar-se sujos, barbudos e melancólicos para mostrar aos homens que jejuavam.

            Muitos crentes gostam de aparecer, mostrar que são mais chegados a Deus, mas santificados; e daí? Pode perguntar Jesus.

            O incômodo daqueles homens era o motivo por que aqueles [...] discípulos (de) Jesus não jejuavam [...]”, Mt.9.14.

            A princípio Jesus não responde, Ele se cala, mas não consente.

            O modo de jejuar deve ser [...]         

2 – O suficiente.

            Jesus lhes responde [...]”, Mt.9.15 com outra pergunta.

            Jesus usa um dos símbolos parabólicos do V.T., “[...] o casamento [...]”, Mt.9.15, a fim de demonstrar que o jejum tem que ser o suficiente e nunca extrapolar os limites.

            Então “[...] Jesus pergunta: Podem, acaso, estar tristes os convidados (quando estão comemorando) o casamento (?) [...]”, Mt.9.15.

            No símbolo parabólico do “[...] casamento (não haverá tristeza entre) Jesus (e a sua igreja – eu e você) [...]”, Mt.9.15.

            Não haverá “[...] tristeza (para esses) convidados (porque eles estão com o seu Mestre) [...]”, Mt.9.15.

            Precisamos saber que “[...] enquanto o noivo Jesus está com (cada um de nós) (não podemos ficar) tristes (como os fariseus – exibição, sujos, barbudos, melancólicos) [...]”, Mt.9.15.

            Mas, conforme o próprio Jesus, “[...] Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo (morte, ressurreição, ascensão) e nesses dias (haverá tristeza) [...]”, Mt.9.15.

            É por este motivo que “[...] nesses dias havemos de jejuar (mas na medida certa, sem extrapolar, sem mostrar-se contristado, aborrecido)”, Mt.9.15.

            O jejum fala sobre o [...]       

3 – Não misturar alegria com tristeza.

            Outro símbolo parabólico é sobre o tentar misturar o velho sistema religioso, V.T, com o novo sistema, religião caracterizada pela alegria, livre de formalidades, ensinadas por Cristo no N.T.

            Jesus fala sobre o dever de “ninguém por remendo de pano novo (N.T.) em veste velha (V.T.) [...]”, Mt.9.16.

            É como se tentasse ajustar conceitos, normas, regras do V.T. ao N.T.

            Exemplo: V.T. Olho por olho, dente por dente – N.T. Não resista ao perverso – amor, misericórdia.

            Para Jesus é como “[...] o remendo de pano novo (N.T.) tirar parte da veste velha (V.T. que rasga, danifica) [...]”, Mt.9.16 a vida espiritual do servo de Deus.

            Conforme Jesus declara; “[...] fica maior a rotura (o estrago, a mancha, o buraco)”, Mt.9.16.

            Ou seja, ao tentar buscar fazer o que era realizado no V.T., para nós que somos servos de Jesus, fica incompatível o nosso comportamento – exemplo - concubinato.

            No V.T. havia muita tristeza por ser um sistema rigoroso – obrigatório participar; ao passo que no N.T. temos liberdade para servir a Jesus com alegria.

            Esse texto é inconclusivo, e deseja nos apresentar algo concreto a respeito do jejum [...]

Conclusão:      Para ser isento de qualquer ritualismo.

            Jesus usa outro simbolismo para indicar sobre a invalidade ou contradição entre o jejum do V.T. e o jejum do N.T.

            V.T. convocava o jejum todos os homens eram obrigados a comparecer.

            N.T. o jejum é voluntário para crescimento espiritual.

            Por este motivo “nem se põe vinho novo (fermenta) em odres velhos (estão desgastados, estragados) [...]”, Mt.9.17.

            Quando desejamos misturar o novo sistema de servir a Cristo com o antigo sistema do A.T., “[...] rompem-se os odres (antigos, danificados, arrebentados para não serem mais usados) [...]”, Mt.9.17.

            E o pior é que “[...] derrama-se o vinho (que fala da nova vida com Cristo, festa, alegria) [...]”, Mt.9.17 para dar lugar ao ritualismo do V.T.

            É por este motivo que “[...] os odres (simbolismo do V.T.) se perdem (em suas exibições) [...]”, Mt.9.17.

            Para vencer esse embate sobre o jejum, Jesus declara que deve-se “[...] por vinho novo (vida espiritual autêntica com Cristo) em odres novos (de vida em abundância para servir a Deus) [...]”, Mt.9.17.

            Quando ignoramos o ritualismo “[...] ambos (tanto os preceitos do V.T. quanto os do N.T.) se conservam”, Mt.9.17 e passamos a viver de forma agradável diante de Deus.

            Você pode jejuar, mas sem desejo de aparecer, se mostrar.

 

 

            Rev. Salvador P. Santana

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