terça-feira, 8 de setembro de 2015

1Co.1.10-17 - A IGREJA SECTÁRIA.

A IGREJA SECTÁRIA, 1Co.1.10-17.

Introd.:           Já pensou no motivo entre os que professam a fé reformada, há falta de consenso sobre um ou outro assunto?
            Há quem não tolere o uso de bateria na igreja e outros que não se incomodam com ela.
            Há quem não tolere o canto de outra coisa que não sejam os Salmos, e outros aceitam hinos e até cânticos.
            As diferenças sendo bem administradas, podemos andar juntos.   
            Quando não há mais entendimento, aparecem as divisões.
As divisões surgidas no meio protestante histórico brasileira fez uso de pequenos problemas como pretexto.
            Igrejas foram divididas por razões políticas e até desentendimentos familiares.
            Há um grupo de igrejas que insiste em se identificar como evangélico e não liga muito para essas questões.
            Muitas igrejas ensinam que a salvação não depende apenas de Jesus (nós temos de fazer nossa parte também), obedecer ao ensino de alguém como se essa pessoa possuísse a mesma autoridade da Bíblia.
            Nesse caso, não temos denominações, e sim seitas, pois travestidas de cristianismo, essa organizações negam seus fundamentos.
I – O que é uma denominação?
            Grupo de pessoas que comunga os mesmos princípios.
            Ainda que não concordem em assuntos periféricos, respeitam-se a partilham os mesmos princípios doutrinários.
            Há um nome, uma estrutura e doutrinas comuns.
            Quem faz parte de uma denominação professa seu sistema doutrinário e de governo.
            Denominações cristãs reconhecem os princípios cristãos fundamentais, divergem em pontos que não são essenciais.
            Quando os pontos básicos do cristianismo são questionados, não é possível caminhar irmanados. O foco de diferenças assim é teológico.
            As igrejas evangélicas não consideram a ICAR uma denominação. Ela mesma afirma não haver salvação em outra igreja.
II – O que é uma igreja sectária?
            É uma igreja que abraçou os princípios de uma seita (grupo que se separa de um grupo maior escolhendo seus próprios princípios).
            Às vezes é um grupo menor dentro de um grupo maior, esperando a hora certa para ganhar força e dominá-lo.
            Exemplo: Em uma igreja, um grupo de irmãos começa a se reunir informalmente para ler a Bíblia, orar, cantar e assistir a vídeos de um pregador famoso.
            Eles permanecem vinculados à igreja na qual estão arrolados, querem exercitar uma vida de maior comunhão.  
            O grupo cresce e quando certo número tem um maior comprometimento, alugam um espaço e saem da virtualidade para a realidade.
            A principal característica de uma seita: Ser parasita. Ela nutre da igreja e se volta contra ela.
            Quem professa uma seita, acredita que apenas ela está certa. Acreditam que apenas eles estão salvos e a sua seita é a dona das chaves das portas dos céus.
            Algumas seitas: ICAR, IURD, IMPD, IIGD, Voz da Verdade, Testemunhas de Jeová, Igreja do Sétimo Dia, Tabernáculo da Fé, Igreja de Deus no Brasil, Igreja Local, A Igreja de Deus do Sétimo Dia, Igreja Pentecostal Unida, Igreja da Cientologia – ciência exata do pensamento, Mórmons, Meninos de Deus – importância ao sexo.
III – Qual foi a primeira seita cristã?
            A Bíblia fala de muitas heresias (partidos ou facções).
            Jesus repreende a igreja de Pérgamo “[...] que sustentou a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição”, Ap.2.14.
            Um grupo que prejudicou muito a igreja desde seus primeiros anos foi os judaizantes.
            O “[...] ensino (desses) indivíduos (judaizantes – gentios converter ao judaísmo – era que:) Se não [...] (praticar a) circuncisão segundo o costume de Moisés, não podem ser salvos”, At.15.1.
            Os judaizantes deram muito trabalho à Paulo.
            Esses “[...] judeus dissimularam (fingiram) com (Paulo), a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação (fingimento, seduzido) deles”, 1Co.1.10.
            A discussão de Paulo e Barnabé com os judaizantes foi o motivo da realização do Primeiro Concílio: Concílio de Jerusalém.
            Houve alguma pressão para que “[...] Tito [...] sendo grego, fosse constrangido a circuncidar-se”, 1Co.1.10.
            Os judaizantes também afetaram “[...] Cefas (a ponto de ele) [...] viver como gentio e não como judeu (e) sendo judeu [...] obrigava os gentios a viverem como judeus [...]”, 1Co.1.10. Paulo o repreendeu.
IV – Como se deve tratar uma seita?
            A Bíblia nos alerta contra o perigo de uma seita.
            O Concílio de Jerusalém, ao se deparar com o surgimento de uma seita (grupo que se separa de um grupo maior escolhendo seus próprios princípios), tomou algumas atitudes:
            1º – Identificou o problema de que os judaizantes “[...] ensinavam (que os gentios tinham que praticar a) circuncisão segundo o costume de Moisés [...] (para) serem salvos”, At.15.1;
            2º – Proposta de solução – “[...] Paulo e Barnabé [...] (entraram em) contenda e [...] discussão (a respeito do ensino dos judaizantes) resolveram que esses dois irmãos [...] subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão”, At.15.2;
            3º – Paulo, Barnabé e outros irmãos foram “enviados [...] acompanhados pela igreja [...]”, At.15.3;
            4º – Esses irmãos[...] chegando a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros [...]”, At.15.4;
            5º – A reunião do Concílio para debater a questão contou com a    “[...] reunião (dos) [...] apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra [...] (dizendo que Deus) não estabeleceu distinção alguma entre (Judeus e gentios) [...] purificando-lhes pela fé o coração [...] (então, não pode) pôr sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem [...] (os) pais (e) nem eles puderam suportar (circuncisão) [...] (a confiança de Pedro e dos demais do Concílio é na) crença (de) que foram salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram. (Estavam presentes também) [...] a multidão (em) silencio [...] ouvindo a Barnabé e a Paulo [...]”, At.15.6, 7, 9-12.
            6º –      “[...] Tiago (apresenta uma proposta), dizendo [...] (que) Deus [...] visita os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome [...] para que os demais homens busquem o Senhor [...] que faz estas coisas conhecidas desde séculos. Pelo que [...] não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados (a fim de aprenderem sobre Deus e sobre a própria vida espiritual deles)”, At.15.14, 17-21.
            7º –      Os[...] apóstolos e [...] presbíteros, com toda a igreja [...] elegem Paulo e Barnabé [...]”, At.15.22a;
            8º –      A decisão foienviada (por) homens notáveis (líder) entre os irmãos [...] Paulo e Barnabé, Judas, chamado Barsabás, e Silas, (enviados) a Antioquia [...] escrevendo [...] (que) souberam que alguns [que saíram] de entre eles, sem nenhuma autorização [...] (os) perturbava com palavras, transtornando (desviar) a [...] alma [...] chegaram a pleno acordo [...] (segundo a vontade do) Espírito Santo [...] não [...] impor maior encargo além destas coisas essenciais: [...] abster das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas [...]”, At.15.22b-25, 28, 29.
            9º –      Entrega da decisão – “Os que foram enviados (Paulo, Barnabé, Silas e Judas, chamado Barsabás) desceram logo para Antioquia e, tendo reunido a comunidade, entregaram a epístola. Quando a leram, sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido. Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram”, At.15.30-32.
            A solução bíblica para o sectarismo instalado é o pronunciamento conciliar – IPB. Foi exatamente isso que Paulo fez.
            Paulo “[...] passava pelas cidades, entregava aos irmãos (a decisão conciliar), para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém. Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número”, At.16.4,5.
V – Como identificar uma seita?
            As seitas (desvio doutrinário) costumam usar as quatro operações: x = multiplicação, : = divisão, – = subtração e + = adição.
            As seitas multiplicam por obras a obra da salvação. Colocam fardos pesados sobre as costas das pessoas para adquirirem a salvação. Adventista – Guardar o sábado.
            Seitas dividem a fidelidade entre Deus e a organização. CCB – sair da igreja perde a salvação.
            As seitas subtraem alguma coisa de Jesus ou da Bíblia. TJ – Jesus não é Filho de Deus, é criatura.
            As seitas adicionam ao caráter da única e suficiente obra de Cristo na Cruz e algo à Palavra de Deus. Mórmon – A Bíblia não é suficiente – Livro dos Mórmons.
V – Qual é o conselho de Paulo para a igreja?
            “[...] Pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, (Paulo orienta a) que falemos todos a mesma coisa e que não haja entre nós divisões; antes, sejamos inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer (a respeito da salvação)”, 1Co.1.10.
            Paulo instrui a igreja dessa forma porque “[...] foi informado pelos da casa de Cloe (olhando o erro do outro), de que havia contendas entre (os irmãos da Igreja de Corinto)”, 1Co.1.11.
            A divisão que existia se “referia ao fato de cada um (daqueles irmãos) [...] dizerem: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo (como se a salvação estivesse dividida entre essas pessoas)”, 1Co.1.12.
            Em nossos dias alguns crentes fazem opção por este ou por aquele pastor, esta ou aquela igreja, por ‘Inri (hebraico, latim e grego – Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus, Jo.19.19, 20) Cristo’, ou por Cristo Jesus.
            Para evitar uma igreja sectária é preciso aceitar que “[...] Cristo (não) está dividido [...] (que) Paulo (não) foi crucificado em favor de nós [...] (e nem) fomos [...] batizados em nome de Paulo [...]”, 1Co.1.13.
            Para evitar essa divisão, Paulo “dar graças [a Deus] porque a nenhum deles batizou, exceto Crispo e Gaio”, 1Co.1.14.
            Paulo nos orienta a não supervalorizar pessoas, a fim de não causar divisão quando ele ordena “para que ninguém diga que foi batizado em seu nome”, 1Co.1.15.
            Na verdade, Paulo “batizou também a casa de Estéfanas; além destes, (ele) não se lembra se batizou algum outro”, 1Co.1.16.
            Paulo encerra esse texto falando sobre [...]
Conclusão:      O que é mais importante para a igreja.
            Algumas igrejas são plantadas com interesses meramente comerciais.
            Muitas igrejas sofreram divisões apenas por questões de antipatia de liderança.
            Sempre haverá problemas semelhantes, pois eles derivam da condição humana.
            Fomos redimidos pelo sangue de nosso Senhor, mas ainda não fomos libertos da condição pecaminosa em que nascemos.
            Logo, devemos aceitar, assim como Paulo que “[...] Cristo não nos enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo”, 1Co.1.17.
Aplicação:       O que podemos fazer para evitar sentimentos e práticas sectárias?
           

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – CCC – Rev. Folton Nogueira.

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