sábado, 11 de dezembro de 2010

SAEM MAGOS E PASTORES

SAEM MAGOS E PASTORES


A caracterização do natal, com a representação do local do nascimento do menino Jesus, da presença de José, Maria, burros, ovelhas, reses, palha, estrela, anjos, pastores, magos, berço no lugar do cocho, está totalmente errada e fora do contexto bíblico. A imagem da presença dos pastores está mais relacionada com os anjos, palhas, ovelhas, e reses, do que, com os magos quando são apresentados com os demais em uma única cena.

Não tem necessidade, mas como muitos gostam e dão grande valor a essa representatividade, talvez com o intuito de adorar, outros com o desejo de apenas apreciar, tanto um quanto o outro, biblicamente falando, estão errados. A Palavra de Deus declara que “[...] os verdadeiros adoradores (devem) adorar o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”, Jo.4.23. Toda representatividade do recém-nascido, Jesus, ou posterior a esse evento, deve ser abandonado pelo simples motivo do mesmo Jesus declarar que, o modo correto de adoração precisa ser feito somente a “Deus (por Ele ser) [...] espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”, Jo.4.24.

A grande dúvida é: se pastores e magos se encontraram no mesmo dia e local do nascimento de Jesus. Segundo os enfeites desta época, sim. De acordo com a Escritura Sagrada, os locais são totalmente diferentes do encontro dos pastores e da visita dos magos. É preciso entender que o número dos magos que visitaram o Menino é maior que três, devido ter “[...] vindo uns magos do Oriente a Jerusalém”, Mt.2.1. Alguns presépios são colocados três magos pelo motivo da “[...] entrega (de) suas ofertas: ouro, incenso e mirra”, Mt.2.11. Como as estradas daquela época eram muito perigosas, devido os salteadores, havia a necessidade de grupos maiores andarem juntos para evitar assaltos. Os magos estiveram com o Menino Jesus após a visita dos pastores, mas a cidade visitada fora a mesma, em “[...] Belém (da Judéia) [...]”, Mt.2.8. O local, onde Jesus estava deitado, não foi o mesmo. Os estudiosos das estrelas “entraram na casa [...]”, Mt.2.11, e os “[...] pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho [...]”, Lc.2.8 “[...] encontraram uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura (cocho)”, Lc.2.12, bem possível que fosse um estábulo desativado, devido a manjedoura ser usada como berço.

Aqui jaz a grande diferença. Primeiramente a estrebaria fora visitada logo

após o nascimento de Jesus, pode ser na mesma noite do nascimento ou na manhã seguinte, pelos “[...] [...] pastores que viviam naquela mesma região [...] e guardavam o seu rebanho [...]” Lc.2.8. A aparição de “[...] um anjo do Senhor [...]”, Lc.2.9 e logo depois “[...] uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus [...]”, Lc.2.13 acontecera ainda no campo, antes do encontro com o Menino Salvador. Os pastores saíram do palco para darem lugar a Jesus.

Os “[...] magos vieram [...] do Oriente a Jerusalém”, Mt.2.1. Foi para estes “[...] que a estrela aparecera (e no caminho para Belém) [...] a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino”, Mt.2.7,9. Nesse dia, é bem possível que Jesus já tivesse alcançado quase dois anos de idade e os pastores já tinham se ausentado. Jesus não estava mais no curral, mas dentro de uma “[...] casa [...]”, Mt.2.11 porque a maior parte dos recenseados já haviam voltado, ficando a cidade vazia para dar “[...] lugar para eles (ou) na hospedaria”, Lc.2.7, ou na casa de algum morador que aprendera a “não negligenciar a hospitalidade [...] (e) sem o saber acolheram (não) anjos”, Hb.13.2, mas o próprio “[...] Salvador, que é Cristo, o Senhor”, Lc.2.11. Os magos “[...] regressaram por outro caminho a sua terra”, Mt.2.12 para permanecer apenas Jesus.

Sendo assim, todos os presépios estão completamente errados, abandone-os e aceite que “[...] Cristo deve nascer”, Mt.2.4 e ficar exposto dentro do seu próprio coração para ser honrado, glorificado, exaltado.

Rev. Salvador P. Santana

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