quarta-feira, 11 de agosto de 2021

1Jo.4.7-21 - DEUS É AMOR.

Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3 DEUS É AMOR, 1Jo.4.7-21. Objetivo: Vivenciar o amor de Deus. Nar.: Sobre a natureza de Deus, João fala que “Deus é espírito...”, Jo.4.24, “... que Deus é luz... (e) que Deus é amor”, 1Jo.1.5; 4.8. Este é o primeiro conceito de Deus que aprendemos na infância, por meio do cântico “Três Palavrinhas Só: Deus é amor”. A primeira carta de João é uma carta de amor. O amor é o tema central desta carta. Nela, o verbo amar aparece 28 vezes e o substantivo amor aprece 18 vezes. No evangelho de João ele apresenta 37 vezes o verbo amar. João apresenta o amor pelos irmãos como prova de comunhão com Deus, isto se deve porque “aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço”, 1Jo.2.10. A prova da filiação a Deus serve para aqueles que “... são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”, 1Jo.3.10. João, através do texto base, apresenta o amor como um atributo da natureza de Deus e as implicações disto na vida daqueles que têm comunhão com Ele. Não é à toa que o texto começa dizendo que “aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8. 1 – Deus é amor. “... Deus é amor (ágape)”, 1Jo.4.8, isto é, o amor é a essência do ser divino. L. Berkhof apresenta três atributos morais da divindade: a bondade, a santidade e a justiça de Deus. A bondade de Deus é aquela perfeição que o mantém solícito para tratar generosamente todas as suas criaturas. Quando a bondade de Deus se manifesta para os seus filhos, assume o caráter de amor, graça, compaixão e paciência. O “... amor (impele a) Deus”, 1Jo.4.8 para se comunicar e se relacionar conosco, isto é possível porque “vemos [...] (o) grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus...”, 1Jo.3.1. João apresenta dois aspectos do amor de Deus: A – A revelação do amor de Deus. “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele”, 1Jo.4.9. Três lições neste verso: 1 – A natureza da revelação do amor. Veja que “... Deus se manifesta...”, 1Jo.4.9, ou torna conhecido o seu amor. “... Manifestar...”, 1Jo.4.9 significa tornar plenamente conhecido, com detalhes, mediante revelação clara, alguma coisa que estava oculta – Augustus Nicodemus; 2 – O conteúdo da revelação do amor. A “... manifestação (ou a revelação do) ... amor de Deus em nós... (foi a encarnação ou): em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo...”, 1Jo.4.9; 3 – O objetivo da revelação do amor. Para nos dar vida ou “... para vivermos por meio dele (Jesus)”, 1Jo.4.9. B – A consistência do amor de Deus. “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”, 1Jo.4.10. Duas características do amor de Deus: 1 – O amor é incondicional. A melhor tradução do grego de “nisto consiste o amor...”, 1Jo.4.10, é: “nisto é o amor”. O amor de Deus é incondicional, não causado ou espontâneo. Deus nos amou livremente, simplesmente porque Ele nos quis amar. Não existe no homem motivo ou virtude alguma para ele ser amado por Deus; A fala de Jesus é que “não fomos nós que... escolhemos a Jesus; pelo contrário, Jesus nos escolheu a nós outros e nos designou para que vamos e demos fruto, e o nosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirmos ao Pai em... nome (de) Jesus, ele no-lo conceda”, Jo.15.16; 2 – O amor é sacrificial. “... Deus... nos... enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”, 1Jo.4.10. Deus enviou o seu Filho para morrer sacrificialmente por nós. Jesus cobriu nossos pecados e nos libertou da culpa. 2 – O cristão deve amar a Deus e a seus irmãos. João apresenta uma série de argumentos sobre o amor ou acerca da importância de amarmos. Por que devemos amar? A – Porque o amor procede de Deus. Deus é a origem ou a fonte de onde vem o amor. Se Deus não existisse, o amor não existiria. Toda a capacidade afetiva do homem de se relacionar amorosamente vem de Deus, por isso de João dizer: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus...”, 1Jo.4.7; B – Porque somos filhos de Deus. Ao gerar filhos espirituais, Deus os gera segundo a sua natureza espiritual. Aquele que é “amados (de Deus e por Deus, deve), amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7. Se houver rejeição da nossa parte, “... aquele que não ama permanece na morte”, 1Jo.3.14. João é enfático: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, 1Jo.4.8; C – Porque Deus nos amou. O amor de Deus por nós é a grande motivação para amar uns aos outros. João fala que “... devemos nós também amar uns aos outros”, 1Jo.4.11. O grande motivo para esse amor ao próximo é porque somos “amados (incondicionalmente) ...”, 1Jo.4.11. “... Devemos... amar... (porque) Deus de tal maneira nos amou...”, 1Jo.4.11 sem impor condições; D – Porque Deus permanece em nós. A verdade é que “ninguém jamais viu a Deus...”, 1Jo.4.12. A certeza que temos é que, “... se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós...”, 1Jo.4.12. Quando nos dispomos a “... amar uns aos outros, Deus permanece em nós...”, 1Jo.4.12 para consolar, ajudar, fortalecer a alma. Veja que essa ação de amar contribui para que “... o amor (de) Deus é, em nós, aperfeiçoado”, 1Jo.4.12 completo, finalizado. Perceba que “nisto (através do amor ao próximo) conhecemos que permanecemos (sobreviver) nele (Deus) ...”, 1Jo.4.13. Em contrapartida, em resposta ao amor que devotamos ao outro, “... Deus, permanece em nós...”, 1Jo.4.13. Esse amor acontece em nossos corações pelo motivo “... em que Deus nos deu do seu Espírito”, 1Jo.4.13 a fim de nos impulsionar a viver para Ele. É somente após o Espírito Santo de Deus em nosso coração é que “... temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo”, 1Jo.4.14. É por este motivo que, todo servo de Deus, ou, “aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus...”, 1Jo.4.15 tem a vida eterna. Confessando Jesus, “... Deus permanece (em) nós, e nós, em Deus”, 1Jo.4.15 para toda a eternidade. “E (é por este motivo que) nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós...”, 1Jo.4.16. É por todas essas razões que “... Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”, 1Jo.4.16; E – Porque o amor aperfeiçoa. O perfeito amor de Deus tem poder “... aperfeiçoador...”, 1Jo.4.17 completar, finalizar, levar até o fim. Essa ação completa acontece quando “... permanecemos em Deus, e Deus, (permanece em) nós”, 1Jo.4.16, daí, “nisto (que praticamos) é em nós aperfeiçoado o amor...”, 1Jo.4.17. Esse “... amor aperfeiçoado, (serve) para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo”, 1Jo.4.17 dedicado ao Senhor. Embora não sejamos perfeitos iguais a Cristo, não somos do mundo. Estamos no processo de crescimento ou aperfeiçoamento espiritual; F – Porque o amor destrói o medo. O texto fala que “no amor não existe medo...”, 1Jo.4.18 fobia em relação a qualquer assunto em nossa vida. “... O perfeito amor (colocado em nosso coração através do Espírito Santo de Deus) lança fora o medo...”, 1Jo.4.18 em relação a nosso futuro espiritual. A explicativa do texto: “... Ora, o medo produz tormento...”, 1Jo.4.18 na alma por não saber o destino eterno. É por este motivo que “... aquele que teme (viver perdido espiritualmente) não é aperfeiçoado (completado) no amor”, 1Jo.4.18 de Deus em seu coração; G – Porque somos capazes de amar. Não sabíamos o que era o amor e desconhecíamos a experiência de amar e de sermos amados. A maior razão porque “nós amamos (é) porque ele (Deus) nos amou primeiro”, 1Jo.4.19 sem eu merecer; H – Porque o amor prova honestidade. O amor é a carteira de identidade do cristão. Pela prática do amor um cristão verdadeiro é distinguido do hipócrita. É por este motivo que, “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso...”, 1Jo.4.20. Não existe amor na vida do ímpio e muito menos na vida do hipócrita, isto porque, “... aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”, 1Jo.4.20; I - Porque o amor é um mandamento. Amar a Deus e ao próximo não é uma opção, mas uma ordem divina. A conjunção aditiva “ora...”, 1Jo.4.21 aponta para a nossa responsabilidade como cristão, servo de Deus. É verdade sobre o que “... temos, da parte dele (Deus), este mandamento...”, 1Jo.4.21 para ser obedecido, cumprido à risca. Veja que essa obrigação é coletiva, ou seja, “... que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1Jo.4.21. Aplicações práticas: Nosso amor por Deus se comprova em nosso amor pelos outros. O amor de Deus por nós foi comprovado pela morte sacrificial de Jesus. Devemos amar porque temos a capacidade de amar. Rev. Salvador P. Santana

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