terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Rm.12.8 - O DOM ESPIRITUAL DE REPARTIR OU CONTRIBUIR.


O DOM ESPIRITUAL DE REPARTIR OU CONTRIBUIR, Rm.12.8.

            [...] O que contribui, (possuidor desse dom espiritual é poderosamente motivado por Deus a suprir as necessidades materiais de indivíduos ou grupos) com liberalidade [...]”, Rm.12.8, generoso, pródigo, dar o que não tem obrigação de dar e sem esperança de receber nada em troca.
            A iniciativa de “[...] contribuir, com liberalidade [...]”, Rm.12.8, deve estar dentro de suas possibilidades, de suprir a necessidade ou de cooperar com outros.
            No grego, metadidomi, “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8, significa passar uma parte do que tem a outrem, ficando com uma parte.
            O ato de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8 não pode ser para ostentação, mesmo porque, a orientação de Jesus é que, “[...] ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita”, Mt.6.3.
            A ideia de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8, repartir, é encontrada perfeitamente em Deus, isto porque, “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”, Tg.1.17.
            O próprio Pai “[...] contribuiu [...]”, Rm.12.8, repartindo, “[...] amando ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo.3.16.
            É por este motivo que “[...] o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.6.23.
            Em Deus podemos reconhecer a sua “[...] contribuição, com liberalidade [...]”, Rm.12.8, “porque pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.

            1 – Na expressão do amor de Deus, “[...] o que contribui, com liberalidade [...]”, Rm.12.8, é motivado a repartir, aquilo que tiver com pessoas necessitadas, dentro ou fora do Corpo de Cristo;
            2 – O possuidor do dom de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8 percebe quando e onde Deus quer usar bens que estão sob sua responsabilidade.
            O seu critério para repartir não sofre pressões de apelos financeiros, por mais válidos que sejam;
            3 – Deseja repartir evitando publicidade, isto se deve a orientação de que, “[...] ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto te recompensará”, Mt.6.3, 4;  
            Exercendo o dom de “[...] contribuir, (faça) com liberalidade [...]”, Rm.12.8.
            O possuidor do dom de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8, repartir, sabe que não é responsável por ajudar a suprir toda necessidade material que lhe aparecer pela frente.
            Como qualquer outro dom, assim também como o de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8, devo saber que, “[...] ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”, 1Co.13.3, por isso, “[...] o que contribui, com liberalidade [...]”, Rm.12.8.
            Concepções errôneas dos que não têm e não entendem o dom de repartir:
            1 – Que o possuidor desse dom quer mandar no bolso dos outros, mas é preciso saber que o único que pode ordenar é Deus, através do Espírito Santo, quando “cada um contribui segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”, 2Co.9.7.
            É por este motivo, que, “quando sacudires a sua oliveira, não voltarás a colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será”, Dt.24.20;
            2 – O possuidor do dom de repartir é tachado de egoísta por não suprir os “eu quero” de seus amigos e parentes, a despeito de ter recursos suficientes;
            3 – Muitos com o dom de “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8, tesoureiros, evitam o uso impensado dos bens de Deus confiados à sua custódia, por sentir-se responsável diante de Deus.
            Erros que o possuidor desse dom deve evitar:
            1 – Criticar irmãos que não demonstram a mesma atitude generosa que ele.
            Entenda que “a uns estabeleceu Deus na igreja [...]”, 1Co.12.28 para vários tipos de dons espirituais;
            2 – Medir a maturidade espiritual de outros irmãos pela contribuição financeira que eles dão à igreja e aos trabalhos prestados.
            A cobrança bíblica é: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito”, Lc.16.10;
            3 – Ceder às pressões para “[...] contribuir [...]”, Rm.12.8 quando ele não percebe a direção do Espírito;
            4 – Tentar controlar um projeto no trabalho de Deus, preocupado com o sustento.
            Cada crente que não tenha recebido o dom de repartir, tem, apesar disso, a responsabilidade cristã de ser generoso:
            Paulo fala sobre “[...] aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-nos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra,
como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre”, 2Co.9.6-9.
            A liberalidade é tema frequente nas Escrituras.
            [...] O Senhor ordenou [...] a toda a congregação dos filhos de Israel: [...] Tomai, do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Senhor: ouro, prata, bronze”, Ex.35.4, 5.
            Quando entre nós houver algum pobre [...] não endurecerás o seu coração, nem fecharás as mãos a seu irmão pobre”, Dt.15.7.
            Jesus nos aconselha a “[...] dar boa medida, recalcada, sacudida, transbordante [...] porque com a medida com que tivermos medido nos medirão também”, Lc.6.38.
            Não podemos pensar somente em nós, sendo consumista como o mundo é.
            Salomão declara: “O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições”, Pv.28.27.
            A “exortação aos ricos do presente século (é) que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento”, 1Tm.6.17.
            João pergunta sobre a possibilidade de “[...] possuir recursos deste mundo, e vir a nosso irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o nosso coração, como pode permanecer (em nós) [...] o amor de Deus?”, 1Jo.3.17.
            Não podemos ser generosos com aquilo que não temos ou com recurso alheio falsificando o dom de contribuir.
            [...] Ananias, com [...] Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos [...] disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus. Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou [...]”, At.5.1-5.
            Diferença entre o crente e o não-crente quando praticam boas obras:
            Todos precisam saber que o crente é “[...] salvo pela graça [...] mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Ef.2.8, 9.
            A motivação do crente contribuir é porque “[...] somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
            O interesse do não-crente nas boas obras é muito confuso.
            Os incrédulos praticam boas obras para ganhar a salvação, aperfeiçoar a sua vida espiritual ou trazer paz de consciência.
            Pela graça comum, o “[...] Pai celeste [...] faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. (Logo, devemos) [...] amar [...] (isto porque) [...] os gentios fazem também o mesmo [...]”, Mt.5.45-47, mas eles não glorificam a Deus.
Conclusão:      Paulo nos exorta: Quando você “[...] contribuir, (faça) com liberalidade [...]”, Rm.12.8, generoso, de coração.
            E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”, Cl.3.17.
           
                 
            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.

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