sábado, 8 de abril de 2017

EXAMINAR-SE.

EXAMINAR-SE

            Essas são palavras do apóstolo Paulo ao falar para os Coríntios que eles tinham por obrigação “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) a fim de saberem se havia algum deslize, desfalque, falcatrua, intriga, raiva, rancor falta de perdão contra si mesmo, contra outrem ou até mesmo contra Deus.

            Note bem que, se você não estiver bem com você mesmo devido a algum deslize, pecado, impedimento de achegar-se a Deus em oração e comunhão com os irmãos, dentro, em seu coração, não haverá sossego, você ficará incomodado a ponto de tentar se desculpar e encobrir pecados ocultos perante os olhos de Deus; lógico, isso é impossível.

            Outro fato não menos importante para se tratar quando o adorador se achega a Deus para “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) é quando ele está completamente arredio, distante, afastado de qualquer um que lhe tenha causado algum dano ou ofensa.

            Quando acontece um embate de pequena ou grande proporção a tendência é  manter-se afastado o máximo do ofensor ou do ofendido. Neste caso Jesus aconselha agir o mais rápido possível a fim de não haver mais distanciamento. Então, “se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo (enchê-lo de perguntas) entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão” (Mt 18.15).

            A situação mais complicada, mas fácil de ser resolvida é quando no ato do homem “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) ele reconhece que está em desobediência ou rebeldia contra Deus.

            A ação intricada se dá quando o homem “[...] endurece o (seu) coração (diante de Deus, então, ele) cairá no mal” (Pv 28.14). Mas quando este mesmo “[...] homem (se torna) fiel (diante de Deus em confessar e deixar o seu pecado, ele) será cumulado de bênçãos [...]” (Pv 28.20)          

            O contexto da passagem de “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) é o da Santa Ceia quando cada um tem o dever de “[...] comer do pão, e beber do cálice” (1Co 11.28), mas para que este ato possa acontecer, os membros da igreja devem se colocar na dependência de Deus e “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) e verificar se há algo no coração que os incomoda a ponto de os impedir ou envergonhar os outros membros da igreja e até mesmo denegrir a imagem do Reino de Deus.

            “Examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) é olhar para dentro de si e perceber que, de igual modo, todos os homens têm os mesmos ou piores problemas que os outros que estão ao derredor. Ninguém pode escapar por si mesmo das suas lutas e dificuldades.

            Ao “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) o homem tem condições de colocar as coisas boas para serem praticadas e alimentadas no coração a ponto de “não se furtar a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo” (Pv 3.27).

            Verdade é que o exemplo maior e mais perfeito de fazer o bem é percebido em Jesus que, “[...] a si mesmo se deu (pelos homens escolhidos) [...] a fim de (os) remir de toda iniquidade (pecado em não reconhecer o direito de cada um) e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras (em favor daqueles que não tem condições de passar pelas dificuldades desta vida)” (Tt 2.14).

            É preciso dizer a cada um do dever de buscar coragem suficiente para discordar de suas atitudes erradas, de dizer não, e verá que seus problemas poderão ser superados a partir do momento em que você tomar a atitude de “[...] dedicar-se à Lei do SENHOR” (2Cr 31.4).

            A primeira pessoa a ser criticada por você é você mesmo. Depois os outros, bem, os outros, quem deve criticar, reclamar é o próprio Deus. As palavras do rei Salomão são certeiras a respeito do homem perguntar: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados” (Lm 3.39) ou, que cada um “examine-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28).

            Fique sabendo que, quando você mente, finge e engana as pessoas, é você primeiro quem está recebendo os impactos da deslealdade. Em todo comportamento negativo que você assume, o maior prejudicado é você. Logo, os pensamentos se reproduzem. Não adianta apenas desejar o pior para os outros e o melhor para você. Mais cedo ou mais tarde você receberá a recompensa.

            Fique atento a cada erro, atitude desleal que praticar, procure substituí-los por ações novas e construtivas, que indiquem uma mudança completa em sua vida.

            Saiba que não há ninguém melhor do que você mesmo para acompanhar os seus passos. Sendo assim, reconheça as suas faltas, olhe para dentro do seu coração e perceba o quanto você precisa de mudança, renovação e transformação.

            Sim, você tem autoridade e permissão para chamar a sua própria atenção, condenar as suas próprias atitudes irresponsáveis, dar a mão à palmatória e assim, buscar regularizar a vida diante de si mesmo, diante dos homens e principalmente, diante de Deus.

            Você é responsável por “examinar-se [...] a si mesmo [...]” (1Co.11.28) e pronto.

Rev. Salvador P. Santana

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