sexta-feira, 8 de junho de 2012

DESEJAM NAMORAR

DESEJAM NAMORAR


A Palavra de Deus não relata nenhum tipo de namoro. O que existe são paqueras entre os jovens. Quando aconteceu de “[...] Isaque abençoar a Jacó e o enviar a Padã-Arã, para tomar de lá esposa para si [...]” (Gn 28.6), ao chegar perto da cidade “[...] Jacó beijou a Raquel [...]” (Gn 29.11) a sua futura esposa. É possível que este beijo tenha acontecido porque, “[...] Raquel pastora (de) ovelhas (estando no campo, longe de seu pai) [...] filha de Labão, irmão de sua mãe [...] (permitiu este beijo e, devido Jacó ter) removido a pedra da boca do poço [...] (para) dar de beber ao rebanho [...]” (Gn 29.9,10).

Naquela época, e até hoje, em alguns países do Oriente Médio, fica sob a responsabilidade dos pais arrumarem casamento para os seus filhos. Geralmente, o pai do rapaz, procura uma moça da mesma família. Como aconteceu com Abraão, Isaque, Jacó que se casou com a sua prima por parte de sua mãe Rebeca. Esses casamentos arrumados, no caso desse povo escolhido por Deus, através de Abraão, serviam para manter a mesma “[...] linhagem [...] (com o objetivo de) se apartarem de todos os estranhos [...]” (Ne 9.2) e que, ao mesmo tempo, pudessem “[...] confessar o [...] nome (do) SENHOR, e se converter dos seus pecados [...]” (1Rs 8.35).

Como os filhos estavam iniciando um novo lar, os pais desejavam que este casal mantivesse o mesmo “[...] zelo (que os seus progenitores tiveram) para com o SENHOR [...] (e) zelassem (também pela) [...] casa (de) Deus (a ponto de os) [...] consumir (queimar, alimentar de amor) [...]” (2Rs 10.16; Sl 69.9). A partir desse momento na vida do casal, como os pais precisavam se esforçar para não dar mais palpite que cabiam somente ao jovem casal, “[...] o homem (devia) deixar pai e mãe e se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Daí em diante, os afazeres domésticos aprendidos com a sua mãe, estavam totalmente entregues a jovem esposa, e as demais responsabilidades de um jovem casado, que recebera a instrução sob a tutela do pai, ele teria que assumir.

Houve alguns casos que fugiram à regra do casamento organizado pelos pais do povo de Israel. Após a fuga de Moisés para a terra de Midiã, “Moisés consentiu em morar com [...] (o sacerdote) Jetro; e ele deu a Moisés sua filha Zípora” (Ex 2.21). No dia em que “[...] os midianitas venderam José no Egito a Potifar [...]” (Gn 37.36), como ele estava longe do aconchego dos seus pais, coube a “[...] Faraó [...] lhe dá por mulher a Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om [...]” (Gn 41.45) por esposa.

Apesar de não haver namoro entre os jovens nos tempos bíblicos, esse povo aceitava como que vindo de “[...] Deus (o) ajuntamento (essa palavra fala sobre o laço do matrimônio entre um homem e uma mulher, daí o motivo de) [...] o homem não (poder) separar” (Mt 19.6). Caso houvesse alguma desavença entre o casal, e “[...] se, porém [...] viesse a separar-se, que não se casasse ou que se reconciliasse [...]” (1Co 7.11) para os dois terem condições de manter a casa, criar os filhos e chegarem juntos na velhice. O único meio mais aceitável diante de Deus para a dissolução de um casamento era “[...] se [...] (um ou outro) morresse, (daí sim) desobrigados ficariam da lei conjugal” (Rm 7.2).

Bom seria se os jovens solteiros, casados, desquitados, brigados, por algum motivo, neste dia dos namorados pensassem um pouco melhor a respeito da vida a dois. É preciso que cada um aprenda a “viver, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo [...]” (Fp 1.27) para tentar compreender o outro e superar as dificuldades. Melhor se os dois buscassem viver “[...] o amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14), mesmo porque, os seus pais não fazem mais a escolha e sim os dois que têm condições e maturidade para escolher a quem desejam namorar e tentar conhecer melhor para contrair o matrimônio.

Rev. Salvador P. Santana



Nenhum comentário:

Postar um comentário