sábado, 17 de março de 2012

ARROZ, FLORES E A LÁPIDE

ARROZ, FLORES E A LÁPIDE


“Prato de Arroz - Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele volta-se para o chinês e pergunta: – Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz? E o chinês responde: – Sim e geralmente na mesma hora que o seu vem cheirar as flores! Respeitar as opções do outro em qualquer aspecto é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Nunca julgue! Apenas compreenda” – Autor desconhecido – recebido por e-mail.

É muito interessante ver os homens olhando uns para os outros e julgando-se um melhor que o outro ou não aceitando o que o outro faz ou pensa. É comum também perceber, o quanto as pessoas costumam apontar o dedo para o erro dos outros, sem jamais perceber que a sua vida não vai muito bem. Percebe-se com facilidade que existem muitos corações feridos, arrebentados, com ódio, sem o mínimo de interesse de ao menos olhar para o seu ofensor. Ouve-se frequentemente que este ou aquele não deseja nem ver o seu rival passando em frente à sua casa. Caso ele venha por esta calçada, o oponente desvia ou interrompe a sua caminhada. Tais homens são como o ditado: “Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento”.

Certa vez Jesus falou uma palavra muito apropriada para todos esses problemas que o homem enfrenta no seu dia a dia. Como Ele é o verdadeiro “[...] bom pastor [...] (que) conhece as (suas) ovelhas [...]” (Jo 10.14), é certo que Ele tem total autoridade para admoestar e “[...] mostrar o caminho por onde (os discípulos) haverão de andar [...]” (Dt 1.33). E outra, somente “[...] o SENHOR (é o único que) sonda os corações (mesmo porque) todo homem (pensa que o seu) caminho [...] é reto (mas isso é apenas) aos seus próprios olhos [...]” (Pv 21.2). Por este motivo e muitos outros que poderiam ser alistados aqui, é que Jesus determina aos seus servos: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados” (Lc 6.37).

Não existe cristão no mundo que possa declarar que essa atitude que Jesus requer dos seus seja fácil. Para viver de forma agradável a Deus é com muito esforço. Esse fato é tão verdadeiro que Paulo declara que “[...] todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2Tm 3.12). Essa perseguição pode ser acometida pelas pessoas que estão dentro da igreja, da casa, ou as que estão fora dela. Alguns exemplos bíblicos mostram que “[...] aquele (Judas Iscariotes) que comeu do pão (que) Jesus (ofereceu) levantou contra Ele seu calcanhar” (Jo 13.18). Para comprovar, faça uma releitura da traição de Judas Iscariotes. É possível que alguém queira dizer que Jesus pôde suportar porque era Deus encarnado. Pelo contrário, outros servos de Deus aguentaram tamanha oposição. Volte o olhar para José do Egito que foi vendido por seus irmãos; do pastor de ovelhas, Davi, que fora perseguido para ser morto pelo rei Saul; da cobiça de Ló, sobrinho de Abraão, ao escolher, supostamente, a melhor parte da terra; dos “[...] oitenta e cinco homens que vestiam estola sacerdotal de linho (que) Doegue, o edomita [...]” (1Sm 22.18) matou por ordem do rei Saul; do sofrimento que “[...] Jó [...] (enfrentou, mesmo sendo) homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1.1). Todos esses exemplos servem para que cada um cresça espiritualmente. Em meio as dores é possível “suportar uns aos outros [...] assim como o Senhor Jesus [...]” (Cl 3.13) fez.

Diante da ordem de Jesus para “não julgar [...] não condenar [...]” (Lc 6.37) é melhor analisar bem a própria vida. Fazer uma busca incessante dentro do coração para perceber onde está o erro, o defeito que se oculta lá no profundo, o qual, o proprietário, tem vergonha de expor. É melhor nem olhar para o prato de arroz, nem para as flores e muito menos para a lápide do seu vizinho, se não, você “[...] será julgado [...] e [...] será condenado [...] (o melhor a fazer é) perdoar [...] (para) ser perdoado” (Lc 6.37) por Aquele que é capaz e conhece tudo.

Rev. Salvador P. Santana

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