quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Rm.5.1-5 - O PRODUTO DA FÉ

O PRODUTO DA FÉ Rm.5.1-5 Introd.: Quando se fala de produto é porque algo foi plantado para receber o seu fruto. No dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero afixou as 95 teses na capela de Wittenberg para que fossem discutidas pelos professores; desse dia em diante o povo passou a buscar a fé verdadeira que há muito havia sido esquecida. Nar.: Paulo nos fala sobre os resultados da fé implantada em nosso coração por meio de Cristo Jesus. Propos.: O desejo do apóstolo é mostrar que a fé que temos em Deus não deve ser inerte, mas operante. Trans.: O produto da fé proporciona... 1 – O fruto da paz. Após falar sobre a “justificação... (a qual é) pois, mediante a fé, (Paulo diz que) temos paz com Deus...”, Rm.5.1. A “... paz... (é o produto da) fé... por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1. A “... fé (mais a) justificação... (que é um ato de) Deus...”, Rm.5.1 como juiz declarando o homem justo, tem como resultado a “... paz com Deus...”, Rm.5.1. Essa “... paz...”, Rm.5.1 indica todas as variedades de bênçãos favoráveis a nós que cria o sentimento de bem-estar. A “... paz com Deus...”, Rm.5.1 proporciona harmonia e unidade entre as relações do homem com o seu próximo e principalmente com o seu Deus. Ainda que grande parte da superfície do oceano da existência seja agitada pelo vento, no profundo do mar a (nossa alma) continua a reinar a “... paz com Deus...”, Rm.5.1. Essa “... paz...”, Rm.5.1 é oposta a anterior inimizade criada pelo pecado, logo, o fruto da fé é o caminho da reconciliação com Deus. A base de toda essa paz é a obra de Cristo na cruz do calvário. Eis a razão de o apóstolo dizer: “... por meio de nosso Senhor Jesus...”, Rm.5.1, o único perfeito. Por meio de Cristo recebemos todas as bênçãos espirituais, o produto da fé, a nossa “... paz com Deus...”, Rm.5.1. Outra recompensa é... 2 – A liberdade de acesso. Não é somente a paz que é produzida, mas também o livre acesso. O acesso é a permissão ou liberdade de chegar mais perto de Deus para comunicar-se com ele através de Jesus. Não existe diferença de doador, ele é o mesmo, o próprio Cristo. “Por intermédio de (Jesus entramos em um estado de) ... graça...”, Rm.5.2. É somente através do nosso Mestre que temos acesso à alegria da esperança da glória de Deus. É “por intermédio (dele, Jesus) ... (e) pela fé, (colocada em nosso coração que nos mantemos) firmes...”, 2. Sabemos que a glória de Deus é o fim para o qual ele criou o homem. Por isso “... gloriamo-nos...”, Rm.5.2, temos orgulho, louvamos e nos alegramos por causa dessa liberdade alcançada. O nosso desejo deve ser o de estar com Cristo neste mundo e no porvir. Devemos saber que enquanto estivermos neste mundo será apenas uma esperança. Mas graças a Deus que a liberdade de acesso é garantida enquanto “... estivermos firmes...”, Rm.5.2 em Jesus. E a nossa maior “... esperança (é de que um dia possamos estar juntos na) glória (diante da honra, da majestade e do brilho) de Deus”, Rm.5.2. Eis o motivo da certeza do cumprimento - Cristo é a nossa esperança. O acesso direto a Deus, a ousadia de conversarmos com ele, o direito à liberdade, esse é o produto da fé que recebemos. O produto da fé fala de... 3 – Exultação. O objeto da alegria é inesperado – tribulação. No latim é tribulum – o mangual – instrumento utilizado na debulha de grãos, constituído por um cabo e um batedor de madeira unida por correias. Tribulação nada mais é do que aflição, tormento, contrariedade, adversidade. Primeiro o apóstolo diz que o cristão se alegra na graça de Deus depois fala que temos liberdade de acesso. Agora ele diz que “... nos gloriamos (ter orgulho, louvar, alegrar) nas próprias tribulações...(?)”, Rm.5.3. Quando somos aprovados, aí sim, ficamos alegres. Mas não para por aí; após a experiência das “... tribulações...”, Rm.5.3 temos o que mais pode nos causar a maior alegria: “... a esperança”, Rm.5.4 de uma nova vida, de um futuro melhor, de um encontro com Cristo Jesus nos ares e na mansão eterna. O produto da fé... Conclusão: Nos aponta a verdadeira esperança. Diz o verso 5: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”, Rm.5.5. O maior e melhor produto da fé é “... a esperança...”, Rm.5.5. Não adianta reclamar, o Dr. Lucas, companheiro de Paulo e escritor de um dos evangelhos e de Atos dos Apóstolos já dizia: “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.”, At.14.22. A alegria é porque sofremos? Não. A nossa maior alegria é porque sabemos que somos fracos, mas Deus é forte e sempre estará pronto para socorrer aqueles que o buscam. As tribulações irão nos levar a fraquejar? Não, pelo contrário, iremos “... nos gloriar nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;”, Rm.5.3. “... Nos gloriamos...”, Rm.5.3, orgulhamos, louvamos e nos alegramos em Deus nos sofrimentos por considerar uma hora sofrer por Cristo. Se os sofrimentos são intensos a ponto de criar desespero, pode tornar uma força poderosa, “e não somente isto, mas também... (porque) a tribulação produz perseverança;”, Rm.5.3 para servir e seguir a Jesus Cristo. Ou seja, a paciência espiritual que tem como resultado o aprimoramento da atitude do cristão por nos proporcionar “... experiência...”, Rm.5.4 para a vida cristã. Veja que “... a perseverança...”, Rm.5.4 é repetitiva para ser inculcada em nossa mente e coração. Perceba que “... a experiência... (nos dá) esperança.”, Rm.5.4 de vida eterna, vida abençoada com Deus. Quando atribulados, é preciso dar livre acesso ao Espírito Santo para transformar a nossa pessoa. A não ser que o Espírito não esteja agindo em seu interior, o resultado só será amargura e desencorajamento. A alegria de suportar a tribulação só nos traz recompensas. “...A tribulação produz perseverança e a perseverança, experiência...”, Rm.5.3, 4 para dias melhores. Ou seja, é a prova do resultado, a aprovação. Ela não desaponta nem engana e “... não confunde...”, Rm.5.5 trazendo engando ao nosso coração. O texto é claro: “... porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo...”, Rm.5.5. Paulo bem sabia em quem podia confiar, na própria trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Assim como Paulo, devemos buscar o produto da nossa fé: a nossa paz, o livre acesso, a nossa alegria e a nossa esperança na glória porvir “... porque... Espírito Santo, que nos foi outorgado (dado).”, Rm.5.5 nos garante todas essas bênçãos. Rev. Salvador P. Santana

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