sexta-feira, 13 de novembro de 2020

DECISÃO.

 DECISÃO

            Tomar uma decisão não é nada fácil. Para um relacionamento conjugal é preciso pensar muito bem antes do enlace matrimonial porque os dois precisam viver juntos. No trânsito é preciso pensar rápido para agir em milésimos de segundos para não ser pego de surpresa em acidentes que podem tirar a vida. Em uma discussão a decisão errada pode obrigar você chamar a polícia para intervir, comparecer perante o juiz ou você pode chegar às portas da morte.

            A decisão que Adão e Eva tomaram foi cruel e as consequências se refletem até hoje. É possível que o casal Adâmico teve tempo para pensar a respeito daquilo que deviam fazer, mas a determinação foi prejudicial às suas vidas. “[...] Adão [...] (simplesmente) atendeu a voz de sua mulher e comeu da árvore que Deus [...] ordenara não comesses (por isso) maldita é a terra por [...] causa (de Adão); em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de sua vida” (Gn 3.17).

            Quando “[...] enviou Davi mensageiros (a Bate-Seba) que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela [...]” (2Sm 11.4), tudo indica que ele estava completamente fora de si. A sua mente estava totalmente descontrolada. As consequências foram trágicas para eles e toda a sua posteridade. Logo após o fato ocorrido, Deus declara que ele “[...] o fez em oculto, mas Deus faria isto perante todo o Israel e perante o sol” (2Sm 12.12). Este fato aconteceu na vida de Davi porque “[...] nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido” (Mt 10.26).

            Um dos filhos de Jacó tomou uma decisão nada agradável nem para ele e muito menos para toda a sua família, especialmente para Jacó, seu pai, porque a decisão ficou gravada para o resto da vida. Não se sabe o motivo, mas “[...] aconteceu que, habitando Israel naquela terra (próximo a Belém), foi Rúben e se deitou com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube [...]” (Gn 35.22). É provável que Jacó guardou esse segredo até o dia da bênção profética proferida a seus filhos.

            “Rúben [...] (era) o primogênito de Jacó [...]” (Gn 35.23). Por causa da decisão impensada, perdeu para Judá esse status. No dia da bênção de Jacó a todos os seus filhos, o genitor resolveu não guardar mais o segredo do adultério. “[...] Chamou Jacó a seus filhos [...] (para os) fazer saber o que [...] havia de acontecer nos dias vindouros” (Gn 49.1). O primeiro que compareceu para receber a bênção foi o primogênito. Então, Jacó disse a respeito do filho adúltero: “Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porque subiste ao leito de teu pai e o profanaste; subiste à minha cama” (Gn 49.3, 4). Quão decepcionante é para muitos quando uma decisão errada que você tomou é exposta quando a família está reunida.

            Fique atento a tudo quanto você faz e veja se faz direito. Jesus declara que “[...] contas serão pedidas a esta geração” (Lc 11.51) e Paulo declara que “[...] cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).

            Que as suas decisões sejam pensadas e repensadas para não cair em erro, desgraça, desespero e carregar para o resto da vida uma mágoa, um ressentimento de não ter feito aquilo que seria o mais conveniente para a vida. Por isso, “tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Ec 9.10).

            Que Deus abençoe você em todas as suas decisões para que, “[...] quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28).  

Rev. Salvador P. Santana 

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