quinta-feira, 20 de agosto de 2020

INFLUENCIADO.

INFLUENCIADO

            A influência pode ser benéfica ou maléfica na vida de todos os homens.  Os homens têm a oportunidade de serem influenciados desde o ventre materno até seus últimos dias de vida neste mundo.

            Não é à toa que o profeta Isaías, 700 a.C., cobrava dos anciãos de Israel dizendo-lhes para “aprender a fazer o bem; atender à justiça, repreender ao opressor; defender o direito do órfão, pleitear a causa das viúvas” (Is 1.17), mas, parecia que  não davam ouvidos à esta mensagem.

            Esse tipo de cobrança quer dizer que havia maldade em cada coração, os juízes se tornaram corruptos, o homem impiedoso agia de forma a maltratar, desfigurar os mais fracos, os mais necessitados não tinham a quem recorrer. Por este motivo Isaías volta a dizer: “Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas” (Is 1.23).

            Os mais fracos estavam totalmente dependentes dos mais poderosos, então , não havia outra opção a não ser Deus agir em favor dos necessitados e “[...] os punir com quatro sortes de castigos, diz o SENHOR: com espada para matar, com cães para os arrastarem e com as aves dos céus e as feras do campo para os devorarem e destruírem” (Jr 15.3).

            Deus cumpriu com a sua promessa de juízo e, no ano de 586 a.C. Deus “[...] lançou fora (de Judá os poderosos, os príncipes, os sacerdotes, os fracos, os doentes levando-os para a Babilônia) [...] para uma terra que não conheciam, nem eles nem seus pais, onde serviram a outros deuses, de dia e de noite, porque Deus não usou de misericórdia para com eles” (Jr 16.13).

            Veja que todo esse sofrimento podia ter sido evitado com a aplicação de influências boas de uns para com os outros. Mas, acontece que nem todos os homens conseguem “[...] fazer o bem e (o pior) não [...] fazendo (desconhecem que) nisso estão pecando” (Tg 4.17).

            Desde quando entrou o pecado no mundo, “viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5), é por este motivo que um contamina o outro, um influencia o outro para o mal; poucos procuram o caminho direito. Para mudar essa história é somente o “[...] SENHOR [...] que (pode) [...] conduzir (aquele que deseja) por um caminho direito [...]” (Gn 24.48) a fim de influenciar para o bem.

            Ao ler as histórias dos reis de Israel é patente aos olhos as maldades, as más influências que eles deixaram a seus filhos e estes as seguintes gerações. O rei Davi teve sete mulheres, “[...] afora [...] as concubinas [...]” (1Cr 3.9) que não é preciso afirmar quantas foram.

            O filho de Davi, Salomão, influenciado pelo pai, “tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas [...]” (1Rs 11.3). Um absurdo ou faltou bom senso para saber que nem todas tiveram condições de ter um bom relacionamento com seu marido. Caso Salomão tivesse disposição física e sexual para conhecer a cada três dias uma mulher, em um ano ele conheceu cento e vinte e cinco mulheres. Sendo assim, para conhecer as mil mulheres, o tempo estimado seria de oito anos. Ou seja, Salomão ajuntou mulheres apenas para se exibir diante dos demais reis da sua época. Que mal exemplo ele deixou para seus filhos!

            Essa má influência passou de pai para filho e “Roboão tomou por esposa a Maalate [...] depois dela, tomou a Maaca [...] (e, devido a tantas mulheres) amava Roboão mais a Maaca, filha de Absalão, do que a todas as suas outras mulheres e concubinas; porque ele havia tomado dezoito mulheres e sessenta concubinas [...]” 2Cr 11.18, 20, 21). Leia a história dos reis e verá que muitos aprenderam a maldade com seus próprios pais e isso é lamentável.

            A lista é imensa de más influências dos pais a seus filhos e, “[...] até (chegar a) Cristo [...] (passaram-se quarenta e duas) gerações [...]” (Mt 1.17) o qual “[...] veio salvar o que estava perdido” (Mt 18.11), o único para ser imitado “porque Jesus [...] deu o exemplo, para que, como ele [...] fez, (todos os homens devem) fazer [...] também” (Jo 13.15) para transmitir a outras gerações.  

            Rev. Salvador P. Santana 

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