sábado, 21 de abril de 2012

DEUS E O STF

DEUS E O STF


“O Supremo Tribunal Federal decidiu [...] por 8 votos a 2, que as mulheres têm o direito de interromper a gravidez de feto anencéfalo. Após mais de 12 horas de discussão [...] a maioria dos ministros entendeu que a anencefalia inviabiliza a vida após o parto e que a legislação brasileira criminaliza apenas o aborto de fetos que se desenvolvem sem essa anomalia [...] prevaleceu a tese de que é desproporcional proteger o feto anencefálico, que não sobreviverá, em detrimento da saúde da gestante [...]” – STF libera aborto de fetos anencéfalos – Felipe Seligman e Johanna Nublat – De Brasília – C1 – Cotidiano – Folha de São Paulo, sexta-feira, 13 de abril de 2012.

Parece pouco , os assassinos profissionais, as milícias que aterrorizam no Rio de Janeiro, os policiais que fazem justiça por conta própria, os abortos clandestinos, os pais que sufocam seus filhos até a morte, as drogas que não combinam com o trânsito e que a cada dia ceifa famílias inocentes, o número cada vez maior de armas de fogo nas mãos de bandidos, os assaltos relâmpagos que sempre terminam em morte, a proliferação do crack que vicia de crianças até adultos nas grandes, médias e pequenas cidades; agora surge o STF dizendo que “[...] interromper a gravidez nesse caso não é crime”.

De fato, a vida do homem não tem mais valor. Os alimentos e as vestes tem lugar de primazia em detrimento ao homem. Os animais de estimação tem lugar garantido dentro dos lares, enquanto muitas famílias estão desabrigadas, sem teto, sem comida, sem veste, sem proteção, sem carinho. Hoje quem é pego espancando um animal possívelmente será preso e terá que pagar fiança, mas quem atropela e mata, esquarteja e vende pedaços disfarçados em salgados, fica impune. A cada dia que passa, o homem perde o senso de dever para com o próximo, o qual deve “[...] amar o [...] próximo como a ti mesmo” (Mt 19.19). O outro absurdo é que esse mesmo homem chega ao ponto de “[...] matar um homem porque ele (o) [...] feriu; e um rapaz porque [...] (o) pisou” (Gn 4.23).

Surpreenda-se! O homem precisa entender que ainda pertence a Deus o poder de “[...] matar e [...] fazer viver [...] (de) ferir e [...] (de) sarar; e não há quem possa livrar alguém da (sua) [...] mão” (Dt 32.39). Mas, como os juízes decidiram aprovar a matança, não fique a pensar que eles são os donos da vida e que as mulheres grávidas, aliadas às clínicas, irão sair por aí tirando a vida de todos os anencéfalos ou outro que tenha alguma sequela. A resposta é um NÃO em letras garrafais. É preciso passar pelo crivo de Deus para toda essa questão de vida ou morte, mesmo que seja um acordo firmado entre o paciente e a clínica de aborto.

Não tem conversa; “[...] os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27) até mesmo nesta situação de anencefalia. Ora, se é o próprio Deus “[...] que por modo assombrosamente maravilhoso [...] forma [...]” (Sl 139.14) “[...] os ossos no ventre da mulher grávida [...]” (Ec 11.5), Ele pode e tem poder para conservar a vida de qualquer criança, com qualquer problema físico ou genético para, até mesmo, “[...] se manifestar (nesta criança) [...] as obras de Deus” (Jo 9.3) ainda que seja para ela continuar viva. Compreender essa ação de Deus, é somente possível “pela fé [...] (tal como é possível) entender que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hb 11.3).

É possível você não aceitar que Deus está no controle total de todas as coisas e muito menos que Ele é o autor e conservador da vida. Para o seu conhecimento, “no céu está o [...] Deus (Todo-Poderoso) e tudo faz como lhe agrada” (Sl 115.3). Caso Deus permita alguém nascer com algum problema que o homem não queira aceitar ou ,passar na mente humana que esta criança deve ser abortada, ainda assim, não há como escapar, mesmo porque, “o SENHOR faz o que quer, tanto no céu como na terra, tanto nos mares como nos oceanos profundos” (Sl 135.6 – NTLH). Na verdade, “[...] quem o pode impedir? Quem lhe dirá: Que fazes?” (Jó 9.12). O homem precisa “saber que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28), portanto, Deus prevalece sobre qualquer decisão do STF e ponto final.

Rev. Salvador P. Santana

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