sábado, 18 de fevereiro de 2012

INFIDELIDADE DO POVO

INFIDELIDADE DO POVO


Carnaval é a maior festa popular brasileira conhecida mundialmente. Quando o crente participa do carnaval ele se torna infiel para com Deus. As origens do carnaval – No Egito antigo festejava suas grandes divindades, o boi Ápis e Isis. O povo participava com procissões e oferendas, músicas e danças, num misto de devoção e euforia coletivas. Costumava-se fazer a festa ao boi Ápis pintando um boi branco com vários símbolos e cores, saiam pelas ruas com toda sociedade egípcia fantasiada ou mascarada e em grande devassidão, até que, finalmente, no rio Nilo, afogasse esse boi. Na Grécia antiga a festa era oferecida em forma de culto a Dionísio, o deus do vinho, e em sua homenagem o povo bebia e se embriagava, saía em grandes procissões com toda sensualidade e devassidão (imoralidade sexual). No império romano havia vários costumes para agradar a todos, daí, o início de carnavais.

Dezembro era a festa à Saturno. Em fevereiro as lupercais: cortejo dos sacerdotes do deus Pã, chamados lupercos, que despidos e sujos de sangue, misturavam-se às multidões. Março: com grande algazarra se fazia a festa ao deus Baco, os conhecidos bacanais, que era possivelmente, a maior celebração popular antiga. Os participantes, embriagados, cometiam todo tipo de crime. Nessa festa os participantes, tais como os hindus, usavam máscaras e invocam seus antepassados mortos e lhes prestavam homenagem. As diversas classes sociais se misturavam desfazendo as igualdades. A ordem pública é quase abolida, o comércio e as repartições públicas fecham as portas e a imoralidade domina.

O carnaval veio para o Brasil com os colonizadores. No início estava vinculado à classe mais nobre e com o tempo começou a ser celebrado por todas as classes sociais – regiões mais influentes do período colonial – Bahia e Rio de Janeiro. Reinado de momo – mitologia grega – deus, filho do deus Sono e da deusa Noite, que no Olimpo (mais alta montanha da Grécia), criticou as maravilhas feitas pelos deuses Netuno, Vulcano e Minerva, o que provocou a sua expulsão de Olimpo, vindo para o reino dos homens na terra, sorrindo como se nada tivesse acontecido. Perdido neste mundo com seus olhos escondidos por uma máscara, passou a observar todas as ações divinas e humanas, e nelas encontrou motivos para se divertir e fazer suas zombarias. No carnaval predomina toda espécie de escárnio, zombaria bizarra, exatamente como o comportamento de Momo, considerado o rei do carnaval.

Deus manda Moisés acusar o povo de infidelidade ao dizer que “[...] o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se”, Ex.32.6. Seis semanas haviam passado desde a saída do povo do Egito. O desejo aguçou os seus corações por uma imagem visível. O povo achou difícil andar pela fé no Deus vivo, logo, pediram para “[...] Arão fazer deuses feitos (com as próprias mãos) que vão adiante de nós [...]” (Ex 32.1) – tal como os carros alegóricos. O povo caiu na infidelidade. Não seja infiel para com Deus. A infidelidade do povo se mostra através da servidão a outros deuses quando Arão “[...] recebeu das mãos (do povo), trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Ex 32.4). Um mês e meio foi o prazo para o povo escolher “[...] um bezerro fundido [...]” (Ex 32.4) em lugar do Deus criador. Israel tropeçou no segundo mandamento, pois “não (devia) fazer para (si) imagem de escultura [...]”, Ex.20.4. Ao invés de um líder humano, Moisés, ou um líder forte, o Senhor dos Exércitos, o povo buscou “[...] um bezerro [...]” (Ex 32.4). O povo se rendeu à idolatria só pelo fato de “[...] ver [...] que Moisés tardava em descer do monte [...] (e) não saber o que lhe teria sucedido”, Ex.32.1. Toda responsabilidade caiu sobre a vida de “[...] Arão (que foi) acercado (ameaçado) [...]” (Ex 32.1). O povo não pediu um sacrifício ao Senhor e nem confessou seus pecados, o desejo era de “[...] deuses feitos [...]” (Ex.32.1). Parece que “[...] Arão [...] (tentou barrar esse pecado ao pedir-lhes:) Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei” (Ex.32.2), mas o povo insistiu em cultuar outros deuses “[...] tirando das orelhas as argolas e as trouxe a Arão” (Ex 32.3). Essas argolas eram usadas como amuletos e associadas a práticas supersticiosas. Devido a esse pecado, de ser um “[...] povo de dura cerviz [...] (foram obrigados a) tirar [...] os atavios [...]” (Ex 33.5). O povo desejava voltar ao passado. Não caia na idolatria de participar do carnaval.

O povo se tornara infiel adotando o sincretismo religioso. “Arão [...] edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao SENHOR” (Ex 32.5). O desejo era servir ao Senhor e ao deus estranho ao mesmo tempo. Na “[...] madrugada (hora das orgias eles) [...] se assentaram para comer e beber e (se) levantaram para (se) divertir” (Ex 32.6). O primeiro mandamento fora violado pois é obrigação dos servos de Deus “não ter outros deuses [...]” (Ex 20.3); eles preferiram o bezerro. Quebraram o segundo mandamento, o qual ordena para “não fazer [...] imagem de escultura [...]” (Ex 20.4); eles fizeram um bezerro. O terceiro mandamento foi afrontado brutalmente, pois “não (deviam) tomar o nome do SENHOR [...] Deus, em vão [...]” (Ex.20.7); disseram que fariam uma festa ao Senhor. O sétimo mandamento traz a ordenança para “não adulterar” (Ex 20.14); “levantaram-se para divertir-se” – divertir no hebraico se refere a prática sexual. Na entrega total a bebedice é possível se ver a nudez. Para abrandar a ira de Deus o povo “[...] edificou um altar [...]” (Ex 32.5). “No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas [...]” (Ex 32.6). Os homens de hoje copiaram com muita facilidade os pecados desse povo. Saem para folia os quatro dias, na quarta-feira, tentam levantar um altar.

A infidelidade do povo é condenada pelo Senhor. Deus não está feliz com aqueles que já planejam pular nos dias deste carnaval. A resposta de Deus para esses é única: “[...] deixa-me, para que se acenda contra eles o meu furor [...]” (Ex 32.10). Insistindo na infidelidade “[...] eu os consumirei [...]” (Ex 32.10) em meio às drogas, prostituição, acidente, sofrimento, desordem familiar. Deus agiu assim porque já não os considerava como seu povo ao “[...] dizer [...] (para) Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu” (Ex 32.7). O coração daquele e deste povo “[...] depressa se desviou do caminho que Deus o havia ordenado [...]” (Ex 32.8). Em quem a pessoa pensa quando está pulando carnaval? No “[...] bezerro (deus) e o adora, e [...] sacrifica [...] dizendo: São estes [...] os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Ex 32.8).

Cuidado com a festa que você tem participado. Não seja infiel. É possível que “[...] o SENHOR [...] tenha visto [...] (você como) povo de dura cerviz” (Ex 32.9), e, por este motivo, Deus pode tomar outro em seu lugar “[...] e [...] fazer (dele) uma grande nação”, Ex.32.10 e você pode ficar de fora. Não seja infiel.

Rev. Salvador P. Santana

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