sábado, 17 de dezembro de 2011

FOI ASSIM

FOI ASSIM


É interessante notar o relato do evangelista Mateus sobre o nascimento de Jesus Cristo. O relato tem um único propósito; mostrar ao mundo que nasceu o Salvador. O evangelista se preocupa em mostrar aos judeus que Jesus é descendente de Abraão e que o acontecido fora algo sobrenatural.

Em muitos corações tem havido dúvidas quanto à divindade de Cristo. Mas quando o texto bíblico é analisado, percebe-se que está implícita a Sua Filiação, portanto, a Sua Divindade.

Mateus relata que “[...] o nascimento de Jesus Cristo foi assim [...]” (Mt.1.18). Afinal, como foi esse “[...] assim [...]”? Será que José levou Maria ao hospital mais próximo com toda sofisticação da época? Não! É preciso olhar noutros textos para perceber que o nascimento de Jesus fora um grande sofrimento para José e Maria.

Primeiro sofrimento – Além de Maria ter de passar pela transformação de todo o seu corpo, dores no parto e a intensa preocupação pelo nascimento de seu filho, foi ameaçada de ser deixada sem nenhuma assistência pelo “[...] seu esposo, José, (e esse abandono seria feito) [...] secretamente” (Mt.1.19). Caso “[...] um anjo do Senhor (não tivesse) aparecido (para José), em sonho [...] dizendo: [...] (para) não temer receber Maria [...] porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt.1.20), José teria cumprido o seu intento.

Segundo sofrimento – Maria percorreu uma distância de 120 Km ao “[...] subir [...] da cidade de Nazaré, para [...] à cidade de Davi, chamada Belém [...]” (Lc.2.4), provavelmente em cima do lombo de um burro. (Se um burro andar 30 a 40 km/dia; e no caso de Maria e José, o burro devia ser velho devido as suas posses, eles devem ter gastado mais ou menos 4 dias de viagem).

Terceiro sofrimento – Não havia hospedaria. Como “naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se” (Lc.2.1), a cidade ficou superlotada, daí, “[...] não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc.2.7).

Quarto sofrimento – “[...] o seu filho primogênito [...] (fora) deitado numa manjedoura [...]” (Lc.2.7), ou seja, num cocho – lugar de colocar comida para os animais. Não existe nada pior para os pais perceberem que seu filho está para nascer e não tem nenhum lugar adequado para o seu repouso. Coloque-se no lugar desse casal!

O nascimento de Jesus foi “[...] assim [...]”, sofrido, dolorido, cheio de dificuldades, e isto, logo após a concepção pelo Espírito Santo de Deus.

Através deste sofrimento é possível aprender lições preciosas para a vida neste mundo. Nem tudo é cheio de flores e maravilhoso neste mundo como muitos imaginam. É preciso saber que o sofrimento faz parte da vida, apesar de que este não é o plano de Deus. É possível aprender que alguém pode negar andar com você a qualquer momento, e, principalmente, quando você mais precisar, e o pior, geralmente aquele em quem você mais confia. Aprenda a andar, se preciso, até “[...] duas milhas (3Km)” (Mt.5.41).

Nem todos os recém nascidos neste mundo irão encontrar um berço esplêndido; muitas vezes o cocho será o repouso, ou, talvez, o próprio chão. E, o melhor aprendizado que o homem pode obter é que o SALVADOR do mundo nasceu para “[...] salvar mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt.3.5) e tirá-lo do poço de lama de pecado. É dever de casa aprender que o grande amor de Deus pelo homem é sobrenatural, e que, “[...] foi assim [...] o nascimento de Jesus Cristo [...]” (Mt.1.18) o meio pelo qual Deus providenciou a salvação do homem perdido.

Quem conhece essas verdades se esforça para dedicar-se Àquele que “[...] se fez carne e habitou entre nós [...] (o qual) a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo [...]” (Jo. 1.14; Fp.2.7).

Deus te abençoe!

Rev. Salvador Santana

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