sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FIM DE PAPO

FIM DE PAPO


Basta uma única pessoa marcar com o seu colega um encontro em algum botequim do bairro. Este convida outro, que convida outro e outro até que o bar esteja totalmente lotado a ponto de as mesas serem colocadas nas calçadas e debaixo das árvores. E olha que esse encontro se repete pelo menos uma vez na semana, ou se brincar, todos os dias. Basta uma das duas maiores torcidas de futebol saber que os times do Flamengo ou do Corinthians irão jogar neste ou naquele estádio, rapidamente, as torcidas organizadas, de todos os estados brasileiros, superlotam as arquibancadas. As demais atividades também são fáceis de ajuntar várias pessoas ao mesmo tempo. Opa! Vai haver excursão, estou dentro!; vou pescar. Rapidamente os colegas se reunem para arrumar o barco, linha, anzol, chumbada; um churrasco,- Pode deixar que eu levo o fósforo!; uma festa de aniversário,- É só me dizer onde fica!; um comício político, -Gosto de ouvir a opinião de todos; uma pedalada,- Me empresta uma bicicleta; caminhada, -É só colocar o tênis!; estudar,- Gosto de matemática.

Praticamente, em todos os relacionamentos sociais, basta apenas um convite para que o outro participe, mas existe um que, muitas vezes, a solicitação não funciona e o convocado se esquiva de todos os modos ao máximo que pode. Quando se trata de algum convite para participar de um culto religioso, muitas vezes, nem adianta insistir, pois se não houver, da parte de “certa [...] (pessoa convidada o desejo de ser) temente a Deus [...] (para) escutar (com atenção o convite, e se caso) [...] o Senhor (não) lhe abrir o coração para atender às coisas [...] faladas” (At.16.14) a respeito do reino dos céus; tudo isso será “[...] em vão [...]” (Sl.127.1). Caso não haja a operação do Espírito Santo de Deus na vida do homem pecador, este, de modo algum “[...] terá prazer em saber (sobre) os meus caminhos (do Senhor) [...] (nem) terá prazer em se chegar a Deus” (Is.58.2). Eis o motivo de muitos “[...] deixarem de congregar (ou até mesmo de nunca participar, e este) [...] costume [...]” (Hb.10.25) vem de épocas não recentes.

Veja bem como Deus opera desde tempos antigos no coração do homem para que este tenha disposição e “alegria quando (lhe) [...] disserem: Vamos à Casa do SENHOR” (Sl.122.1). O achegar-se a Deus, ou, simplesmente, a inteira disposição de frequentar a casa de culto “[...] não depende de quem quer ou de quem corre (melhor), mas de Deus usar a sua misericórdia” (Rm.9.16) para este ou aquele participar desta ou daquela atividade na igreja. Foi exatamente desta forma que Deus agiu na vida de Martinho Lutero em 1517. Ninguém precisou falar para o monge alemão sobre o amor de Deus. Após constantes leituras da Bíblia o próprio “[...] Deus se revela (ao jovem reformador) no evangelho [...] (que) o justo viverá por fé” (Rm.1.17) e isso foi o bastante para ele dar início à Reforma Protestante.

Com João Calvino e com todos os homens na face da terra não foi diferente . É preciso Deus tocar em cada coração assim como aconteceu no início do mundo de “[...] o SENHOR Deus chamar ao homem (Adão) [...] perguntando-lhe: Onde estás?” (Gn.3.9). Desta forma Deus fez com o jovem francês, recém formado em advocacia, levando-o à conversão a Cristo no ano de 1533 para dar continuidade, sistematizar a doutrina calvinista e expandir o protestantismo reformado em toda a Europa para depois se espalhar para todos os continentes.

Esse protestantismo espalhado por toda a face da terra é exclusividade de Deus que não falha em sua obra de “[...] conduzir (homens) [...] ao arrependimento [...]” (Rm.2.4). Note bem que se o próprio Senhor da vida não levar o homem a Cristo, jamais este mesmo homem terá condições de levar multidões à igreja como acontece com os encontros que promovem alegria passageira neste mundo. Isto acontece pelo simples motivo de “[...] muitos serem chamados (por Deus), mas (são) poucos (os) escolhidos” (Mt.20.16) e fim de papo.

Rev. Salvador P. Santana

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