sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MUITO OU POUCO RECURSO

MUITO OU POUCO RECURSO


A pobreza é muito relativa. Alguns são “[...] pobres, mas enriquecem a muitos; (outros) nada tem, mas possui tudo”, 2Co.6.10. Humanamente falando é muito estranho pensar desta forma porque mais de 90% da população mundial não “[...] possui recurso deste mundo, e [...] (a todo instante) padece necessidade [...]”, 1Jo.3.17. Muitos destes, além de não terem o que comer e vestir, são privados do teto, do saneamento básico, do trabalho, da assistência médica, do direito à educação, ao lazer e até mesmo do descanso. O restante da população, cerca de 10%, detém toda a riqueza da terra, é possível até que eles costumem “[...] dizer: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, (mas é preciso) [...] saber que (segundo o conceito de Deus, esse homem) [...] é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”, Ap.3.17.

O filho de Deus não tem necessidade de possuir bens materiais deste mundo para ser considerado rico. Para o bem da verdade, tudo quanto o homem possui não é dele, pois todas as coisas “[...] que agora existem e a terra [...] têm sido entesourados para fogo [...]”, 2Pe.3.7 e ninguém poderá levar nada daquilo que tenha conseguido ajuntar. O próprio Jesus aconselha a “não acumular [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”, Mt.6.19. Não queira pensar que, a partir deste momento, você deva mudar-se para uma choupana, que volte a usar o fogão a lenha, trocar a rede elétrica por lamparina, os vestidos de sedas por saco de algodão, o carro completo por uma charrete, a cidade pela roça, não. Deus não deseja que seus filhos retrocedam ao lugar de pobreza de onde vieram. Caso “[...] a sua riqueza (tenha) prosperado, não ponha nela o coração”, Sl.62.10, pois em muitos casos, aqueles “[...] que querem ficar ricos caem em tentação, e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição”, 1Tm.6.9, ou seja, se a riqueza atrapalha a sua comunhão com Deus; abandone-a para que “[...] o Deus da esperança te encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejas rico de esperança no poder do Espírito Santo”, Rm.15.13.

Ao falar sobre esperança, Paulo aponta para a “[...] pátria (que) está nos céus, de onde também (os servos de Deus podem) aguardar o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, Fp.3.20. É por este motivo que o Deus de todo poder quer o bem para os seus. Isto é mostrado quando o “[...] Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de (todo o seu povo) [...] para que, pela sua pobreza, (muitos se) [...] tornassem ricos”, 2Co.8.9 espirituais. Veja bem, ainda que o seu recurso financeiro neste mundo seja pouco, contudo, “[...] a riqueza da glória (do Pai celeste) [...] concede que (cada um) seja fortalecido com poder [...]”, Ef.3.16 para suportar as adversidades da vida. A partir de então, cada um terá a ousadia de dizer como Paulo: “tudo posso naquele que me fortalece”, Fp.4.13 para “[...] aprender a viver contente em toda e qualquer situação”, Fp.4.11. Logo, a riqueza ou pobreza não tem poder de trazer felicidade a qualquer homem deste mundo,

Ter muito ou pouco recurso deste mundo não tem muita importância “porque para [...] Deus não há acepção de pessoas”, Rm.2.11, principalmente para aquele que busca servir a Deus com fidelidade, mesmo porque, o que tem mais valor é a “[...] escolha (que) Deus (faz dentre todos aqueles que estão no) [...] mundo [...] (o) pobre (não necessariamente de bens, mas de espírito), para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam [...]”, Tg.2.5. Eis o motivo de Jesus insistir com os seus servos para “[...] ajuntar [...] tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”, Mt.6.20, daí sim, estes serão riquíssimos.

Rev. Salvador P. Santana

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