DERRUBANDO FALSAS ESPERANÇAS DE SALVAÇÃO, Rm.2.
“Se você morresse hoje, por que Deus te receberia no céu? 1 – Sou filho de Deus; 2 – Não sei.
Objetivo da lição.
A ignorância, a vida moral respeitável, conhecer a revelação ou ser membro da igreja, não garante a salvação do homem pecador; é somente “[...] pela graça (que) somos salvos, mediante a fé, e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
Por meio da salvação gratuita de Deus, somos motivados a obedecer a Cristo, professando publicamente a nossa fé.
Panorama bíblico.
Romanos 2 foi escrito em forma de resposta a possíveis objeções.
Os antigos chamavam de diatribe. Perguntas colocadas na boca de um interlocutor imaginário para serem respondidas ou destruídas.
O judaísmo da época de Jesus e Paulo era tão nacionalista a ponto de dizer: “[...] Nosso pai é Abraão [...]”, Rm.8.39, como se Deus se relacionava de maneira especial com o eles.
Em outra oportunidade, devido eles serem legalistas (regras e leis), disse ao homem curado por Jesus: “[...] Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito”, Jo.5.10, dando a entender que sendo obediente á lei de Moisés, eles eram justos diante de Deus.
Paulo escreve este texto para pessoas muito justas e salvas.
Introdução.
Incrédulo não sabe o caminho da salvação, também muitos do “o povo (de) Deus está sendo destruído, por que lhe falta conhecimento [...]”, Os.4.6.
Muitos cristãos baseiam a sua salvação em fundamentos não seguros – são pessoas boas, respeitáveis, conhece a Bíblia, membro da igreja desde a infância.
Paulo mostra aos Romanos que “a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade (pecado) e perversão (maldade) dos homens [...] pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira [...] pois todos pecaram [...]”, Rm.1.18,25; 3.23.
Por este motivo todos os “[...] homens (são) indesculpáveis (não tem desculpa) [...]”, Rm.2.1, logo, “[...] todos [...] carecem da glória de Deus”, Rm.3.23 para serem salvos.
1 – A falsa esperança da ignorância.
A falsa esperança da ignorância é pensar que não preciso conhecer Deus para ser salvo, para impedir a minha condenação, mas, Jesus fala que devemos “[...] conhecer a verdade, e a verdade nos libertará”, Jo.8.32 e, “quem é de Deus ouve as palavras de Deus [...]”, Jo.8.47.
É impossível viver ignorante (sem instrução) de Deus neste mundo “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos (qualidade) invisíveis de Deus [...] o seu eterno poder [...] a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”, Rm.1.19,20.
Para que ninguém fale que é ignorante, em todos os tempos “[...] Deus não deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-nos chuvas e estações frutíferas, enchendo o nosso coração de fartura e de alegria”, At.14.17.
O salmista alerta aos supostos ignorantes que, se por acaso, não faz uso da Bíblia, que ainda assim, “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos [...] não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo [...]”, Sl.19.1,3,4.
Sim, através da criação é possível saber que existe Deus, pois todos os homens “[...] tem conhecimento de Deus [...] (o problema é que o homem) não glorifica a Deus como sendo Deus [...]”, Rm.1.21.
Não existe nenhum ignorante sobre Deus porque aqueles “[...] que não têm lei (de Deus), procedem, por natureza (senso da divindade inato no ser humano), de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos”, Rm.2.14.
Por isso toda “[...] alma tem sede de Deus, do Deus vivo”, Sl.42.2.
Muitas pessoas incrédulas têm “[...] a norma da lei (certo ou errado de acordo com a Bíblia, embora não tendo conhecimento dela) gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”, Rm.2.15.
A ignorância dos incrédulos ou crédulos não os justifica ou os desculpa diante de Deus.
Ignorância absoluta não existe.
2 – A falsa esperança da moralidade.
No meio do povo de Deus existe a falsa esperança da salvação através da moralidade.
Tanto os Judeus como nós estamos debaixo da “[...] ira de Deus [...]”, Rm.1.18 por um único motivo: “[...] não há justo, nem um sequer”, Rm.3.10.
Ninguém pode se sentir seguro com a falsa moralidade porque necessitamos da “[...] bondade de Deus (que nos) [...] conduz ao arrependimento [...]”, Rm.2.4.
Há crentes que se sentem seguros quanto a sua salvação, pelo fato de possuir vida moral (costume) respeitável.
A falsa esperança de ser salvo para muitos é o julgamento de que eles não praticam a “[...] injustiça [...] avareza (gana) e maldade [...] inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade (malícia) [...] difamação, calúnia [...] insolente (atrevido), soberbo (orgulho), presunção (vaidoso) [...] males, desobediente aos pais, insensatos (imoral), pérfido (não cumpre palavra), sem afeição e sem misericórdia [...]”, Rm.1.29-31.
O moralismo ainda sobrevive na pele do legalismo quando muitos creem que a salvação está baseada no tipo de roupa ou tamanho do cabelo.
O moralismo é falso por três razões:
1 – O moralista também é um transgressor da lei.
O moralista é um hipócrita “[...] quando (ele decide) julgar [...] quem quer que seja; porque, no que julga a outro, a si mesmo se condena; pois pratica as próprias coisas que condena”, Rm.2.1 e “[...] Aquele que [...] julga [...] fala mal da lei e julga a lei [...] se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz”, Tg.4.11.
A moralidade é falsa porque [...]
2 – O juízo de Deus é perscrutador.
A razão do moralista ser condenável é porque “[...] o juízo de Deus é segundo a verdade [...]”, Rm.2.2.
O julgamento de Deus não é aparente “[...] porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração”, 1Sm.16.7.
Somente “[...] Deus é (capaz) de [...] discernir os pensamentos e propósitos do coração (porque) [...] não há criatura que não seja manifesta na sua presença [...] (pois) todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”, Hb.4.12,13.
Deus é o único que conhece o “[...] olhar impuro (de um homem) para uma mulher [...] (quando ele) adultera com ela”, Mt.5.28.
Deus penetra no coração para descobrir “[...] se (existe) ira contra seu irmão [...]”, Mt.5.22.
Todos nós precisamos buscar conhecer a “[...] lei (de Deus) (para) conhecer o (meu próprio) pecado [...]”, Rm.7.7 e aceitar que somente Deus é quem nos conhece perfeitamente.
O moralista pode até não ser um transgressor visível da lei, mas o juízo de Deus não se limita às aparências.
A moralidade é falsa devido [...]
3 – O Dia do Senhor.
Todo aquele que é moralista “[...] acumula contra si mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”, Rm.2.5.
Não importa se o moralista “[...] condena (o outro abertamente ou apenas no coração. É possível que ele) [...] pratica [...] as mesmas coisas (ocultamente, mas, pode ter a certeza: no dia) [...] do juízo de Deus (ele não ficará) [...] livre do juízo de Deus [...]”, Rm.2.3.
Neste “[...] dia (,) [...] Deus, por meio de Cristo Jesus, (irá descobrir todos) os segredos dos homens (e eles serão) julgados, de conformidade com o evangelho (de) Jesus”, Rm.2.16.
Devo cuidar para não ser moralista.
3 – A falsa esperança da iluminação.
Somente pelo motivo de “[...] a lei (ter sido) dada por intermédio de Moisés [...]”, Jo.1.17, o povo Judeu se gloriava nisso.
Pelo fato de “[...] ter [...] sobrenome judeu [...]”, Rm.2.17, eles se julgavam salvos.
Não adianta ter nome influente e nem conhecer a Palavra de Deus, é preciso receber um “[...] novo coração [...] espírito novo (colocado por Deus) [...] dentro de nós [...]”, Ez.36.26.
O judeu iluminado, não arrependido comete três erros:
A – Ignorar o propósito da revelação.
O Judeu tem alguma vantagem sobre os demais povos porque a eles “[...] foram confiados os oráculos (mensagem) de Deus”, Rm.3.2.
A mensagem tem o propósito de “[...] nos conduzir ao arrependimento [...]”, Rm.2.4, mesmo porque, “[...] ninguém será justificado diante (de) Deus por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”, Rm.3.20, e muitos não querem conhecer, pois tem a Bíblia como um amuleto.
Ser apenas um “[...] simples ouvidor da lei não será (tido como) justo diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”, Rm.2.13.
A falta de arrependimento [...]
B – Menospreza a riqueza da bondade de Deus.
Apenas “[...] a riqueza da [...] bondade de Deus é que nos conduz ao arrependimento [...]”, Rm.2.4 e essa bondade “não (foi revelada) a nenhuma outra nação [...]”, Sl.147.20.
O povo de Israel recebeu um tratamento especial da parte de Deus, mas isso não quer dizer que Deus é conivente ou indiferente com o pecado.
Ele “[...] retribuirá a cada um segundo o seu procedimento”, Rm.2.6.
É necessário o arrependimento para que “a vida eterna (seja dada) aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade”, Rm.2.7.
Todo aquele que ignora a bondade de Deus [...]
B – Acumula ira para o dia da ira.
Possuir a Palavra de Deus sem o verdadeiro arrependimento “[...] acumula contra si mesmo ira para o dia da ira e [...] (o) justo juízo de Deus”, Rm.2.5.
Tanto para o que conhece e não conhece a Bíblia, sem o verdadeiro arrependimento, “virá tribulação e angústia sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu (crédulo) primeiro e também ao grego (incrédulo)”, Rm.2.9.
Haverá também “[...] ira (fúria) e indignação (desprezo) [...] (para aqueles) que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça”, Rm.2.8.
Deus age dessa forma “Porque para com Deus não há acepção de pessoas”, Rm.2.11.
Neste dia vai prevalecer a lei da retribuição para “aquele [...] que não soube a vontade do seu senhor e fez cousas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”, Lc.12.48 – é o nosso caso.
A leitura da Palavra de Deus nos faz reconhecer os pecados para sermos conduzidos a Deus.
4 – A falsa esperança da membresia.
Os Judeus e muitos em nossos dias confiam sua salvação pelo fato de pertencer ao povo do pacto.
Para os Judeus, “[...] todo macho entre eles seria circuncidado”, Gn.17.10 e até o “[...] estrangeiro (que) hospedasse com eles [...]”, Ex.12.48.
Em nosso meio, muitos batizados na infância se gloriam, dizendo que são salvos.
Razões que a falsa esperança é baseada na membresia.
A – A necessidade de um novo coração.
Batismo e circuncisão não tem valor quando “[...] é apenas exteriormente [...] (ou) somente na carne”, Rm.2.28 para mostrar que pertence a igreja.
Tem valor quando o “[...] judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”, Rm.2.29.
Todas as pessoas podem fazer parte da membresia da igreja, mas o mais importante é ser crente de verdade.
A falsa esperança de membresia leva em conta [...]
B – A importância de como se vive.
Tanto “[...] a circuncisão (quanto o BPF só) tem valor se praticar a lei (obediência); se és, porém, transgressor da lei, a [...] circuncisão (BPF) já se tornou incircuncisão”, Rm.2.25.
Assim como os Judeus, muitos são práticos para “[...] ensinar a outros, (mas) não [...] ensina a si mesmo [...] prega que não se deve furtar, furta [...]”, Rm.2.21, “diz que não se deve cometer adultério e o comete [...] abomina os ídolos e lhes roubas os templos [...]”, Rm.2.22, “[...] te glorias na lei, (mas) desonra a Deus pela transgressão da lei [...]”, Rm.2.23.
Por causa do mau testemunho de muitos “[...] o nome de Deus é blasfemado entre os [...] (incrédulos)”, Rm.2.24.
Como “[...] guia dos cegos, (sendo) luz dos que se encontram em trevas”, Rm.2.19 e “instrutor de ignorantes [...]”, Rm.2.20, devo ser mais cauteloso naquilo que faço, caso contrário, “pelos meus frutos (serei) conhecido [...]”, Mt.7.16.
A membresia da igreja não garante salvação.
Conclusão: Prestação de contas.
Para a eternidade: “[...] Todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados”, Rm.2.12.
Para este mundo: “[...] honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego”, Rm.2.10.
O crente será cobrado quando “[...] aquele que é (incrédulo) [...] por natureza cumpre a lei, certamente, ele nos julgará [...] que [...] (somos) transgressores da lei”, Rm.2.27.
Precisamos nos esforçar para “[...] conhecer a vontade (de) Deus e aprovar as coisas excelentes [...] (quando sou) instruído na lei”, Rm.2.18 de Deus.
Faça uma análise da sua própria vida: “Se, pois [...] (o incrédulo) observa os preceitos da lei, não será ele, porventura, considerado como (crente) [...] ?”, Rm.2.26.
Existem muitos escolhidos fora da igreja e muitos incrédulos dentro dela.
Meditar: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, Jo.8.36.
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