quinta-feira, 1 de julho de 2010

AMENIZE O SOFRIMENTO

AMENIZE O SOFRIMENTO


“[...] A gente foi construindo aos pouquinhos e entregando para os filhos [...] Terminei a última casa e entreguei na maior felicidade [...] Todo mundo morava lá perto do rio, de mim e da minha mulher [...] Mas aí veio a água e levou tudo embora” – Minha História Cícero Oscar da Silva, 60 – A situação vai melhorar – Fábio Guibu – Enviado especial a União dos Palmares (AL) – Cotidiano – C 4 – Folha de São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010.

Mais uma vez, o povo nordestino está enfrentando dificuldades. Desta vez, não é a seca que os castiga, são as águas. É possível que muitos, na mente, desejem achar o culpado dessa tragédia. Alguns acusam o governo pela negligência de não barrar as construções em risco, outros apontam para os moradores dizendo que eles são os grandes responsáveis, devido, a irresponsabilidade de construir em qualquer lugar sem o consentimento e o acompanhamento de homens capazes pela aprovação e cálculos precisos e do poder público. Devido a tragédia, este não é o momento de apontar os culpados. Chegou a hora de levantar recursos para ajudar aquele que sofre, é o momento de colocar a mão no bolso para “dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”, Mt.5.42.

Em meio a tantas tragédias, a igreja não pode ser omissa e cruzar os braços como se nada estivesse acontecendo. Assim como aconteceu com o Cícero, muitos outros têm passado por momentos difíceis com perdas de casas, móveis, documentos, local de trabalho, roupas, família, e o pior, a grande maioria deles estão amontoados em prédios públicos sem nenhuma privacidade, e o mais trágico, para se alimentar dependem da boa vontade daqueles que estão sensibilizados.

A igreja de Jerusalém, no primeiro século, teve uma ação social em nada parecido aos dias atuais. Naqueles dias não aconteceu nenhuma enchente, seca, vendaval, tsunami, o que sobreveio foi uma grande fome a ponto de alguns irmãos “venderem as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”, At.2.45. Calma! Não tem necessidade de pensar que você deve vender os seus bens para acudir aos desabrigados dos estados de Pernambuco e Alagoas. Basta apenas você se esforçar para que “[...] nenhum necessitado haja entre eles [...]”, At.4.34 de água, comida e veste. Ninguém está pedindo para você esvaziar o seu bolso para satisfazê-los, verifique somente “[...] cada um conforme as suas posses [...] (para) enviar socorro aos irmãos que moram [...]”, At.11.29 nas cidades afetadas.

O povo nordestino não pode continuar rebuscando o lixo, as prateleiras enlameadas, aguardar a boa vontade do governo federal, estadual ou municipal. É impossível também esperar que eles “[...] comprem para si o que comer”, Mc.6.36, mesmo porque, eles não tem dinheiro e o comércio também ficou grandemente afetado. Imagine você toda a população danificada, ser obrigada a conviver com o mau cheiro, o lixo, os estragos daquilo que tiveram e ainda ser obrigado a ouvir o ronco da barriga. Por este e outros motivos o povo de Deus não pode ficar despreocupado, ficar inerte e não contribuir.

Amenize um pouco mais o sofrimento, a dor de muitos outros da Silva que estão sem casa, sem dinheiro, sem roupa, sem o que comer. Neste domingo, no momento da Escola Dominical, ou do culto noturno, você, como cristão pode “[...] contribuir segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”, 2Co.9.7.

Rev. Salvador P. Santana

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