domingo, 8 de novembro de 2009

ALEGRIA MAIOR

ALEGRIA MAIOR


A volta para casa é um momento muito esperado e, porque não dizer, um dos mais felizes. Tanto para aquele que está chegando quanto para aquele que está aguardando o retorno de alguém existe muita expectativa. Os jornais apresentaram nesta segunda-feira, logo no início da noite, a volta para o lar após o término do feriado prolongado. As notícias foram de que “O trânsito já apresentava lentidão em algumas das principais rodovias paulistas na tarde de hoje, volta do feriado prolongado de Finados (02/11/09)”– HTTP://www.estadao.com.br/noticias. É triste relatar, mas muitas pessoas não conseguem chegar ao destino. Alguns são por pura imprudência, outros não voltam devido a imperícia de terceiros. Uma grande maioria perde a condução ou são impedidos por problemas técnicos. É neste exato momento que o desespero começa a tomar conta de muitos corações devido a não presença do ente querido ou do grande amigo.

A decisão tomada ou forçada de não voltar para o lar se complica ainda mais quando se trata de filho querido, aceito e bem tratado dentro de casa. Neste momento os pais entram em desespero. A situação fica mais complicada quando os pais não sabem qual é o paradeiro do filho, como ele está se alimentando, se está em repouso ou passando por alguma tribulação. Até parece que os dias e a noites ficam paralisadas. A cada dia o sufoco aumenta por não saber notícias. A procura se torna intensa nas casas dos parentes, amigos, vizinhos, hospitais, delegacias e, como que numa última busca incessante, eles são procurados nos necrotérios. Estima-se que, por ano, cerca de 200 mil pessoas desaparecem, destas, 50 mil são crianças e adolescentes. Para todos estes casos não existe outra saída. Nesse momento de luta, desespero, perda total ou parcial é apenas “Confiar os [...] cuidados ao SENHOR, e ele [...] sustentará [...]”, Sl.55.22 o pai desesperado para suportar toda ou qualquer adversidade.

Jesus conta uma parábola (história curta baseada em fatos verdadeiros com o fim de ensinar lições a respeito do Reino de Deus) que terminou com um final feliz. Aconteceu que “[...] Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres”, Lc.15.11,12. A verdade é que muitos filhos agem de caso pensado. Planejam por longos anos como fazer para conquistar uma grana a mais, um bem móvel ou imóvel com mais facilidade. Muitos por meios escusos, ajudados ou não, fazem de tudo para trapacear, roubar e se possível matar seus próprios pais para adquirir o objeto desejado. O filho pródigo (gastador), pelo que tudo indica, já havia planejado o golpe financeiro. O desejo maior dele era somente “[...] ajuntar tudo o que era seu, partir para uma terra distante e lá dissipar todos os seus bens, vivendo dissolutamente (desregrado)”, Lc.15.13 tal como muitos tem feito nestes dias.

Pelos cálculos humanos parecia não haver mais possibilidade de rever o filho dentro de casa. O filho estava afortunado, em terra distante, influenciado pelos amigos, sendo aproveitado e quem sabe, até mesmo sendo “[...] tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atraiu e (o) seduziu”, Tg.1.14. Que bruto golpe! Mas, como todo pai aguarda ansioso o retorno do filho para o seu domicílio original, ele jamais perdeu a esperança. É possível que este pai do filho perdido tenha feito a mesma pergunta do salmista: “E eu, Senhor, que espero? (e a resposta foi das mais surpreendentes) [...]”, Sl.39.7. Exatamente, esse pai aflito não precisou correr atrás, enviar cartas, pedir alguém para procurar o filho perdido. Ele preferiu aguardar e dizer bem alto: “[...] Deus (o Senhor eterno) é a minha esperança”, Sl.39.7. Não deu outra. A partir do momento em que ele esperou, Deus interveio fazendo com que o filho gastador de fortuna “[...] se levantasse, fosse para seu pai. (A reação do progenitor não podia ser outra quando) Vinha (o) filho ainda longe [...] seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou”, Lc.15.20.

Não existe alegria maior do filho de Deus que voltar para servir a Jesus Cristo de todo o coração, mesmo porque, o próprio “Jesus [...] afirma que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”, Lc.15.10.

Rev. Salvador P. Santana

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