sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

90%

90% É possível que ainda não exista uma estatística, dizem que 90% das suas preocupações não se realizam. Todas elas caem no esquecimento para depois voltar ao debate dentro do seu íntimo. Então, cabe a cada um fazer a busca completa a respeito dessa verdade dentro do seu próprio coração se é ou não verdade que os 90% das suas ansiedades não se cumprem. Há muito tempo houve um rapaz “... ruivo, de belos olhos e boa aparência...” (1Sm 16.12) que antecipou, sem saber e nem conhecer o futuro, uma tragédia em sua vida e de todos quantos estavam sob o seu comando. Ele pensava que seria certeira a sua previsão e que tudo quanto estava deslumbrando à sua frente ia acontecer. Deu em nada a sua bela antevisão. “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado; tinham levado cativas as mulheres que lá se achavam, porém a ninguém mataram, nem pequenos nem grandes; tão-somente os levaram consigo e foram seu caminho.” (1Sm 30.1, 2). Parecia tudo acabado e totalmente destruído o futuro da sua família. A primeira reação ao se deparar com tais situações é fazer como “... Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar.” (1Sm 30.4) por causa de uma situação totalmente fora do controle das mãos de todos os homens. Para muitos o que resta é apenas chorar, mas existe alívio no futuro bem próximo porque o “... favor (de Deus) dura a vida inteira. (Por isso) ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” (Sl 30.5). Davi e seus homens lançam as tais previsões infundadas. “Davi (o futuro rei de Israel) muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas...” (1Sm 30.6). O apedrejamento não aconteceu e a amargura de alma não prosperou porque foram previsões falsas e sem conhecimento do futuro. A partir dessa compreensão é que “Davi (buscou auxílio em quem podia ajudar em sua) ... angustia... se reanimou no SENHOR, seu Deus.” (1Sm 30.6) e assim pode “... salvar tudo quanto haviam tomado os amalequitas; também salvou as suas duas mulheres.” (1Sm 30.18). É possível que você esteja agindo como Davi e tantos outros que tentaram prognosticar, mas é bom lembrar que “não se (deve) achar entre ti... nem prognosticador...” (Dt 18.10) buscando prever um futuro que é incerto aos olhos humanos, isto porque “você não sabe o que sucederá amanhã...” (Tg 4.14). Deve ser por isso que “o homem, nascido de mulher, (além de) viver breve tempo, (fica) cheio de inquietação.” (Jó 14.1) por coisas banais, corriqueiras e que, em 90% das vezes não se sucedem. Quando você espera, quando o seu coração acelera para ver o resultado, e nada aconteceu e você volta à normalidade para o seu coração bater normalmente. Perceba que Deus sempre se mostrou interessado e desejoso de libertar o homem do jugo das preocupações. Foi o próprio Deus quem instruiu José a dizer para os seus irmãos: “Não vos preocupeis com coisa alguma dos vossos haveres, porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso.” (Gn 45.20). Jesus instruiu a seus discípulos: “quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” (Mc 13.11) e que também, “quando vos levarem às sinagogas e perante os governadores e as autoridades, não vos preocupeis quanto ao modo por que respondereis, nem quanto às coisas que tiverdes de falar.” (Lc 12.11). E por fim Jesus orienta a todos os seus discípulos espalhados pelo mundo a fora: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34). Faça uma análise a respeito das suas preocupações e veja, se de fato elas se cumprem ou não. Então você verá que é muito pequena a porcentagem das suas ilusões futuras. Rev. Salvador P. Santana

Nenhum comentário:

Postar um comentário