sábado, 28 de maio de 2011

A DESCULPA NÃO ANULA O DEVER

A DESCULPA NÃO ANULA O DEVER


"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo [...] mas, posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso" – Autor desconhecido.

A desculpa de muitos quando são incumbidos de alguma atividade é que não dá, não tem condições, a tarefa é muito difícil, é impossível atingir a meta seja ela de pequeno ou grande porte. Da pequenina obrigação até as maiores e mais difíceis de serem executadas que o homem possa imaginar é preciso que todos os homens se dediquem ao máximo, ainda que seja para “[...] fazer o pouco que pode”. Caso um e outro deixem de cumprir com o seu dever, alguns poucos ficarão sobrecarregados das cargas dos outros, não é naquele sentido que Paulo fala de “levar as cargas uns dos outros e, assim, cumprir a lei de Cristo” (Gl.6.2). Esta carga que o apóstolo se refere fala da opressão, do peso e da preocupação que o outro não dá conta de levar, pois ele precisa da sua oração, do seu apoio, do seu ombro para conseguir vencer. A obrigação que muitos têm deixado de fazer são os afazeres diários para “atender ao bom andamento da sua casa [...]” (Pv.31.27), do seu trabalho secular e da congregação dos eleitos de Deus.

Nem o déspota Herodes, o indumeu, nos dias de Cristo, administrou tantos homens como o rei Salomão. Quando Herodes, o Grande, levantou o terceiro templo, contratou cerca de 10 a 18 mil homens para trabalharem. O rei Salomão, dentre todos os homens bíblicos, foi agraciado por Deus e provavelmente tenha sido o homem mais capacitado para administrar 183.300 trabalhadores na obra do primeiro templo. A história bíblica conta que para este governante não fazer nada sozinho, “ele formou [...] uma leva de trabalhadores dentre todo o Israel, e se compunha de trinta mil homens [...] (estes trabalhavam) alternadamente, dez mil por mês; um mês estavam no Líbano, e dois meses, cada um em sua casa; e Adonirão dirigia a leva”, 1Rs.5.13. A intenção do rei era que cada homem pudesse desenvolver o seu próprio trabalho de modo prático, eficiente, mas que, ao mesmo tempo, pudesse depender um do outro, por este motivo, ajustou com mais “[...] setenta mil que levavam as cargas e oitenta mil que talhavam pedra nas montanhas, afora os chefes-oficiais de Salomão, em número de três mil e trezentos, que dirigiam a obra e davam ordens ao povo que a executava” (1Rs.5.15,16). A “[...] intenção (principal em) edificar uma casa (tão magnífica, não podia ser outra, que fosse dedicada unicamente) ao nome do SENHOR, (o) seu Deus [...]” (1Rs.5.5), e outra, Salomão “[...] não podia fazer tudo [...]” sozinho – autor desconhecido, logo, recrutou esse grande exército de trabalhadores para o ajudarem nesta grande obra de construção do templo.

Ao buscar “[...] fazer o pouco que pode”, o trabalhador consciente irá fazer apenas o que lhe “[...] fora ordenado [...] faz apenas o que deve fazer” (Lc.17.10) para não cair no erro de entrar em repartição alheia e querer executar o serviço que não lhe fora devidamente autorizado. Esta ordem está expressa quando Deus, através de Moisés, determinou aos levitas que “fizessem o serviço que lhes [...] (era) devido para (com o sumo sacerdote) [...] e para com a tenda; porém não (deviam) se aproximar dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morressem [...]” (Nm.18.3). O problema maior nestes dias é que, ao deixarem de executar o serviço acertado, alguns sem sabedoria, querem fazer o trabalho dos outros, daí, nem um e nem o outro trabalho fica bem feito.

Ao falar sobre o dever da evangelização, visitação, aconselhamento, oração, leitura bíblica, frequência aos cultos, tocar, cantar, lecionar, assistência social e outros deveres na igreja do Senhor Jesus Cristo, cada membro da família de Deus deve saber que ele é "[...] um só [...] (é impossível) fazer tudo (sozinho, e) [...] por não poder fazer tudo, (então) não [...] recuse [...] fazer o pouco que pode" – Autor desconhecido “[...] conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Ec.9.10).

Rev. Salvador P. Santana

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