sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

LAMAÇAL.


LAMAÇAL
            Mariana, MG, e agora Brumadinho, MG. Qual será a próxima cidade afetada pela lama da corrupção da Vale?
            É preciso saber que o coração humano é corrupto por natureza. Certo é o que o profeta Jeremias escreve: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9). Apenas um, Deus, o “SENHOR [...] sonda e [...] conhece” (Sl 139.1) perfeitamente o coração do homem.
            Deus é quem conhece a corrupção que se instalou em todos os segmentos da sociedade. Ele enxerga a corrupção que se faz presente no campo quando se “[...] remove os marcos antigos [...]” (Pv 22.28).
            Ele está atento a corrupção que está atuante nas filas de bancos com aquele jeitinho de furar a fila. Deus olha atentamente para dentro dos supermercados e grava o cliente escondendo um creme dental. Nos shoppings, nas lojas de grifes e de conveniências Deus fica alerta quando os magnatas, os poderosos e políticos furtam.
            Não se pode eliminar dessa corrupção o branco, o negro, o índio, o mulato, o rico, o pobre, o miserável, o nortista, o sulista, enfim, todos, em determinada área da vida se debandam para a corrupção. Os casos mais recentes aconteceram com políticos, empresários, funcionários públicos, mineradoras, engenheiros. É uma pena!
            Nos tempos bíblicos as coisas não foram diferentes em relação às apresentadas nos dias atuais. O homem sempre apresentou esse lado mau. O homem se destaca no quesito corrupção, seja ela praticada contra o próximo ou contra si mesmo.
            Essa verdade é tão evidente aos olhos de Deus que “Ele viu [...] que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração [...] (a ponto do) SENHOR [...] fazer desaparecer da face da terra o homem que criei [...]” (Gn 6.5, 7).
            A partir daí, todos podem pensar que não haveria mais maldade, mais corrupção. Pelo contrário, não levou muito tempo para o próprio homem aderir à desordem total, abandonar os preceitos do Senhor e cair na armadilha do engano, do erro, pois o desejo de seu coração era roubar os órfãos, as viúvas e os estrangeiros, por isso a lei determinar de que “não (deve) oprimir o seu próximo, nem o roubar; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” (Lv 19.13).
            A prática da corrupção era determinada e praticado pelos mais poderosos; os reis e príncipes, a nobreza sacerdotal, os latifundiários, os grandes comerciantes, e na época de Jesus, foram os mesmos que continuaram com a corrupção, claro, com algumas mudanças de títulos tais como: fariseus, saduceus, publicanos, que estavam no rol dos exploradores.
            A voz do profeta soa contra à defraudação dos menos favorecidos. Um dos profetas menores é claro ao dizer que o Senhor “chegar-se-á [...] para juízo; será testemunha veloz [...] contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ml 3.5).
            João, o Batista, não deixou de pregar contra tais abusos dizendo aos “[...] fariseus e saduceus [...] (chamando-os de) raça de víboras, (completando com a pergunta) quem vos induziu a fugir da ira vindoura? (O desejo de Deus é que possam) produzir, pois, frutos dignos de arrependimento [...]” (Mt 3.7, 8).
            Tanto aqueles corruptores do passado, quanto os do presente, precisam aprender a se “[...] livrar da corrupção das paixões que há no mundo” (2Pe 1.4) a fim de não serem “[...] escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor” (2Pe 2.19). E mais que depressa, “não cobice no seu coração a [...] formosura [...]” (Pv 6.25) da riqueza, da vantagem, as facilidades da corrupção que rondam os lares brasileiros.
            Chega de tanta corrupção, principalmente aquela que danifica e destrói a vida do mais necessitado como aconteceu em Brumadinho, MG.
            Diga não à corrupção!
Rev. Salvador P. Santana

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