quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Mt.27.3-10 - PREÇO DE SANGUE.

PREÇO DE SANGUE
Mt.27.3-10

Introd.: O cônsul inglês James Henderson testemunhou uma das punições do Rio de Janeiro entre 1808 a 1822.
                Um escravo fugitivo foi punido com duzentas chibatadas.
                Uma corda foi colocada ao redor do seu pescoço, enquanto ele era levado para junto de um grande poste erguido no meio da praça, ao redor do qual seus braços e pernas foram atados.
                Uma corda imobilizava seu corpo de tal maneira que tornava qualquer movimento impossível.
                O carrasco, a cada golpe, que parecia arrancar um pedaço da carne do escravo, assoviava.
                As chibatadas foram repetidas sempre no mesmo lugar e o negro suportou as primeira cem de forma determinada.
                Ao receber a primeira e a segunda chibatada, ele gritou “Jesus”, mas em seguida pendeu sua cabeça contra um dos lados do poste, sem dizer mais uma única sílaba ou pedir clemência – 1808 – Laurentino Gomes – pág. 252.
Nar.:      Judas Iscariotes parece ser o ator principal neste texto, mas pelo contrário, Jesus “[...] foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”, Is.53.5.
Propos.:              O sangue derramado de Jesus é o preço da nossa salvação.
Trans.:                  Preço de sangue [...]
1 – É devolvido tarde demais.
                “Então, Judas [...]”, Mt.27.3, você não é o causador da morte de Jesus, mas cooperou, contribuiu, fez um pacto para o sofrimento, a angústia, o derramamento do sangue de Jesus na cruz do calvário.
                O texto afirma que “[...] Judas, (foi) o que traiu Jesus [...]”, Mt.27.3, que era “[...] o [...] amigo íntimo (de) Jesus, em quem (Jesus) [...] confiava, que comia do seu pão, levantou contra ele o calcanhar”, Sl.41.9.
                “[...] Judas [...] viu (através do arauto, relato dos discípulos, ao ser enviado à Pilatos) que Jesus fora condenado (à morte sacrificial em favor dos seus) [...]”, Mt.27.3.
                “[...] Judas [...] (foi) tocado (impulsionado) de remorso (atormentado pelo senso de culpa pelo crime praticado. É diferente do arrependimento que é tristeza pelo pecado cometido acompanhada da decisão de abandoná-lo) [...]”, Mt.27.3.
                Uma mera tristeza de nada vale.
                A decisão de “[...] Judas (foi) devolver as trinta moedas de prata (suficiente para comprar uma pequena propriedade) [...]”, Mt.27.3, que havia ganhado para trair e entregar Jesus.
                “[...] Aos principais sacerdotes (sacrifício expiação) e aos anciãos (pastores, presbíteros, diáconos são responsáveis, “os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5) [...]”, Mt.27.3.
                “Então [...] (o que eu e você tem a) dizer (diante do trono de Deus?)”, Mt.27.3.
                Seja sincero assim como Judas foi uma única vez; “pequei [...]”, Mt.27.4.
                Reconheça que “[...] traiu sangue inocente (o próprio Jesus com os pecados notórios e ocultos) [...]”, Mt.27.4.
                Fique sabendo que o Diabo e seus seguidores são astutos.
                “[...] Eles (principais sacerdotes e anciãos), porém (como conjunção aditiva), responderam (com o intuito de danificar, destruir, matar todos quantos servem a Jesus) [...]”, Mt.27.4.
                Satanás e seus discípulos nunca são culpados, por isso; “[...] que nos importa? (dizem eles como uma forma de acusação aos que traem Jesus) [...]”, Mt.27.4.
                A culpa, a desordem, a traição, “[...] isso é contigo (depois do homem ser enganado “[...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Tg.1.15”, Mt.27.4.
                “Então, Judas (que decisão será tomada depois de descobri o seu pecado?) [...]”, Mt.27.5.
                A primeira atitude foi “[...] atirar para o santuário (sacerdotes podiam entrar para oferecer sacrifícios) as moedas de prata (usadas para vender o Mestre Jesus) [...]”, Mt.27.5.
                A segunda atitude “[...] retirou-se (de diante do) santuário (onde podia apresentar a sua oferta para remissão dos pecados) [...]”, Mt.27.5.
                A terceira atitude cruel, mesquinha, sem desejo de vida, “[...] foi enforcar-se (por não aguentar a ofensa, a traição feita ao seu antigo amigo e Mestre Jesus)”, Mt.27.5.
                Preço de sangue [...]
2 – Recebe a aprovação dos sacerdotes.
                Não é à toa a Palavra profética do Mestre Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.
                Veja aqui também, “[...] os principais sacerdotes (tramando contra Jesus) [...]”, Mt.27.6.
                Ao invés de se arrependerem, “[...] tomaram as moedas (pagaram para a traição) [...]”, Mt.27.6.
                “E [...] disseram (assim como muitos em nossos dias): Não é lícito deitar (as) moedas no cofre das ofertas (sustento dos sacerdotes e manutenção do templo – desvio de finalidade) [...]”, Mt.27.6.
                A razão principal: “[...] porque é preço de sangue (comprar os remidos do Senhor)”, Mt.27.6.
                Preço de sangue [...]
3 – Beneficia forasteiros.
                A conjunção aditiva “e [...]”, Mt.27.7, mostra que houve benefício antes da morte de Cristo para os estrangeiros e peregrinos.
                Após “[...] os principais sacerdotes [...]”, Mt.27.6, “[...] ter deliberado (opinado, assentido, determinado – Sinédrio – 71 – sumos sacerdotes, fariseus, saduceus, escribas, anciãos a respeito do das 30 moedas de prata, Zc.11.12, preço de sangue estipulado, dar um destino para essas moedas) [...]”, Mt.27.7.
                A decisão provável de “[...] comprar com elas (30 moedas de prata) o campo do oleiro (escavado, desnivelado devido o barro retirado, teve uma ação caridosa) [...] para (os) forasteiros (estrangeiros que viam para as festas adorar a Deus e fazer os seus sacrifícios e que não tinham lugar no) cemitério (dos habitantes de Israel) [...]”, Mt.27.7.
                Perceba que é “por isso, (um lugar de descanso para os forasteiros, decidiram comprar o cemitério) [...]”, Mt.27.8.
                O texto fala que “[...] aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue (testemunho contra homens pervertidos que decidiram matar Jesus)”, Mt.27.8.
                Preço de sangue [...]
Conclusão:         Cumpre a profecia.
                “Então [...]”, Mt.27.9, pensamos que somos nós que dirigimos a nossa vida, pelo contrário, “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR”, Pv.16.1.
                “Então, (por este motivo) se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias (Zc.11.12) [...]”, Mt.27.9.
                “[...] Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele (Jesus) a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram (para ser morto em nosso lugar)”, Mt.27.9.
                Apreenda: “E as (moedas) deram pelo campo do oleiro (Jr.19.11 - atoleiro), assim como me ordenou (apontou, ordenou) o Senhor (a morte do seu Filho Jesus Cristo)”, Mt.27.10.

            Rev. Salvador P. Santana

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