GETSÊMANI
Mt.26.36-46
Introd.: Getsêmani
(aram. Lagar – prensa de azeite).
Retiro
favorito frequentado por Cristo e seus discípulos, o qual se tornou a cena da
agonia de Jesus, da traição de Judas e do aprisionamento do Senhor.
A
ação de Jesus no Getsêmani deu origem ao costume cristão de ajoelhar-se para
orar.
Nar.: Jesus
se dirige ao Getsêmani com Pedro, Tiago e João com a finalidade de conversar
com Deus a respeito do seu futuro que aconteceria em poucas horas.
Propos.: O Getsêmani, lagar (prensa) fala do
próprio Jesus.
Trans.: Getsêmani [...]
1 – Lugar de oração.
“[...] Pedro [...] (se dispôs) ainda que seja necessário
morrer (com) Jesus [...] e todos os discípulos disseram o mesmo”,
Mt.26.35.
“Em seguida [...]”, Mt.26.36 a essa
fala de Pedro, Jesus resolveu testar não apenas, Pedro, mas também Tiago e João.
Por este
motivo “[...] foi Jesus com eles (fazer
o teste da) oração [...]”, Mt.26.36.
“[...] A [...] oração (não aconteceu no templo
ou na praça a fim de se exibirem) [...]”, Mt.26.36.
“[...] Jesus foi com eles a um lugar (muito
especial e determinado pelo Pai conforme o que aconteceria com Jesus) [...]”,
Mt.26.36.
“[...] Chama-se Getsêmani (lagar – para
prensar a azeitona a fim de extrair o óleo para ungir a quem seria entregue
para a morte) [...]”, Mt.26.36.
“[...] A (respeito do) Getsêmani [...] Jesus disse
a seus discípulos (que seria um momento para reflexão, conversa com o Pai,
introspecção, momento especial de) oração”, Mt.26.36.
No “[...] Getsêmani [...] Jesus (ordena que) seus
discípulos (se) assentem (no jardim porque o Mestre tinha uma missão especial
com o Pai celeste) [...]”, Mt.26.36.
A ordem
devia ser cumprida “[...] enquanto Jesus
(foi) [...] ali orar (derramar o seu coração perante o Pai eterno)”,
Mt.26.36.
Jesus
deixa os discípulos e se “adianta um
pouco (para ficar a sós com o Pai) [...]”, Mt.26.39.
A atitude
do Mestre Jesus é de humildade, “[...]
prostra-se sobre o seu rosto (como sinal de reverência) [...]”,
Mt.26.39.
Jesus faz
“[...] oração e diz (com respeito): Meu
Pai [...]”, Mt.26.39.
Perceba
que o desejo de Jesus não prevalece, mesmo sendo Deus, mas, “[...] se possível (poderoso, capaz, forte) [...]
Pai, passe de mim este cálice [...]”, Mt.26.39.
Jesus
como homem deseja escapar do “[...] cálice
[...]”, Mt.26.39.
O “[...] cálice (é símbolo da morte sacrifical
diante das autoridades, espancamento, vergonha, zombaria, a cruz) [...]”,
Mt.26.39.
O “[...] cálice (indica tristeza, terror) [...]”,
Mt.26.39.
Atenas, o
cálice de veneno era um dos meios de execução de criminosos. Sócrates foi morto
dessa maneira.
“[...] Passar de mim este cálice (alusão à
permissão do juiz, de que um criminoso não tivesse de sorver o cálice, sendo
passado para outro enfileirado para a morte) [...]”, Mt.26.39.
Veja mais
uma vez a humildade de Cristo; “[...] todavia,
não seja como eu quero, e sim como tu (Pai) queres (prevaleça sobre a minha
vontade)”, Mt.26.39.
Jesus não
pede, ele ordena: “[...] orai [...]”,
Mt.26.41.
Faça uma
análise sobre o dever de você “[...]
orar [...]”, Mt.26.41.
O exemplo
de Jesus é que ele “tornando a
retirar-se, orou de novo (para conversar com o Pai) [...]”, Mt.26.42.
O “[...] dizer (de Jesus continua sendo
respeitoso): Meu Pai (grande exemplo) [...]”, Mt.26.42.
Perceba
que na oração Jesus sugere que “[...]
se não é possível passar de mim este cálice (que outro sofra em meu lugar)
[...]”, Mt.26.42.
Vemos que
tudo podemos pedir a Deus, principalmente “[...]
sem que eu o beba (passe pelo sofrimento, que seja poupado) [...]”,
Mt.26.42.
Mas,
devemos saber que não está em nós a decisão final, que “[...] faça-se a [...] vontade (do) Pai”, Mt.26.42 em
nossa vida quando estivermos orando.
Jesus “deixa [...] novamente, (os seus) discípulos
(para refletirem) [...]”, Mt.26.44.
Jesus
sozinho “[...] foi orar pela terceira
vez (insistindo em sua petição) [...]”, Mt.26.44.
E outra “[...] vez Jesus repete as mesmas palavras (a
fim de que o Pai responda o seu clamor)”, Mt.26.44.
Ore!
Insista com Deus em suas petições.
O
Getsêmani [...]
2 – Traz tristeza ao coração.
Getsêmani
é lugar de prensar as azeitonas para obter o azeite.
Da mesma
forma aconteceu com Jesus, foi prensado, moído, maltratado a fim de extrair o
óleo para a nossa unção.
“E, (além do sofrimento de padecer em nosso lugar,
Jesus) levou consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, (Tiago e João) [...]”,
Mt.26.37.
“[...] Pedro [...]”, Mt.26.37, Tiago e
João eram explosivos.
“[...] Pedro (decepou a orelha de Malco,
Jo.18.10) [...]”, Mt.26.37, Tiago e João queria descer fogo do céu para
consumir os Samaritanos, Lc.9.54.
“E, (por este motivo, a falta de oração, o
sofrimento iminente) [...] Jesus começou a entristecer-se (preocupado, aflito,
magoado) [...]”, Mt.26.37.
Jesus
fica “[...] angustiado (ansioso,
deprimido por achar-se sozinho, abandonado pelos seus discípulos)”,
Mt.26.37.
“Então, (percebendo essa situação Jesus) lhes
disse (a verdade que pode acontecer com todos os homens) [...]”,
Mt.26.38.
Precisamos
saber que “[...] a nossa alma (sofre,
apesar de sermos servos do Senhor) [...]”, Mt.26.38.
“[...] A nossa alma (fica e muitas vezes) está
profundamente triste (por causa dos problemas da vida) [...]”, Mt.26.38.
“[...] A nossa alma está profundamente triste
até à morte (devido os problemas ou perto da morte) [...]”, Mt.26.38.
O desejo
de Jesus é que eu e você “[...] fiquemos
aqui e vigiemos (prontidão com) Ele (em oração, conforto para oferecer
companhia)”, Mt.26.38.
Getsêmani
faz um alerta [...]
3 – Vigia.
O desejo
de Jesus para que os seus servos vigiem tem três propósitos:
1 –
Não se afastar de Jesus – “[...]
Então (Jesus continua perguntando a mim e a você:) nem uma hora (dentre as 24
horas) pode você vigiar (assistir, dar atenção, ser ativo, tomar cuidado para
que nenhuma calamidade destrutiva, repentina nos surpreenda) (com) Jesus?”,
Mt.26.40.
A
reprimenda é de que “[...] Jesus voltando
(pode dar a ideia da segunda vida) para os discípulos, achar (eu e você) dormindo
(espiritualmente) [...]”, Mt.26.40.
“[...] E (pensa um pouco a respeito da sua fé,
dedicação, obediência quando Jesus) disser a Pedro (eu e você que deixamos de)
[...] vigiar [...]”, Mt.26.40;
O segundo
propósito da vigilância é para que eu e você não [...]
2 –
Caia em tentação.
O
imperativo “vigiai (é determinado pela
maior autoridade que temos em nossa vida espiritual, Jesus Cristo) [...]”,
Mt.26.41.
O
propósito da “vigilância (serve) [...]
para que não entremos em tentação (prova da fidelidade a Jesus, sedução ao
pecado) [...]”, Mt.26.41.
A
explicação é de que “[...] o espírito
(vida com Deus em oração deseja fugir da tentação), na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca (devido ao desejo maligno)”, Mt.26.41.
O
propósito da vigilância fala sobre o desejo de [...]
3 –
Não dormir.
“E (o que acontecerá com cada um de nós quando
Jesus) [...] voltar (?) [...]”, Mt.26.43.
Pode ser
que Jesus nos “[...] ache outra vez
dormindo (em nossa vida espiritual) [...]”, Mt.26.43.
Pode
acontecer de eu e você “[...] dormir; porque
os nossos olhos (da fé para contemplar as belezas de Deus) estão pesados”,
Mt.26.43.
O
conselho de Jesus é: “Vigiai [...]”,
Mt.26.41.
Getsêmani
alerta sobre [...]
Conclusão: A
última hora.
A última
hora está chegando e Jesus, “então,
voltará para os discípulos (eu e você) [...]”, Mt.26.45.
“[...] E (Jesus) nos dirá (a respeito da nossa
vida espiritual se “[...] é morno [...] quente [...] (ou) frio [...]”, Ap.3.16)
[...]”, Mt.26.45.
A
preocupação de Jesus é porque muitos de nós “[...]
ainda dormimos e repousamos (em nossa vida de dedicação, oração, leitura
bíblica) [...]”, Mt.26.45.
Esse
momento foi trágico para Jesus, porque “[...]
eis que é chegada a hora (de Jesus se oferecer por nós no sofrimento) [...]”,
Mt.26.45.
“[...] E o Filho do Homem estava sendo
entregue nas mãos de pecadores (maus, perversos, sanguinários, conforme o que
havia sido determinado)”, Mt.26.45.
Jesus,
então, convida os seus discípulos a se “levantarem
(da letargia, mornidão, preguiça espiritual) [...]”, Mt.26.46.
“Levanta, vamos! (Desperta para servir a Deus)
[...]”, Mt.26.46.
“[...] Eis que o traidor se aproxima (de Jesus
no ano 30 e também de cada um de nós para tentar nos afastar de Deus)”,
Mt.26.46.
“[...] Getsêmani [...]”, Mt.26.36 nos
convida a sermos fieis a Deus.
Rev.
Salvador P. Santana
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