NEGAÇÃO
Mt.26.69-75
Introd.: A negação
tem a ideia de enganar, mentir, falhar, tornar-se tendencioso, ser
desapontador, ser falso, ser insuficiente, ser descoberto como mentiroso,
desmentir, agir falsamente – BOL.
Muitos
ainda negam o holocausto, a divindade, a criação, a existência de Deus.
Outros
negam e rejeitam que Cristo voltará, de que o Diabo não existe, que a Escritura
Sagrada é inspirada por Deus, que existe céu e inferno e que nem todos os
homens serão salvos ou condenados.
Nar.: Jesus
estava na casa de Caifás, o sumo sacerdote, sendo julgado e logo seria
condenado à morte pelas mãos de Pilatos.
Pedro, um
dos homens mais valentes, cheio de si que conhecemos na Bíblia, estava
arrefecendo, deixando de lado a sua impetuosidade de ir até a morte com Cristo.
Diante da
negação algumas acusações são levantadas sobre a sua integridade de Pedro.
Propos.: Fique sabendo que, “se somos infiéis, ele (Jesus) permanece fiel,
pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”, 2Tm.2.13.
Trans.: A negação de Pedro provoca a [...]
1 – Primeira acusação.
Muitos
de nós somos como aquela pessoa desconfiada, assim como “[...] Pedro (que) seguia Jesus de longe (escondido,
para não ser notado) até ao pátio do sumo sacerdote [...]”, Mt.26.58.
A
conjunção aditiva “ora [...]”,
Mt.26.69, mostra quanto a nossa fala é diferente daquilo que vivemos diante dos
homens.
“[...] Pedro (fez de tudo para ocultar a sua
identidade como servo de Deus) estava assentado (acomodado em nosso meio de
convivência – escola, trabalho, família, vizinhos – somos descobertos, alguém
nos reconhece e nos identifica como cristão) [...]”, Mt.26.69.
Esse
“[...] assentar fora no pátio (espaço
sem cobertura, afastado de Jesus, pode indicar a falta de compromisso, oração,
leitura bíblica) [...]”, Mt.26.69.
“[...] E, (quanto mais afasta, esconde, tenta
negar a servidão a Cristo, sendo escolhido, você será identificado) [...]”,
Mt.26.69.
Veja
que “[...] se aproximou uma criada (escrava,
que atendia a porta e que, para muitos é insignificante, sem valor, mas ela observa,
tem boa memória, conhece e sabe o que você faz) [...]”, Mt.26.69.
Muitas
das “[...] criadas (podem) nos dizer (algo
que não desejamos ouvir ou uma cobrança na vida espiritual – não você não vai à
igreja? Deixou de orar? Não ler mais a Bíblia? Deixou de dar o dízimo?) [...]”,
Mt.26.69.
O
ponto crucial é quando “[...] uma
criada (levanta uma acusação contra a minha pessoa, a minha fé, a observância da
Palavra de Deus, o ser ou não servo de Jesus) [...]”, Mt.26.69.
Ela
pode “[...] dizer: Também tu estavas (verbo
no pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado,
mas que não foi
completamente terminado, ou seja, você ainda está) com Jesus, o galileu
(o mais rejeitado, odiado, pobre – pode ser que você esteja com vergonha de
Jesus)”, Mt.26.69.
Perceba
que a reação a acusação é rápida. “Ele
(Pedro não confirma ser servo de Jesus), porém [...] nega (rejeita, repudia) Jesus
(como sendo o seu Senhor) [...]”, Mt.26.70.
O
mais sério é que a negação é “[...]
diante (não apenas da criada, mas) de todos (os que ali estavam presentes –
mesa de um bar, festa, reunião de família) [...]”, Mt.26.70.
O
“[...] dizer (de) Pedro (pode ser o meu
e o seu): Não sei o que dizes (a respeito da minha fé, salvação, amizade com
Jesus)”, Mt.26.70.
A
negação de Pedro gerou a [...]
2 – Segunda acusação.
Do
“[...] pátio (afastado de Jesus, onde falta
compromisso, oração, leitura bíblica) [...]”, Mt.26.69, a atitude de Pedro
é “[...] sair para o alpendre (coberto,
mais próximo de Jesus de onde pode ouvir o interrogatório e saber quais
resultados do julgamento) [...]”, Mt.26.71.
“E, (mais uma vez, Pedro pensando em se
aproximar de Jesus, é surpreendido quando) [...] foi ele visto por outra criada
(escrava do palácio, mas conhece muito bem a sua vida) [...]”, Mt.26.71.
Perceba
que esta segunda acusação não se limita apenas a uma pessoa, no particular, mas
“[...] a criada disse aos que ali
estavam (falando alto, gritando a fim de que todos possam ouvir e chamar atenção
para ser direcionada a Pedro como sendo um que nega o seu próprio Mestre) [...]”,
Mt.26.71.
“[...] Este (Pedro, eu e você) também estava (no
passado com Jesus, mas que não foi
completamente terminado, renovado espiritualmente, entregue totalmente a) Jesus
[...]”, Mt.26.71.
Neste
texto “[...] Jesus [...] (é chamado de)
o Nazareno (o que é separado para servir ao Pai, sendo assim exemplo para mim e
você imitar)”, Mt.26.71.
“E (neste caso ou nesta segunda acusação, qual
atitude em relação à nossa fé eu e você iremos tomar?) [...]”, Mt.26.72.
“[...] Ele (Pedro, pode ser eu e você) negou
outra vez (Jesus como aquele que é exemplo de separação do pecado) [...]”,
Mt.26.72.
O
pior é que foi “[...] com juramento (usando
o nome de Deus em vão, sendo que muitas vezes nós caímos nesse erro) [...]”,
Mt.26.72.
“[...] Não conheço tal homem (chamado Jesus
que pode salvar, mudar a minha vida)”, Mt.26.72.
A
negação aponta a [...]
3 – Terceira acusação.
Pensamos
que sempre estamos dispostos, com a fé firme, dedicados ao Senhor, mas pelo
contrário, “logo depois (ainda no
alpendre, próximo a Jesus, outra acusação aumentando o coro das duas criadas de
que eu e você negamos Jesus, o nosso Salvador) [...]”, Mt.26.73.
Como
houve alarde, gritos de acusação por parte da criada, “[...] aproximaram-se os que ali estavam (não para apedrejar –
lei mosaica, mas para humilhar, rebaixar, reconhecer a pecaminosidade encravada
no coração de) Pedro [...]”, Mt.26.73.
O
que irão “[...] dizer (a minha família,
amigos, vizinhos) a (respeito da fé, negação de) Pedro (eu e você?) [...]”,
Mt.26.73.
A
fala de muitos é que, “[...] verdadeiramente,
és também um deles (frequentador da igreja, conhecido como Bíblia, aquele que
se diz crente) [...]”, Mt.26.73.
O
motivo é “[...] porque o seu modo de
falar o denuncia (sem palavra indecorosa, sem xingamento, sem maldizer)”,
Mt.26.73.
A
conjunção “então (é acumulativa, mostrando
que pode haver mudança no percurso da minha história) [...]”, Mt.26.74.
Perceba
que “[...] Pedro começou a praguejar (amaldiçoar
a si mesmo, aos outros, afirmar que dizia a verdade) [...]”, Mt.26.74.
“[...] E (para complicar ainda mais a
situação) Pedro começou a jurar (tomando Deus como testemunha da sua mentira)
[...]”, Mt.26.74.
É
bom lembrar que pode acontecer com qualquer um de nós afirmando que “[...] não conhecemos esse homem! (Jesus como
Senhor, Salvador, perdoador dos meus pecados) [...]”, Mt.26.74.
“[...] E (assim como Jesus havia profetizado) imediatamente
cantou o galo (para despertar Pedro do seu sono espiritual)”, Mt.26.74.
Acorda
e viva para Deus!
A
negação levou Pedro a [...]
Conclusão: Reconhecer o seu erro.
“Então, (fica a pergunta para) Pedro (eu e
você a respeito da nossa fidelidade, lealdade, dedicação a Jesus) [...]”,
Mt.26.75.
Precisamos
trazer à memória, “[...] lembrar da
palavra que Jesus nos dissera (a respeito da nossa fé e de que podemos cair, é
possível Satanás nos tentar) [...]”, Mt.26.75.
“[...] Jesus dissera (a) Pedro, mas ele não
acreditou): Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes (não o conheço
enfatizando a falta de zelo espiritual) [...]”, Mt.26.75.
Mas,
devido a negação, Deus nos dá a oportunidade de reconciliação, reconhecimento
do nosso erro, retratação, voltar aos braços de quem nos ama, por este motivo, “[...] Pedro [...] saindo dali, chorou
amargamente (com dor, desespero por saber que é muito fraco na fé)”,
Mt.26.75.
Rev.
Salvador P. Santana
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