FESTAS
Na
cultura brasileira, a época do carnaval é uma data em que o povo se diverte
para valer. É o tempo em que festas são alimentadas com todo tipo de bebida
alcoólica, drogas ilícitas e foliões tentando a todo custo desabafar,
desafogar, descarregar as angústias, tristezas, mágoas carregadas no decorrer
do ano anterior e também as demais desavenças do início do ano em festa. É
nesta festa que alguns foliões se enfeitam, se disfarçam com máscaras, rostos
maquiados para esconder um pouco a sua identidade e deixar extravasar aquilo
que não fariam perto da família ou de amigos do trabalho ou escola.
Interessante
notar que na festa carnavalesca as pessoas por mais simples ou importantes que
sejam, tanto socialmente quanto espiritualmente, se igualam nos salões ou nas
praças apropriadas para tais festejos. Percebe-se que até mesmo os mais tímidos
do grupo social se enfeitam e saem para se divertir, pular, dançar, farrear,
coisas que para eles é anormal em dias normais. Verdade é que muitos saem para
se divertir, outros para fazer amizades, outros são arruaceiros, briguentos,
trapaceiros.
Na
cultura judaica, o povo judeu comemorava muitas festas, mas entre tantas,
existem três comemorações importantes: 1 – Páscoa (libertação do povo do
Egito), 2 – Tabernáculos (lembrança das barracas no deserto e, 3 – Pentecostes
(comemora a descida do Espírito Santo ou o término da colheita).
É
bom lembrar que em todas essas e demais festas que os judeus celebravam, tem um
único significado: enquanto Deus conservar vivo o homem, ele pode e deve
agradecer e glorificar a Deus, pois conforme o profeta Isaías, “a sepultura não
[...] pode louvar (a) Deus, nem a morte glorificá-lo [...]” (Is 38.18).
Na
cultura evangélica não existe uma data específica para uma festança tal como as
citadas acima. Segundo o conceito evangélico, quaisquer meses, dias, horas ou
épocas são próprias para se “alegrar por todo o bem que o SENHOR, teu Deus, te
tem dado a ti e a tua casa [...]” (Dt 16.11).
Interessante
notar que, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, os servos de Deus se
alegravam com coisas triviais que aconteciam em suas vidas. Para todos eles era
motivo de festa de levantar “[...] a voz do agradecimento [...] ao SENHOR [...]”
(Jn 2.9).
A
igreja de Filipos se dispôs a cuidar do apóstolo Paulo, enviando-lhe donativos.
Paulo se “alegrou, sobremaneira, no Senhor porque [...] uma vez mais, (os
Filipenses) renovaram a seu favor o [...] cuidado [...]” (Fp 4.10).
Note
que nesse texto não são citados tamborim, flauta, gaita ou outro instrumento
músico para que pudessem regozijar-se. Essa “alegria, sobremaneira, (foi) no
Senhor [...]” (Fp 4.10), pelo cuidado, amor, misericórdia em todos os momentos
da vida.
A
alegria de Paulo não foi por causa das circunstâncias da vida, mesmo porque, o
mesmo apóstolo declara que “[...] não (foi) por causa da pobreza, porque aprendeu
a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Paulo aprendeu “[...]
estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias
[...] teve experiências, tanto de fartura como de fome; assim de abundância
como de escassez” (Fp 4.12). O que causou alegria no coração de Paulo foi o
Senhor “[...] que o fortaleceu” (Fp 4.13).
O
festejar do crente é totalmente diferente da que o mundo oferece. Essa alegria
aproveitada nestes dias de carnaval é passageira, dura algumas horas ou dias,
logo passa e pode ser cruel com muitos foliões – gravidez indesejada, DST’s,
brigas, prisões, mortes. Faça a opção de cair fora dessa folia!
É
bom lembrar que a alegria oferecida por Cristo Jesus é eterna, isto porque, o
prenúncio de Isaías é que; “os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com
cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria
alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido (para toda a eternidade)” (Is
35.10).
Qual
festejo você prefere escolher para este final de semana? A festa que dura
apenas uns dias ou a festa que dura eternamente? Pense a esse respeito.
“Não
sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal” (Pv 3.7)
para você escolher uma festa que possa agradar a Deus.
Rev. Salvador P. Santana
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