OS SACRAMENTOS COMO MARCA DA VERDADEIRA IGREJA,
2Tm.2.18-20.
Introd.: A igreja verdadeira está fundamentada
exclusivamente na Palavra de Deus, a doutrina profética e apostólica.
A
verdadeira igreja é autenticada, aprovada e selada pela Escritura Sagrada.
Para
demonstrar a veracidade da Palavra de Deus, a igreja deve manifestar
externamente, por meio de suas marcas: a fiel pregação da Palavra, a correta
administração dos sacramentos e a aplicação da disciplina bíblica.
1 – A igreja visível e
invisível.
A
igreja é conhecida como “[...] o povo
de Deus [...]”, Hb.11.25, que ele mesmo escolheu para sua possessão.
Na
Reforma Protestante – séc. XVI, sugiram as definições de igreja visível e
invisível que nos ajudam a entender melhor o que é a verdadeira igreja.
Foi
nesta época que se deu ênfase ao laicato (a doutrina do sacerdócio universal de
todos os santos), uma ideia contrária ao distanciamento entre clero e leigos.
A
igreja invisível é um só corpo composto de todos os eleitos, de todas as
épocas, inclusive aqueles que ainda não foram alcançados pela chamada eficaz do
evangelho de Cristo.
Catecismo
Maior – 65 – Resposta – A igreja invisível é o número completo dos eleitos que
têm sido e que hão de ser reunidos em um corpo sob Cristo, “[...] para ser o cabeça sobre todas as coisas
[...]”, Ef.1.22.
Haverá
um dia em que Jesus “[...] reunirá em
um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos (isto, porque Jesus) ainda têm
outras ovelhas, não deste aprisco; a Ele [...] convém conduzi-las [...] então,
haverá um rebanho e um pastor”, Jo.11.52; 10.16.
A
expressão igreja invisível aponta a realidade de nossa incapacidade de ver quem
são exatamente os membros dessa igreja.
Somente
o Senhor conhece com exatidão quem e quantos pertencem à igreja invisível, por
este motivo de Jesus “não rogar somente
por estes, mas também por aqueles que vierem a crer (Nele) [...] por intermédio
da sua palavra”, Jo.17.20.
A
igreja visível é composta de todos quantos são “[...]
santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”,
1Co.1.2.
Faz
parte da igreja visível “[...] todos os
que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”,
At.2.39.
O
meio pela qual somos admitidos na igreja visível é o batismo.
A
Ceia do Senhor é um grande benefício concedido a todos aqueles que, após sua
pública declaração de fé em Cristo, e sua consequente obediência, dela
participa como um privilégio.
Na
igreja visível, encontramos aqueles que professam a verdadeira religião. Não
significa que somente quem for membro da igreja visível será salvo, mas todos
os salvos devem ser membros da igreja visível.
Catecismo
Maior – 61 – Serão salvos todos os que ouvem o evangelho e pertencem à igreja
visível? Nem todos os que ouvem o evangelho pertencem à igreja visível serão
salvos, mas unicamente aqueles que são membros verdadeiros da igreja invisível.
Paulo
declara que “[...] nem todos os de Israel
são, de fato, israelitas”, Rm.9.6.
Na
fala de Jesus, “nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.
O
meio ordinário da salvação é a igreja. Existe a possibilidade de salvação por
meio do conhecimento da Palavra salvadora, talvez sem a presença da igreja.
O
meio ordenado por Deus é a igreja, a agência oficial no que concerne à pregação
do evangelho de Cristo, à ministração dos sacramentos e à aplicação da disciplina
bíblica.
A
forma e a certeza da preservação e triunfo da igreja é que “[...] Cristo é o cabeça da igreja, sendo este
mesmo o salvador do corpo”, Ef.5.23.
A
igreja invisível é protegida, não obstante a oposição de todos os inimigos, por
isso “[...] igreja (é) edificada [...]
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt.16.18.
A
igreja visível está debaixo do governo gracioso do Senhor, que a preserva e
protege por meio dos sacramentos.
Alguns
benefícios para os membros da igreja visível:
Jesus
“[...] pôs todas as coisas debaixo dos (seus)
pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja”,
Ef.1.22, por este motivo somos unidos com Cristo;
Temos a
vocação (chamada) eficaz (competente) “quando,
porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para
com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo”, Tt.3.4, 5;
Temos
também a chamada eficaz quando “[...]
creem todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”, At.13.48;
É
o próprio Deus quem nos “[...] justifica
(torna justos) gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus”, Rm.3.24;
A
nossa justificação garante que “[...]
não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a
conservação da alma”, Hb.10.39;
É
pelo “[...] grande amor (que) nos tem
concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos
filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.1;
Somos
beneficiados também com a “[...] escolha
nele (Jesus) antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor”, Ef.1.4.
2 – Necessidade de distinguir
a verdadeira igreja.
CFW
– XXV.V – As igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao
erro.
“A igreja de Deus (é) chamada (em) [...] Cristo
Jesus [...] para ser santa [...]”, 1Co.1.2.
Dentro
da igreja encontramos “[...] crescendo juntos
até à colheita [...] (o) joio (que será) ajuntado primeiro [...] atado em
feixes para ser queimado; mas o trigo, (será) recolhido no [...] celeiro (de)
Deus”, Mt.13.30.
Muitos,
“[...] pela sua incredulidade, foram
quebrados [...] sendo, antes, sinagoga de Satanás”, Rm.11.20; Ap.2.9, os
quais não herdarão a vida eterna.
Sempre
haverá sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele
mesmo, porque o próprio Jesus “[...]
edificará a sua igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”,
Mt.16.18.
Dentro
da igreja verdadeira sempre iremos encontrar aquele “[...] que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra,
porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e
fica infrutífera”, Mt.13.22.
Paulo
fala que “estes se desviaram da
verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo (arruinar,
destruir) a fé a alguns”, 2Tm.2.18.
“Entretanto, o firme fundamento (igreja) de
Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais:
Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”,
2Tm.2.19.
“Ora, (é por este motivo que) numa grande casa
não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro.
Alguns (crentes), para honra (do preço pago); outros (frequentes), porém, para
desonra (desgraça)”, 2Tm.2.20.
3 – As marcas da verdadeira
igreja.
A
verdadeira igreja é marcada pela fiel pregação da Palavra, sem ela não há
igreja; a correta administração dos sacramentos, que comunica a fé e fortalece
a alma; e a aplicação da disciplina para a pureza da igreja.
A
respeito da pura pregação, “[...] ainda
que nós ou mesmo um anjo vindo do céu nos pregue evangelho que vá além do que nos
temos pregado, seja anátema (amaldiçoado)”, Gl.1.8.
A
administração dos sacramentos deve obedecer ao que Cristo instituiu (determinou)
no quesito de “[...] batizar em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo [...] partir o pão [...] tomar [...] o
cálice (e) dar (aos discípulos) [...]”, Mt.28.19; 1Co.11.24, 25.
A
respeito da disciplina que serve para castigar os pecados e muitas vezes “entregue a Satanás para a destruição da
carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]”,
1Co.5.5.
A
verdadeira igreja, ou, “quem é de Deus
ouve as palavras de Deus [...]”, Jo.8.47.
A
igreja verdadeira “julga todas as
coisas, retêm o que é bom”, 1Ts.5.21.
Fazendo
parte da verdadeira igreja, o crente reconhece que “[...] Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador
do corpo”, Ef.5.23.
4 – Os sacramentos como marca
da verdadeira igreja.
Jesus
ordenou que os novos crentes precisam passar pelo “[...] batismo em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo
[...] (e estes devem participar do) partir (do) [...] pão [...] tomar [...] o
cálice [...]”, Mt.28.19; 1Co.11.24, 25.
A ordenança
de Deus é que devemos “[...] dar ouvidos
à sua voz, e ele será o nosso Deus, e nós seremos o seu povo [...]”,
Jr.7.23.
A
verdadeira marca é que “do SENHOR é a (nossa)
salvação, e sobre o seu povo, a sua bênção”, Sl.3.8.
Conclusão: É necessário reconhecer, por meio da
Palavra de Deus, a verdadeira igreja.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor –
Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.
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