SEJA CORTÊS
Ser
indelicado não convém neste mundo polarizado, onde parece que todos brigam por
coisas banais, até mesmo por postagens em redes sociais, olhares atravessados,
esbarrões, palavras mal-ouvidas, gestos, fechadas no trânsito.
A
cortesia deve fazer parte da vida de todos os cidadãos. Algumas palavras podem
livrar você de enrascadas, brigas, discórdias. Dê um bom dia, um abraço, um
aperto de mão, peça licença, seja gentil, educado, se desculpe, use palavras
adequadas, não se rebaixe ao nível do seu ofensor.
O
salmista ensina aos homens de hoje como devem se comportar diante de situações
que parecem não ser agradáveis, e que muitas vezes podem resultar em discórdia,
brigas, intrigas e, quem sabe, chegar às vias de espancamento, delegacia,
tribunais e, em muitos casos, a morte.
É
algo simples, mas de grande valor diante de Deus e diante dos homens. Ele
“disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua;
porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio” (Sl
39.1).
É
bom entender que não é somente “[...] na presença (do) ímpio (que você deve)
[...] pôr mordaça à sua boca [...]” (Sl 39.1); muitas vezes diante de pessoas
cristãs é preciso ficar emudecido, apenas ouvir o que o outro tem a dizer a
respeito de qualquer assunto.
Pode
ser que você não entenda do assunto ou que discorde das posições dele, seja de
ordem política, religiosa ou futebolística. Em muitos casos é necessário “[...]
pôr mordaça à sua boca [...]” (Sl 39.1) e ouvir atentamente, dar corda, não dar
razão caso você não aceite a posição exposta por ele, deixe-o falar, expor as
suas palavras, sejam elas boas ou ruins para você. Pode ser que você seja o
único que parou para ouvir as suas queixas, lamúrias, suas histórias que outros
amigos e parentes não tiveram paciência.
“[...]
Para não pecar com a língua [...]” (Sl 39.1), fala o salmista. É interessante
notar essa frase porque o “dizer (do salmista não é) [...] pecar (contra Deus,
mas) pecar com a língua [...]” (Sl 39.1) naquilo que você fala ou deixa de
falar a todos os homens. Mas, por outro lado, é certo que as suas palavras
podem sim, machucar os ouvidos de Deus, mesmo porque “as palavras dos seus
lábios e o meditar do seu coração sejam agradáveis na [...] presença (de Deus),
Senhor, (que é) rocha [...] e redentor (da sua alma)!” (Sl 19.14). Por este
motivo, cada um “não (pode) se precipitar com a sua boca, nem o seu coração se
apressar a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus,
e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras” (Ec 5.2).
Perceba
que a atitude do salmista é tão-somente “[...] guardar os seus caminhos
(contra) homens [...] ímpios [...]” (Sl 39.1) ou não, para que, caso eles façam
uma reclamação de você ser orgulhoso, arrogante, metido, não tenha valor diante
de Deus porque você sabe se dirigir às pessoas com educação. Eis o motivo de
cada um ser afável com todas as pessoas a fim de você “[...] guardar [...] a
[...] (sua) língua [...]” (Sl 39.1) para ser amigável, respeitoso com todas as
pessoas.
O
salmista não encerra o seu texto, na verdade, é o início “dizendo consigo mesmo
[...]” (Sl 39.1) a respeito do seu modo de agir, conversar, se dirigir às
pessoas, cumprimentar uns em detrimento de outros, parar para dar atenção a
quem o chama, atender quando o celular tocar, mesmo sendo das operadoras - as
atendentes não são culpadas.
Pense
a respeito do modo como você se dirige às pessoas, se é de modo gentil ou
desrespeitoso.
Rev. Salvador P. Santana
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