Objetivo: Combater a apostasia.
Introd.: Você conhece alguém que abandonou a
fé cristã?
Alguém que
foi dedicado ao trabalho da igreja e hoje está fora dela?
Apostasia.
O que leva uma pessoa a abrir mão da sua fé?
O Novo Testamento
apresenta alguns motivos:
Perseguição
– “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações,
por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e
odiar uns aos outros”, Mt.24.9, 10;
Amor ao
mundo – “[...] Demas, tendo amado o presente século, me abandonou [...]”,
2Tm.4.10;
Negligência
– “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo
sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a
ouviram”, Hb.2.3;
Religião
– “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o
dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro”, Hb.6.4, 5.
Tudo
começa de forma sutil, e de repente, a pessoa nega a fé, rejeita a sã doutrina,
porque “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”,
1Tm.4.1.
Paulo fala
que “[...] haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo
coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às
fábulas (ilustrar uma verdade na qual vegetais e animais falam)”, 2Tm.4.3, 4.
Muitos
“[...] deixam de congregar, como é costume de alguns [...] (mas tenha cuidado, pois)
vede que o Dia se aproxima”, Hb.10.25.
Daí, o
próximo passo do homem que deseja abandonar a igreja ou a Cristo é “[...] amar o
mundo [...] (e) as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do
Pai não está nele”, 1Jo.2.15.
Pode um
cristão verdadeiro abandonar a sua fé e a sua salvação?
A resposta
bíblica é não.
O apóstata
não é uma ovelha do Bom Pastor, “pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido
o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se
do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo
adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou
a revolver-se no lamaçal”, 2Pe.2.21, 22.
Nar.: A carta de Judas foi escrita para convocar a
igreja a defender a fé e combater a apostasia.
No texto o
autor apresenta uma expressão de sentimento de dor, sofrimento, angústia: “Ai
deles! [...]”, Jd.11, mencionando uma preocupação com a vida espiritual do
outro.
O “ai
deles! (É) porque prosseguiram pelo caminho de Caim (assassinato), e, movidos
de ganância, se precipitaram no erro de Balaão (aliando-se a homens incrédulos,
Nm.22.12), e pereceram na revolta de Corá (filho de Levi, desejou ser líder no
lugar de Moisés e Arão, Nm.16.9)”, Jd.11.
A
declaração para todos quantos se afastam de Deus é que, “quanto a estes foi que
também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o
Senhor entre suas santas miríades (anjos para ajuntar todos os escandalosos)”,
Jd.14.
A
finalidade desse ajuntamento é “para exercer juízo contra todos e para fazer
convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente
praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores
proferiram contra ele (Jesus)”, Jd.15.
1 – O exército de Deus.
“Judas,
servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e
guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam
multiplicados”, Jd.1, 2.
A
– O remetente.
O autor da
carta se identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago [...]”,
Jd.1.
Há no N.T.
cinco pessoas com esse nome:
“[...]
Judas (de Damasco, que hospedou) [...] Saulo, apelidado de Tarso [...]”,
At.9.11;
“[...]
Judas Iscariotes, que foi quem [...] traiu Jesus”, Mt.10.4;
“[...]
Judas, não o Iscariotes [...]”, Jo.14.22;
“[...] E
Judas [...] irmão (de) Jesus [...]”, Mt.13.55.
O irmão de
Jesus é o autor da carta de Judas, um dos quais “[...] não cria (em) Jesus”,
Jo.7.5, mas foram convertidos, a ponto de “[...] perseverarem unânimes em
oração [...] (entre eles) os irmãos (de) Jesus”, At.1.14.
Por isso, “Judas
[...] (diz que é) servo (escravo) de Jesus Cristo e irmão de Tiago [...]”,
Jd.1.
B
– Os destinatários.
“Judas
[...] (se dirige) [...] aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus
Cristo”, Jd.1.
Três
características dos soldados de Cristo:
1 – Os
soldados de Cristo são “[...] chamados [...] (por) Deus Pai [...]”, Jd.1.
Para fazer
parte da igreja ou do povo de Deus, “a todos os amados de Deus [...] (são) chamados
para serem santos [...]”, Rm.1.7.
Por isso,
“[...] devemos sempre dar graças a Deus [...] porque Deus nos escolheu desde o
princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”,
2Ts.2.13;
2 – Os
soldados de Cristo são “[...] amados (por) [...] Deus Pai [...]”, Jd.1.
O amor de
“[...] Deus [...] (é) rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, —pela graça somos salvos”, Ef.2.4, 5;
3 – Os
soldados de Cristo são “[...] guardados em Jesus Cristo”, Jd.1.
Além de “Jesus
[...] dar a vida eterna; (os servos de Deus) jamais perecerão, e ninguém as
arrebata da [...] mão (de) Jesus. (Isso porquê) aquilo que [...] Pai [...] dá
(para Jesus) [...] é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”,
Jo.10.28, 29.
E o melhor
é que o “[...] Pai santo [...] guarda [...]”, Jo.17.11.
C – A
saudação.
“Judas
[...]”, Jd.1, saúda os seus destinatários com “a misericórdia, a paz e o amor lhes
sejam multiplicados”, Jd.2.
Uma vez
que são “[...] chamados [...] (de) amados em Deus Pai e guardados em Jesus
Cristo”, Jd.1, tornam-se recipientes das grandes bênçãos de Deus com “a
misericórdia, a paz e o amor lhes sendo multiplicados”, Jd.2.
Por causa
da cruz de Cristo os cristãos desfrutam das muitas bênçãos de Deus sobre a sua
vida.
2 – O exército convocado.
Judas
escreve: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da
nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco,
exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos”, Jd.3.
Três
ações do autor:
A
– Judas tinha um plano.
Judas, a
princípio, queria escrever um texto de encorajamento espiritual, “[...] quando
empregava toda a diligência em escrever acerca da [...] comum salvação [...]”,
Jd.3.
O “querer
(de Judas era) [...] lembrar (à igreja), embora já estavam cientes de tudo uma
vez por todas, que o Senhor, tinha libertado um povo, tirando-o da terra do
Egito [...]”, Jd.5, a fim de animá-los ao crescimento espiritual.
Tanto
aqueles irmãos, e nós, devemos lembrar que Deus também “[...] destruiu, depois,
os que não creram”, Jd.5, todos quantos negaram a fé e o desejo de servirem a
Deus.
É por esse
motivo que ainda hoje, o povo de Deus, deve se dedicar a “salvar-se (a si mesmo)
e aos outros “[...] que estão na dúvida”, Jd.22), arrebatando-os do fogo [...]”,
Jd.23.
O plano de
Judas era que, “[...] quanto a outros (além da dúvida, renegam, rejeitam a
bondade de Deus), sede também compassivos em temor, detestando até a roupa
contaminada pela carne”, Jd.23.
Devido às
dúvidas, Judas fala que somente é “[...] àquele (Jesus) que é poderoso para nos
guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados diante da
sua glória”, Jd.24.
Todo servo
de Deus sabe que devemos somente “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus
Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as
eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”, Jd.25.
Judas,
dirigindo-se aos “amados (irmãos, eu e você) [...] foi que se sentiu obrigado a
corresponder conosco, exortando-nos a batalharmos, diligentemente, pela fé que
uma vez por todas foi entregue aos santos”, Jd.3.
Neste
texto Judas fala que essa verdade “[...] foi entregue aos santos”, Jd.3,
dizendo que a salvação não pertence apenas aos que estão dentro da igreja, mas
ainda aqueles que precisam ser chamados à graça de Deus.
B – Judas
teve uma percepção.
Judas
percebeu que o Espírito Santo o convocou para “[...] empregar toda a diligência
[...] acerca da [...] salvação [...] exortando-nos a batalhar, diligentemente,
pela fé [...]”, Jd.3 contra a apostasia.
Judas “[...]
se sentiu obrigado a corresponder [...]”, Jd.3, gr. Grapsai – forçado a pegar a
pena às pressas, quando ele percebeu que “[...] certos indivíduos se
introduziram com dissimulação (secretamente, furtivamente) [...]”, Jd.4.
Esses “[...]
certos indivíduos (falsos cristos são) [...] os quais, desde muito, foram
antecipadamente pronunciados para esta condenação (eterna) [...]”, Jd.4.
Verdade é
que eles são “[...] homens ímpios, que transformam em libertinagem (conduta
vergonhosa, luxúria, gasto rápido e extravagante) a graça de nosso Deus [...]”,
Jd.4.
E o pior
na vida de muitos homens é que eles “[...] negam o nosso único Soberano e
Senhor, Jesus Cristo”, Jd.4, daí, a condenação deles é certa.
Judas foi
“[...] constituído por (Deus) seu atalaia [...] (para) avisar o povo”, Ez.33.2,
3 sobre o perigo.
Todos nós
precisamos “atender [...] por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo nos
constituiu bispos, para pastorearmos a igreja de Deus [...] (o motivo:) entre nós
penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que [...] se levantarão
[...] falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles”,
At.20.28-30.
C – Judas
fez uma convocação.
Judas “[...]
nos exorta a batalharmos, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue
aos santos”, Jd.3.
Há três
aspectos importantes nessa convocação:
1 – Quanto
à batalha: “[...] A batalha [...] (tem que ser) diligente, pela fé [...]”,
Jd.3.
Essa
guerra é custosa e agonizante tal como Paulo “[...] se afadigou, esforçando-se
o mais possível [...] (para) combater o bom combate da fé. Tomar posse da vida
eterna [...]”, Co.1.29; 1Tm.6.12.
Para “[...]
batalhar [...] pela fé [...]”, Jd.3 é preciso esforço e disciplina como de um
atleta olímpico;
2 – Quanto
à causa da batalha: É somente “[...] pela fé [...]”, Jd.3.
O
significando de “fé” aqui é um conjunto ou um corpo de doutrinas.
Paulo usa
a palavra “[...] sã doutrina”, Tt.2.1, isto é, o ensino do Evangelho na sua
pureza e simplicidade como se apresenta na Bíblia;
3 – Quanto
ao caráter da fé: Podemos destacar quatro aspectos da fé:
A – A “[...]
fé [...] foi entregue aos santos”, Jd.3, e não descoberta ou inventada, mas revelada
por Deus.
A fé, “[...]
o evangelho [...] nos (foi) confiado [...]”, 1Ts.2.4 como um senhor confia os
seus bens a um mordomo;
B – A “[...]
fé [...] (nos) foi entregue [...]”, Jd.3 de uma vez para sempre.
Quando a
“[...] doutrina dos apóstolos [...]”, At.2.42 nos foi entregue e o seu
conteúdo; não existe novos acréscimos, novas revelações ou novas doutrinas.
“[...]
Deus, outrora, falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias, nos fala pelo Filho, a quem constituiu herdeiro
de todas as coisas [...]”, Hb.1.1, 2.
A Bíblia é
o conteúdo da nossa fé e da nossa prática;
C – A “[...]
fé [...] foi entregue aos santos”, Jd.3 ou “[...] aos santificados em Cristo
Jesus [...]”, 1Co.1.2.
A fé não é
propriedade de alguns ou de uma instituição religiosa.
A fé é dos
eleitos;
D – A “[...]
fé [...]”, Jd.3 precisa ser defendida por cada cristão.
A defesa
da fé ou apologia da fé faz parte da vida cristã tal como a proclamação do
evangelho.
3 – O inimigo identificado.
Judas faz
a identificação dos inimigos.
Judas fala
sobre “[...] certos indivíduos (que) se introduziram com dissimulação (entrar
secretamente, furtivamente) [...]”, Jd.4 na igreja, com o objetivo de prejudicá-la
espiritualmente.
Antes,
porém, de descrever o perfil dos apóstatas da sua época, Judas apresenta
exemplos históricos de apostasia e como Deus os puniu:
1 – A
nação de Israel: apostasia causada pela incredulidade.
Judas “quer,
pois, nos lembrar, embora já estejamos cientes de tudo uma vez por todas, que o
Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois,
os que não creram”, Jd.5;
2 – Os
anjos caídos: apostasia causada pela rebelião.
A fala de
Judas é que, “[...] a anjos, os que não guardaram o seu estado original (dentro
dos limites de sua própria autoridade), mas abandonaram o seu próprio domicílio
(céu?!!), ele (o Senhor) tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o
juízo do grande Dia”, Jd.6;
3 – Sodoma
e Gomorra: apostasia causada pela imoralidade sexual.
O
histórico de apostasia é “como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas,
que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles (anjos), seguindo após
outra carne (imoralidade sexual), são postas para exemplo do fogo eterno,
sofrendo punição”, Jd.7.
Após esses
exemplos de punição, Judas descreve o perfil dos apóstatas que se infiltraram
na igreja da sua época:
1 – “[...]
Dissimulados [...]”, Jd.4. Judas fala que, “pois certos indivíduos se
introduziram com dissimulação [...]”, Jd.4.
O termo
grego significa “insinuar-se secretamente, infiltrar-se disfarçadamente”.
Paulo fala
a esse respeito que os “[...] falsos irmãos que se entremeteram com o fim de
espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à
escravidão”, Gl.2.4.
Precisamos
saber que “[...] surgem [...] no meio do povo [...] falsos profetas, assim
também haverá entre nós falsos mestres, os quais introduzirão,
dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano
Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”,
2Pe.2.1.
2 – “[...]
Homens ímpios [...]”, Jd.4. Os “[...] homens ímpios, que transformam em
libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor,
Jesus Cristo”, Jd.4.
“[...] Homens
ímpios [...]”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver.
Os “[...] homens
ímpios [...]”, Jd.4 em sua forma de pensar e viver, “têm forma de piedade, negam
(o poder do evangelho), entretanto, o poder. Foge também destes”, 2Tm.3.5.
A “[...] impiedade
(se revela numa vida) [...] que (se) transforma em libertinagem (sensualidade,
imoralidade sexual) [...]”, Jd.4.
E o pior é
que esses “[...] homens ímpios [...] (com a) libertinagem (negam) a graça de
nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”, Jd.4 com
suas práticas;
3 – “[...]
Sonhadores alucinados [...]”, Jd.8. São “[...] estes, da mesma sorte,
quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam
governo e difamam autoridades superiores”, Jd.8.
Quatro
consequências práticas:
A – Os “[...]
sonhadores alucinados [...] ora estes [...] (são) da mesma sorte (dos condenados
junto com os demais) [...]”, Jd.8;
B – Os “[...]
sonhadores alucinados [...] contaminam a carne [...]”, Jd.8 ou vivem para
satisfazer aos seus desejos carnais;
C – Os “[...]
sonhadores alucinados [...] também rejeitam governo (de Deus) e difamam
autoridades superiores”, Jd.8 do próprio Deus através da Bíblia;
Judas dá o
exemplo clássico, enfatizando a seriedade deste pecado.
D – “Contudo,
o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo
de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo
contrário, disse: O Senhor te repreenda!”, Jd.9.
Miguel
recusa-se a proferir maldição contra o Diabo, deixando isso por conta de Deus;
E – Homens
sem entendimento. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam;
e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão,
até nessas coisas se corrompem”, Jd.10.
Muitos
pensam que entendem tudo, mas “esses (homens), porém, quanto a tudo o que não
entendem, difamam (injuriar, blasfemar, falar mal) [...]”, Jd.10.
“[...] E,
quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão,
até nessas coisas se corrompem (destruir, desviar)”, Jd.10.
É por este
motivo que “[...] o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente”, 1Co.2.14.
Segundo
Judas, os homens sem entendimento “são [...] os que promovem divisões, sensuais
(desejos naturais), que não têm o Espírito”, Jd.19.
F – Homens
perigosos.
Judas usa
seis metáforas (palavras em um sentido diferente do habitual) para descrever os
apóstatas:
“Estes
homens são como [...]”, Jd.12:
(1) “[...]
Rochas submersas (ameaças ocultas) [...]”, Jd.12;
(2) “[...]
Pastores que a si mesmos se apascentam [...]”, Jd.12, egoístas que só pensam em
si mesmos;
(3) “[...]
Nuvens sem água impelidas pelos ventos [...]”, Jd.12, promessas frustradas, tal
“como nuvens e ventos que não trazem chuva [...]”, Pv.25.14;
(4) “[...]
Árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas,
desarraigadas”, Jd.12, árvores mortas, sem vida, sem frutos, assim, “pelos seus
frutos os conhecereis [...]”, Mt.7.16;
(5) “Ondas
bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades”, Jd.13, por isso,
“[...] os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas
águas lançam de si lama e lodo”, Is.57.20;
(6) “[...]
Estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para
sempre”, Jd.13, seu destino são as trevas.
G – Homens
interesseiros.
O falso
mestre dá a impressão que quer ajudar, mas o seu objetivo é satisfazer apenas
as suas necessidades.
Judas os
chama de:
“Os tais (que)
são murmuradores (se queixam), são descontentes (com tudo quanto acontece,
levando outros a agirem da mesma maneira) [...]”, Jd.16;
“[...] Andando
segundo as suas paixões [...]”, Jd.16 carnais;
“[...] A
sua boca vive propalando grandes arrogâncias [...]”, Jd.16, orgulho manifestado
por meio de ações;
“[...] São
aduladores dos outros, por motivos interesseiros”, Jd.16, desonestos;
Já fomos
alertados pelos “os quais (os apóstolos) nos diziam: No último tempo, haverá
escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”, Jd.18.
Judas
encerra essa sessão dizendo que os inimigos “são estes os que promovem
divisões, sensuais (dependente dos desejos e das paixões), que não têm o
Espírito”, Jd.19.
4 – Como sobreviver em tempos de apostasia?
Judas aponta
quatro caminhos para sobrevivermos em tempos de apostasia:
A – Lembrai-vos.
Judas
recomenda-nos que lembremos dos avisos da Bíblia:
“Vós,
porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos
apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais nos diziam: No último tempo,
haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que
promovem divisões, sensuais (carnais), que não têm o Espírito”, Jd.17-19;
B
– Permanecei.
Permanecer
significa continuar crescendo em santificação por meio:
1 – Estudo
da Palavra de Deus, “[...] edificando-nos na nossa fé santíssima [...]”, Jd.20;
2 – Vida
de oração, “[...] orando no Espírito Santo”, Jd.20;
3 –
Obediência a Deus, “guardando-nos no amor de Deus [...]”, Jd.21;
4 –
Esperando a Jesus, “[...] esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus
Cristo, para a vida eterna”, Jd.21.
C
– Compadecei-vos.
O conselho
de Judas é que a igreja tenha “[...] compaixão de alguns que estão na dúvida”,
Jd.22, sendo atacados pelo falso ensino, que ataque com evangelização e
evangelize, “salvando-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também
compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne”, Jd.23,
usado para a prática do pecado.
D – Adorai.
Judas
encerra a sua carta com uma doxologia.
Doxologia
é a junção de dois termos em grego: “doxa” – glória + “logia” – palavra.
Expressão de louvor a Deus.
Três
lições:
1 – Adorai
“[...] àquele que é poderoso para nos guardar de tropeços [...]”, Jd.24;
2 – Adorai
“[...] àquele que [...] nos apresentará com exultação, imaculados (sem mancha) diante
da sua glória”, Jd.24, tribunal de Deus;
3 – Adorai
“ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória,
majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os
séculos. Amém!”, Jd.25, ou seja, reconhecendo a sua Pessoa para vencermos a
batalha.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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