sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Gn.26.34, 35 - FILHO CAUSA AFLIÇÃO AOS PAIS.

FILHO CAUSA AFLIÇÃO AOS PAIS
Gn.26.34, 35

Introd.:            Muito difícil encontrar um filho que não cause aflição aos seus pais.
            Uns causam menos outros mais.
            A aflição pode virar um tormento na vida de muitos pais e alguns deles chegam à exaustão a ponto vingar do seu próprio filho ou ele próprio cometer suicídio ou morrer de desgosto, coisa impossível.
            A primeira aflição que um filho causou a seu pai foi quando o homem “[...] comeu da árvore de que Deus ordenou que não comesse”, Gn.3.11.
            Depois, “[...] Caim [...] matou Abel [...]”, Gn.4.8.
            Filhos sempre serão filhos cheios de problemas, dificuldades, enfrentamentos, discórdias contra seus pais em algum momento da sua vida.
            Pensar que os nossos são diferentes, nos enganamos, porque em algum dia da vida eles enfrentam, se rebelam ou fazem algo que machuca o nosso coração.
            Existem filhos que nunca deviam ter casado.
            Filhos se casam para sair da casa dos pais, para se livrar da ordem dos pais, por interesse financeiro, por ter se envolvido com a pessoa errada, para fugir da escola, pensam que terá uma vida melhor e mais confortável, devido a beleza, e muitos se casam por causa da gravidez e alguns por amor.
Nar.:    Esaú, de uma certa forma, desejou punir seus pais antecipadamente, antes da perda total da primogenitura.
Propos.:           Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”, Rm.8.18.           
Trans.:            Filho causa aflição aos pais [...]              
1 – Através do casamento.
            O gerúndio “tendo [...]”, Gn.26.34 dá a ideia de que Esaú estava planejando há muito tempo algo para machucar o coração de seus pais.
            [...] Esaú (tinha) quarenta anos de idade [...]”, Gn.26.34; um bebê carrega no colo, um menino usa a vara, um adolescente aplica o castigo, um jovem talvez a conversa para dissuadir não resolve – duas direções – orar para Deus mudar as atitudes ou, se for algum crime passível de pena, entregar para a polícia.
            É possível que “[...] Esaú [...]”, Gn.26.34 carregava mágoa em seu coração porque “[...] o SENHOR (havia dito que) duas nações [...] dois povos [...] se dividiriam [...] (que) um povo seria mais forte do que o outro, e o mais velho serviria ao mais moço”, Gn.25.23.
            [...] Esaú [...]”, Gn.26.34 ficou sabendo que seu “[...] irmão (Jacó) segurava com a mão o (seu) calcanhar [...]”, Gn.25.25., por isso, ficou com inveja, raivoso de seus pais e não conseguiu um modo de vingar em seu irmão Jacó.
            Pode ser que “[...] Esaú [...]”, Gn.26.34 alimentou o ódio em seu coração porque “[...] vendeu [...] o seu direito de primogenitura”, Gn.25.31.
            A revolta de [...] Esaú [...]”, Gn.26.34 pode ter acontecido devido ele mesmo ter “[...] desprezado [...] o seu direito de primogenitura”, Gn.25.34.
            O meu modo de agir pode ser o mesmo de “[...] Esaú [...]”, Gn.26.34 que descontou em seus pais toda raiva, tristeza, amargura que sentia contra o seu irmão.
            [...] Esaú (com) quarenta anos de idade [...]”, Gn.26.34 já era tempo de ter amadurecimento moral, ético e espiritual.
            [...] Quarenta anos de idade [...]”, Gn.26.34 é tempo suficiente para um homem constituir família, planejar a aposentadoria, fazer planos de viagens.
            [...] Esaú (afligiu seus pais porque ele) [...] tomou por esposa a Judite (no heb. Digno de louvor) [...]”, Gn.26.34, ainda assim seus pais não concordaram – não ser da mesma família, não servir ao mesmo Deus, por servir a outros deuses, por antipatia – não vou com a sua cara.
            [...] Esaú [...] (magoou seus pais porque passou a fazer parte da família da) filha de Beeri, heteu [...]”, Gn.26.34, povo incrédulo, sem esperança em Deus.
            [...] Esaú (para completar a investida contra seus pais) [...] tomou por esposa [...] a Basemate [...]”, Gn.26.34, no hebr. Fragrante.
            À primeira vista muitos pais não aceitam genros, noras por motivos banais – religião diferente, família cheia de problema – atire a primeira pedra, por não gostar do jeito de vestir, falar, gesticular, se dirigir às pessoas.
            Devido “[...] Esaú [...] (entrar para a família da) filha de Elom (heb. Carvalho, terebinto, resistente), heteu”, Gn.26.34, mas não pertencente ao clã de Abraão, os pais ficaram aborrecidos por mais um excludente da salvação.
            Não adianta, “[...] Esaú [...]”, Gn.26.34 e os nossos filhos se casam com quem eles escolhem e nenhum de nós pode interferir.
            Os nossos filhos, assim como “[...] Esaú [...]”, Gn.26.34 faça de tudo para não afligir, machucar, renegar seus pais por causa de casamentos, relacionamentos com amigos ou parentes.
            [...] Esaú [...]”, Gn.26.34, busque um casamento que possa honrar e glorificar a Deus.
            Filho causando aflição [...]
Conclusão:      Faz os pais sofrerem.
            Ambas [...]”, Gn.26.35, [...] Judite [...] e [...] Basemate [...]”, Gn.26.34 não agradaram os pais de Esaú.
            [...] Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu”, Gn.26.34 pode ter trazido lembranças de que Abraão se casou com a sua irmã e Isaque com a sua prima, daí o desgosto de Esaú não procurar dentro de seus parentes um casamento.
            Ambas se tornaram [...]”, Gn.26.35 pode ser visto de duas formas:
            Ambas se tornaram [...]”, Gn.26.35 no sentido de serem rivais dos pais de Esaú ao disputarem o filho amado, mas rejeitado ao mesmo tempo;
            Ambas se tornaram [...]”, Gn.26.35 odiadas pelos progenitores de seu esposo.
            Mas na verdade, “ambas se tornaram amargura [...]”, Gn.26.35 no sentido de afligir, angustiar, deprimir, levar à loucura a ponto de morte os pais de Esaú.
            Perceba que a “[...] amargura (não ficou apenas no corpo com dores, cansaço, desespero de não poder fazer nada, mas adentrou dentro) do espírito [...]”, Gn.26.35 no profundo da alma, no mais interior do coração para machucar profundamente.
            A “[...] amargura (levada ao) espírito (foi direto) para (acabar, destruir com) Isaque e para (destroçar) Rebeca”, Gn.26.35 em seus prazeres de terem criados seus filhos, mas que, no dia do casamento de um dos filhos, esses pais não suportaram a aflição, o desespero que tinham dentro de si.
            Além de “[...] Isaque e [...] Rebeca (ficarem) amargurados de espírito [...]”, Gn.26.35, todos quantos estão por perto ou longe sofrem, padecem, enfrentam dificuldades de relacionamento.
            Também, “ambas [...]”, Gn.26.35 as [...] esposas (de) Esaú [...] Judite [...] e a Basemate [...]”, Gn.26.34, elas [...] se tornam amarguradas de espírito [...]”, Gn.26.35 por falta de convívio, falta de comunicação, falta de carinho, falta de confraternização.
            É verdade que a “[...] amargura (encheu o) [...] espírito [...] (de) Isaque e [...] Rebeca”, Gn.26.35, mas também [...] Beeri [...] e [...] Elom [...] se tornaram amargurados de espírito [...]”, Gn.26.34 por não conseguirem conviver com os pais de Esaú e a relação com o genro se torna inviável devido os falatórios e perguntas indiscretas.
            O “[...] espírito (de) [...] Isaque e [...] Rebeca [...] (estavam arrebentados de tanta) amargura [...]”, Gn.26.35, mas também [...] Esaú [...]”, Gn.26.34 não conseguiu viver bem com essa falta de relacionamento – consciência, lembranças, vida mal vivida em família.
            [...] Esaú [...] filho [...]”, Gn.26.34, ainda dá tempo de recomeçar.
            [...] Judite [...] e [...] Basemate [...]”, Gn.26.34 faça uma ponte para restabelecer a amizade.
            [...] Beeri [...] (e) Elom [...]”, Gn.26.34 instiga em cada coração a reconciliação e não a desunião.
            [...] Isaque e [...] Rebeca [...] (entreguem a Deus toda) amargura (que há em seu) espírito [...]”, Gn.26.35 e Ele te recompensará.




            Rev. Salvador P. Santana

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