sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Rm.12.7 - O DOM ESPIRITUAL DE SERVIÇO OU MINISTÉRIO.

O DOM ESPIRITUAL DE SERVIÇO OU MINISTÉRIO, Rm.12.7.

Objetivo:         Estudar os dons espirituais: Serviço (ministério) e ensino.
Nar.:    O texto bíblico fala que não importa qual dom temos, “se ministério (serviço), dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se (dedicar) no fazê-lo”, Rm.12.7.
            Ao estudar os dons espirituais de “[...] ministério (serviço) [...] (e do) ensino [...]”, Rm.12.7, devemos saber que somos motivados por Deus a suprir a necessidade que uma pessoa ou grupo tem de realizar certas tarefas, mas não sabe, ou talvez não tenha condições ou o tempo necessário para fazê-lo.
            O possuidor do dom de “[...] ministério (serviço se) [...] dedica ao ministério (serviço); ou o que ensina esmere-se (dedica) no fazê-lo”, Rm.12.7.
            Ele percebe por si mesmo qual tarefa precisa ser feita logo a seguir, e quer tomar a iniciativa de se responsabilizar por ela, executando-a a seu modo.
            Aquele que se “[...] dedica ao ministério (serviço); ou o que ensina [...]”, Rm.12.7, substitui professor de Escola Dominical, resolve assuntos burocráticos, assume a direção de uma casa quando a mãe adoece.
            No grego, dikonia significa ministério, que significa serviço, não se limitando a algum tipo de atividade em particular.
            Chamar “[...] o dom de serviço [...]”, Rm.12.7 está registrado no NTLH, é mais compreensível que “[...] ministério [...]”, Rm.12.7, pois hoje “[...] ministério [...]”, Rm.12.7 é usado principalmente para se referir a um cargo, incumbência, profissão, ou para se referir a uma maneira de servir entre “meninos de rua”, que não implica necessariamente que se tenha o dom espiritual de serviço.
1 – O bom samaritano.
            “Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele”, Lc.10.33.
            Essa história contada por Jesus ilustra algumas características do cristão com o dom de “[...] ministério (serviço), dedica-se ao ministério [...]”, Rm.12.7, muito embora Jesus não tenha contado a parábola com esta finalidade.
            “[...] E, colocando-o sobre o seu próprio animal [...]”, Lc.10.34, montando o seu jumento, o transporte dos “bem de vida” da época.
            O samaritano percebe a necessidade prioritária do homem.
            “E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos (primeiros socorros), aplicando-lhes óleo (pomada) e vinho (antisséptico se põe a servi-lo com suas próprias mãos e recursos); e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele”, Lc.10.34.
            A distância que o samaritano percorreu ao lado da montaria cedida ao homem ferido, foi aproximadamente de 24 km de distância, entre Jerusalém e Jericó e, sob o sol escaldante.
            Compare a atuação do samaritano com algumas das suas características em Cristo com o dom espiritual de serviço.
            Algumas características comumente encontradas no possuidor deste dom:
            1 – Discerne necessidades práticas. Toma iniciativa de supri-las, podendo distinguir a necessidade mais urgente do caso.
            No caso de “[...] Abrão (discerniu que) [...] havia contenda entre ele e Ló e entre os seus pastores e os [...] pastores (de) Ló [...]”, Gn.13.8;
            2 – Procura quem possa substituí-lo, caso ele próprio não possa tomar todas as providências necessárias.
            “Débora [...] (disse a Baraque que) iria (com ele à guerra contra) [...] Sísera (de Azor) [...]”, Jz.4.9;
            3 – Cuida de suprir necessidades urgentes sem se importar com seu próprio cansaço físico; fica frustrado quando isto não é possível.
            Aconteceu com “[...] Eleazar [...] entre os três valentes [...] (de) Davi, quando desafiaram os filisteus [...] ele se levantou e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada; naquele dia, o SENHOR efetuou grande livramento [...]”, 2Sm.23.9, 10;
            4 – Tem disposição de usar fundos pessoais para evitar atrasos, em atender a uma necessidade prática. Esse tem o dom de repartir.
            A lei determina que “a teu irmão não emprestarás com juros, seja dinheiro, seja comida ou qualquer coisa que é costume se emprestar com juros”, Dt.23.19;
            5 – Assume a responsabilidade de realizar uma tarefa do seu jeito, muitas vezes sem ser convidado. “Deixe isto comigo”.
            “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver”, Mc.10.51;
            6 – Gosta de mandar, mas não se importa de ser mandado, desde que “bem mandado”.
            Jesus fala que “[...] o maior entre nós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve”, Lc.22.26;
            7 – Evita burocracia que complica e atrasa a solução do caso.
            Para descomplicar, Jesus pergunta: “Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?”, Mc.2.9;
            8 – Envolve-se numa variedade de atividades, por ser muitas vezes incapaz de dizer “não”.
            “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”, Mt.5.37;
            9 – Está convicto da importância de testemunhar, mais pela vida cristã autêntica do que por muito falar.
            “No muito falar não falta transgressão [...] fomos chamados, pois que também Cristo sofreu em nosso lugar, deixando-nos exemplo para seguirmos os seus passos”, Pv.10.19; 1Pe.2.21;
            10 – Tem capacidade de discernir falsidade (insinceridade, malandragem). Quer que o insincero saiba que ele o reconhece como tal.
            “Jesus [...] conhece os pensamentos, diz: Por que cogitais o mal no vosso coração?”, Mt.9.4;
            11 – É um canal para Deus atrair outros.
            Assim como Paulo, eu e você devemos “[...] ser [...] testemunha diante de todos os homens, das coisas que temos visto e ouvido”, At.22.15 a respeito do reino dos céus.
            Todos precisam “[...] crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”, 2Pe.3.18.
            O possuidor de cada dom enfrenta, vez por outra, a má compreensão de outros.
            Algumas concepções errôneas eventuais e possíveis mal-entendidos dos que não têm e não entendam o dom espiritual de serviço.
Tachar o possuidor desse dom de:                            Por agir dessa maneira:
1 – Ser intrometido.                                       1 - Por resolver casos sem ser chamado.
2 – Querer autopromoção.                             2 – Por querer servir.
3 – Pouco interesse vida espiritual.               3 – Preocupar com coisas práticas.
4 – Ser autossuficiente/não confiar.              4 – Fazer as coisas do jeito dele.
5 – Pensar mal dos outros.                             5 – Detectar falsidade em malandros.
            Erros, riscos e perigos:
            Todos nós falhamos, propensos a tropeçar e a pecar.
            O possuidor do dom de serviço pode abrir uma brecha por onde o inimigo pode penetrar.
            Alguns erros que o possuidor deste dom deverá evitar e riscos e perigos que poderá enfrentar:
            1 – Negligenciar a família, resultando no ressentimento do cônjuge ou filhos contra Deus e/ou igreja.
            A Bíblia enfatiza que “[...] o homem (sempre) está [...] cada um com sua família [...]”, 2Sm.2.3;
            2 – Dificuldade em estabelecer e manter prioridades, conforme a vontade de Deus, em reconhecer que a existência de uma necessidade não é automaticamente o sinal para ele envolver.
            O rei “Josias (reconheceu e priorizou de que devia) [...] deixar estar [...] os ossos [...] do profeta [...]”, 2Rs.23.18 na sepultura que havia profetizado a respeito da destruição do altar de incenso;
            3 – Cobrar dos irmãos que não correm para suprir necessidades práticas, tal como ele supre.
            “Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me”, Lc.10.40;
            4 – Ter uma tendência de recusar ser servido por outros ou ficar impaciente com os que procuram ajudá-lo.
            “[...] Pedro (recusou a ação de Jesus de que) [...] nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo”, Jo.13.8;
            5 – Confiar demais na sua capacidade de tomar decisões acertadas unilateralmente sem ouvir a opinião das pessoas.
            “[...] Jezabel [...] mulher (do rei Acabe), lhe disse: Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita”, 1Rs.21.7; ela sofreu as consequências;
            6 – Quer ser atendido imediatamente mesmo que tanta pressa não seja necessária.
            A filha de Herodias pediu “no mesmo instante [...] sem demora [...] num prato a cabeça de João Batista”, Mc.6.25.
            Exercendo o dom espiritual de serviço:
            O possuidor do dom espiritual substitui ou representa uma pessoa, assumindo as reponsabilidades dela.
            “[...] Joabe (fez um acordo com Abisai, seu irmão, 1Cr.19.11): Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os filhos de Amom forem mais fortes do que tu, eu irei ao teu socorro”, 1Cr.19.12.
            Através do seu ministério você pode transmitir o amor do Senhor aos outros.
            Os dons espirituais são um reflexo do ministério de Deus entre nós:
            O povo de Israel esperava um Messias guerreiro-libertador, mas ficaram decepcionados porque “[...] o [...] Servo (de) Deus Jesus [...] procedeu com prudência (encarar situações com cuidado) [...] (foi) exaltado e elevado [...] (daí) pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens)”, Is.52.13, 14.
            Por este motivo, “[...] o Filho do Homem [...] não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mt.20.28, segundo a ordem do Pai.          
            Cada crente que não tenha recebido este dom espiritual tem, apesar disso, a responsabilidade de servir:
            Precisamos compreender que “[...] há diversidade nos serviços (e todos podem servir) [...] há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos”, 1Co.12.5, 6 para “servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
            E o mais importante é que “tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”, Cl.3.23, 24.
2 – Cargos.
            O irmão com o dom de serviço frequentemente ocupa um caro de liderança na igreja, os outros o consideram líder.
            Para desempenhar bem o ofício de diácono e presbítero, um homem precisa ser portador do dom de serviço.
Conclusão:      Paulo insiste que, “se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo”, Rm.12.7, isto porquê, “a uns estabeleceu Deus na igreja [...]”, 1Co.12.28 para servir.          
             
    
                       
            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.

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